Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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PROGRAMA AVE MARIA - 27 DE AGOSTO DE 2009.

O Programa AVE MARIA é o programa da Paróquia Nossa Senhora de Belém e vai ao ar de segunda a sexta das 18h00 as 18h15 pelas ondas da Rádio Iguaçu FM. Nas quintas é apresentado por Dartagnan da Silva Zanela.

AMORTECIMENTO DA CONSCIÊNCIA

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 21 de agosto de 2009.

A CRUZ

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 20 de agosto de 2009.

PROGRAMA AVE MARIA, 20 de agosto de 2009.

O Programa AVE MARIA é o programa da Paróquia Nossa Senhora de Belém e vai ao ar de segunda a sexta das 18h00 as 18h15 pelas ondas da Rádio Iguaçu FM. Nas quintas é apresentado por Dartagnan da Silva Zanela.

PÁGINAS RASGADAS

PÁGINAS RASGADAS

NOTÍCIAS ABORTADAS - parte II

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 19 de agosto de 2009.

NOTÍCIAS ABORTADAS

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 18 de agosto de 2009.

SOLIDÃO

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 17 de agosto de 2009.

PÁGINAS RASGADAS

Escrevinhação n. 775, redigida em 18 de agosto de 2009, dia de Santa Helena e de Santo Alberto Hurtado Cruchaga, 20ª Semana do Tempo Comum.

Por Dartagnan da Silva Zanela

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Dentre os temas mais bem quistos pelos professores de história, pelos sacerdotes dessa deusa secular, está a tal da Revolução Cubana que, em regra, é um momento singular em sua liturgia mundana para render odes em culto ao genocida Ernesto Guevara. Juntamente com esse culto desmedido a um assassino sanguinário (como se ele fosse uma espécie de Santo), temos aquela velha lamúria de que os livros de história não contam toda a verdade sobre ele e a maldita Revolução, que eles, os livros, não são devidamente justos para com o Che.

Olha, para ser franco, tenho de concordar neste ponto e lhes digo a razão disso apontando algumas curiosidades, digamos assim, sobre a referida revolução, curiosidades essas que não constam em nenhum livro didático que esteja sendo utilizado nesta terra de desterrados chamada Brasil.

Falemos, primeiramente, a respeito de Cuba. É de doer os ouvidos termos de ficar ouvindo aquela ladainha de que Cuba é um exemplo disso, ou que Cuba é um exemplo daquilo. Bem, se essa revolução foi o exemplo de algo, o foi de como o fracasso é capaz de subir a cabeça de uma pessoa alienada ideologicamente convicta de seu disparate cinicamente sapiencial. E antes de ficar enfezado com esse mísero escrevinhador, você já se perguntou sobre como era Cuba antes da Revolução Cubana? Cuba estava melhor ou pior depois que a dinastia Castro tomou o poder na ilha que se tornou um cárcere socialista?

Dito isso, vamos por arte. Primeiramente, quanto ao consumo de calorias diárias. Na década de 50, em um ranking de 93, países Cuba estava em 26º lugar com um consumo de 2.730 calorias/dia (segundo a OMS o mínimo são 2.500). Quanto a sua agricultura, na década de 50, Cuba estava em 35º, junto com a Espanha, em termos de produção por hectare, num ranking de 102 países.

Quanto ao acesso a determinados bens de consumo, temos algumas informações que, no mínimo, são deveras curiosas. Na quinta década do século XX, havia na referida ilha um automóvel para cada 40 habitantes (terceiro melhor índice na America Latina); um telefone para cada 38 cidadãos (quarto colocado na América Latina); um rádio para cada 6.5 habitantes e um televisor para cada 25. É mole ou quer mais? Quem diria que no século XXI Cuba daria tantos passos para traz?

Em termos de industrialização, antes de se tornar uma reles ilha cárcere comandada por um demente, Cuba tinha um parque industrial que produzia uma variedade de, aproximadamente, 10.000 produtos. Quanto ao consumo de produtos industrializados, era o 39º país em uma lista de 108. Um detalhe interessante que também deve ser destacado é que na década de 50 Cuba esta em 25º lugar em um ranking de 124 países quanto ao consumo de energia elétrica.

Ah! Quanto à tão famigerada dependência econômica de Cuba em relação ao capital estrangeiro, especialmente dos Estados Unidos. Em 1951 os depósitos privados em Bancos Cubanos eram correspondentes a 53.2% e, devido a inauguração do Banco Nacional de Cuba, em 1958 esses depósitos chegaram a 61.1%. No setor comercial, a ilha contava com 65.000 estabelecimentos que empregavam 254.000 pessoas. Eita dependência boa essa que havia na ilha caribenha antes dos “progressos” castristas, não é mesmo?

Putz! Se a revolução cubada foi tão gloriosa, porque todos esses números nas cinco décadas da dinastia Castro apenas decaíram a um nível vergonhoso? Mas é claro! Como eu pude me esquecer dos grandes avanços em termos educacionais. Como pude ser tão injusto! Então vejamos a menina dos olhos da maldita revolução. Já na década de 1940 todos os professores cubanos de nível primário e secundário possuíam titulação de normalista e de nível superior. Antes da fatídica revolução, no que se refere a alfabetização, Cuba estava 35º lugar em um ranking de 136 países, onde 80% de sua população sabia ler e escrever de fato.

Esse dado é mais impressionante quando comparamos com o número de alfabetizados que havia na ilha após a descolonização no século XIX, que era de apenas 28% da população. Trocando em miúdos, se a revolução comuna-castrense fez alguma coisa pela educação de seu povo, foi convertê-la em um sistema de doutrinação marxista e nada mais, pois as sementes exitosas nesta seara já vinham sendo plantadas, de longa dada, no solo da ilha caribenha e não apenas após 1959.

E mais! Antes de Castro e seus pares colocarem suas mãos imundas no poder, Cuba possuía, na década de 50, uma taxa de mortalidade infantil de 5.8 para cada mil nascimentos. Quanto ao estado sanitário, antes da revolução ufanada, Cuba ocupava o 22º lugar em um ranking de 122 países.

Pois é, antes da gloriosa revolução socialista Cuba era uma nação próspera e que vinha crescendo a níveis acima da média Latino-Americana e hoje se converteu em uma legítima ilha cárcere que é ufanada por pessoas que apenas vêem os seus delírios ideológicos como dignos em um misto com um total desdém para com a realidade dos fatos.

E para não dizer que apenas falei da revolução e de Fidel, teçamos aqui algumas linhas, mesmo que de modo breve, sobre o tal do “Che”. Para falar dele, respeitemos a sua memória e permitamos que as suas próprias palavras o retratem. Dizia Guevara que: “O ódio como fator de luta. O ódio intransigente ao inimigo, que impulsiona além das limitações naturais do ser humano e o converte em uma efetiva, violenta, seletiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm que ser assim. Um povo sem ódio não pode triunfar sobre um inimigo brutal”.

E o pior que há professores que tem o disparate de afirmar que um biltre desta estirpe foi similar a São Francisco de Assis. Talvez, estes professores, não saibam que, em certa feita, Che havia dito: “Eu não sou um Cristo ou um filantropo. Eu sou totalmente o contrário de Cristo”.

E tem mais! Não adianta ficar bravinho comigo não, pois não fui eu que disse essas sandices, foi o seu ídolo de carne, ossos e vexame. De mais a mais, se esse facínora é seu objeto de culto e modelo ideal de ser humano, consigo compreender sua raiva, pois, como o próprio Che dizia: “Nós, socialistas, somos mais livres porque somos mais perfeitos; somos mais perfeitos porque somos mais livres." Sim cara pálida, se vocês socialistas são os mais perfeitos, por que todos os frutos de suas idéias e de seus atos são putrefazes? Se o socialismo torna os homens tão livres por que tantas pessoas arriscaram e arriscam suas vidas para fugir de seus “antros de liberdade”?

Tudo isso seria engraçado se não fosse trágico, pois quando se tem um culto do terror como se fosse algo angelical, é sinal de que se perdeu totalmente o senso das proporções. Quando alguém não sabe mais quais são as diferenças evidentes que existem entre um Santo da envergadura de São Francisco de Assis e um genocida como Guevara é por que, a muito, abdicou do uso da razão. Quando alguém deseja e luta politicamente para que seu país se torne similar a Cuba, literalmente, não sabe o que está desejando e, infelizmente, não sabe pelo que está lutando. Mas, como ensinava Vladimir Ilitch Ulianov (Lênin), é fundamental que se tenham muitos idiotas úteis para se realizar uma revolução.

Pena que essas páginas do ensino de história foram deliberadamente rasgadas.

PROGRAMA AVE MARIA - 13 DE AGOSTO DE 2009.


O Programa AVE MARIA é o programa da Paróquia Nossa Senhora de Belém e vai ao ar de segunda a sexta das 18h00 as 18h15 pelas ondas da Rádio Iguaçu FM. Nas quintas é apresentado por Dartagnan da Silva Zanela.

PROGRAMA AVE MARIA - 06 DE AGOSTO DE 2009.

O Programa AVE MARIA é o programa da Paróquia Nossa Senhora de Belém e vai ao ar de segunda a sexta das 18h00 as 18h15 pelas ondas da Rádio Iguaçu FM. Nas quintas é apresentado por Dartagnan da Silva Zanela.

REFLEXÕES BLÓGICAS – XXIV


Com grande facilidade aceitamos a idéia chula de que se algo não se realiza em nossa vida é por culpa de outrem, ou do sistema, ou da sociedade, ou simplesmente do raio que o parta. Tudo bem, mas façamos a seguinte pergunta, para nós mesmos, no silêncio de nossa consciência (se tivermos): o quanto, realmente, nos esforçamos para realizar esse ou aquele algo que tanto desejamos? Sinceramente, o quanto trabalhamos para que esse ou aquele troço fosse uma realidade em nossa vida? Pois é, como somos duros com tudo e com todos por não nos ofertarem, graciosamente, aquilo que nós mesmos não labutamos por nós.

Dartagnan da Silva Zanela,
Em 13 de agosto de 2009.

O ASCETISMO CRISTÃO

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 11 de agosto de 2009.

OPTAR PELA COMUNIDADE

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 12 de agosto de 2009.

O CULTO PÚBLICO

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 13 de agosto de 2009.

O QUE O HOMEM DARÁ EM TROCA?

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela ao Programa BOAS NOTÍCIAS da Rádio Cultura AM/FM no dia 14 de agosto de 2009.

PILARES DA EDUCAÇÃO - em pdf

PILARES DA EDUCAÇÃO

PILARES DA EDUCAÇÃO

Escrevinhação n.774, redigida em 10 de agosto de 2009, dia de Santo Inocêncio XI e Santa Joana Francisca de Chantal, 19ª Semana do Tempo Comum.
Por Dartagnan da Silva Zanela

"Melhor é acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão."
(Provérbio Chinês)
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Em regra, algo que é muito discutido na sociedade hodierna por uma multidão de pessoas supostamente doutas, é algo que está sendo sumamente desdenhado em favor do engrandecimento do ego e da vaidade dos indivíduos que estão dedicados a discussão do tema.

Ora, esse é o caso terrificante da educação brasileira. Não é curioso que em uma sociedade onde abundam as discussões sobre este assunto, onde as publicações acadêmicas entulham as estantes de livrarias e bibliotecas ser uma sociedade onde o educar está reduzido a um nível pueril?

Quando deitamos nossas vistas para acompanhar as discussões sobre o EX DUCERE vemos toda uma verborrogia sobre questões de ordem sócio-econômica que supostamente explicariam os problemas educacionais de nosso país. Ou, tudo isso, não seria uma forma sínica de justificação de nosso fracasso? E como neste caso o fracasso subiu a cabeça, caberia indagar o seguinte: onde está escrito que educação se faz, basilarmente, com dinheiro?

Claro que o dindim é um meio (não uma causa final) para se adquirir certos meios que nos permitam termos acesso ao educar, entretanto, é com dinheiro que se educa? Aliás, o excesso disso pode até nos prejudicar nesse intento se não sabemos exatamente o que fazer com ele para termos uma educação mais eficaz em sua causa final e, neste caso que, em nosso país, não são poucos, o que deveria ser um investimento torna-se um gasto dispendioso.

De mais a mais, educação, em seu sentido real, muito pouco nos custaria, em termos financeiros, se soubermos responder intimamente duas perguntas. De quem é a responsabilidade pela educação e qual o meio mais eficaz de se educar? Ah! Apenas peço que, por um momento, você esqueça a casta política brazuca, a Constituição desta Terra de Desterrados, o falatório dos mass média e foquemos nossa atenção nestas duas insignificantes questiúnculas.

Quanto à primeira, a responsabilidade primeira pela educação de um indivíduo é do próprio indivíduo e de ninguém mais. O maior responsável pela nossa formação, ou por nossa deformação, somos nós. Tal afirmação, no cenário atual, parece um tanto destoada, todavia, assim parece justamente porque excluímos das discussões em torno educação o fator vontade e da consciência individual.

O elemento que nos move a fazer um bom ou mau uso de nossas faculdades é a vontade. Nós, definitivamente, decidimos o que iremos aprender; o que não iremos aprender e mesmo se iremos aprender algo. Para tanto, basta que nos lembremos de nosso comportamento em sala de aula (e mesmo fora dela). Ou vão me dizer que todos os onze anos que freqüentamos o Ensino Médio e Fundamental nossa atenção estava toda focada no conteúdo das aulas ministradas? Vão me dizer que você freqüentava as aulas de modo assíduo por livre e espontânea vontade?

Obviamente que o sistema educacional de nosso país favorece ao cultivo da inépcia intelectual, porém, nós aceitamos tal pressuposto e até mesmo facilitamos esse intento por não nos vermos como responsáveis pela nossa formação e, conseqüentemente, pela nossa vida e por seus frutos. De mais a mais, que tipo de educação você imagina que obter se ficar esperando que outrem que, na maioria das vezes, não te conhece e que, literalmente não se importa com você, faça algo por você? E mais! Como alguém pode fazer algo por você que nem mesmo você é capaz de fazer para si mesmo?

Esse, meus caros, é o problema central na formação de qualquer indivíduo. O resto não passa de reles contingências que são anuladas frente a uma atitude individual responsável.

Quanto ao meio mais eficaz para edificação de uma educação significativa esse, por excelência, é o exemplo. Os bons exemplos de nossos mestres, os bons exemplos apresentados pelas pessoas de grande quilate que abundam na história da civilização. Esses podem passar a fazer parte de nosso imaginário tornam-se a medida de nosso entendimento do que significar ser humano, de realização da pessoa humana.

Quando passamos a procurar a aprender com os grandes homens e mulheres, estamos elevando, gradativamente, a nossa pessoa ao nível dos objetivos desses exemplos colossais e assim, nos transfigurando em modelos vivos do que significa ter um objetivo e procurar realizá-lo.

Tal atitude, por sua deixa, tem um efeito irradiante sobre todos que estão a nossa volta que inevitavelmente estimula outras pessoas a perseverarem na procura do seu caminho ou, no mínimo, inibirá a vanglória da desídia existencial que nos impele, muitas das vezes, a nos orgulharmos daquilo que não fomos capazes de realizar sem nunca, efetivamente, ter tentado.

E isso, por hora, é tudo. O restante desta história cabe a você escrever. Cabe a você viver essa história.

REFLEXÕES BLÓGICAS – XXIII


Sabe, uma boa medida para se mensurar a tolice de um destes tagarelas críticos é a quantidade de topus, de expressões não-significativas, que eles utilizam em suas considerações lamentáveis. Aliás, há algumas palavras que são chave para identificar esses tipos que, infelizmente, não são nada incomuns no cenário cultural brasileiro. Quanto o sujeito começa com aquele trololó de “reacionário”, “nazista de carteirinha”, “conservador”, “neoliberal”, etc., pode ter certeza que você está diante de uma criatura que não sabe nem quando é dia e muito menos quantos dedos tem em uma mão, visto que, em sua cabecinha criticamente materialista, tudo é relativo frente sua douta cretinice. Constatado isso, não perca tempo com um elemento desta estirpe. Vá estudar que você ganha mais do que ficar dando barda pra um vagabundo boca-mole que, com sua atenção dada gratuitamente, passará a acreditar mais ainda na superioridade moral de sua “ignorância crítica”. Ou de sua “crítica ignorância”, se preferirem.

Dartagnan da Silva Zanela,
Em 12 de agosto de 2009.

NÃO É APENAS COM PÃO QUE SE DIGNIFICA - em pdf

NÃO É APENAS COM PÃO QUE SE DIGNIFICA

NÃO É APENAS COM PÃO QUE SE DIGNIFICA

Escrevinhação n. 773, redigida em 10 de agosto de 2009, dia de Santo Inocêncio XI e Santa Joana Francisca de Chantal, 19ª Semana do Tempo Comum.

Por Dartagnan da Silva Zanela

"A vaidade, embora não destrua totalmente as virtudes, desordena-as todas". (François de La Rochefoucauld)
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É incrível, para não dizer aterrador, vermos a quantas anda a mentalidade da sociedade moderna. Muitas das vezes, fico cá eu com meus alfarrábios a imaginar o que um monge Cristão do século XI, ou um Xamã Sioux, diriam se estivessem diante de nosso sistema educacional contemporâneo e tivessem ouvido os valores que são partilhados por nós através das Instituições de Ensino, dos meios de comunicação e demais mecanismo pelos quais partilhamos nossas preocupações.

Quando imagino isso, confesso que o único sentimento que me vem em mente e que aplaca meu coração é o de vergonha.

Vejam só, se fôssemos meditar sobre os temas que ocupam o centro de nossas preocupações, que se destacam em nossas vidas como sendo o centro de nossa existência, compreenderíamos com grande clareza do que estamos tratando aqui nessas míseras linhas. Todos os temas que são abordados e vistos como sendo fundamentais para a formação de nossos mancebos, para a edificação de nosso ser, não passam de um amontoado de questões que versam unicamente sobre a nossa saúde física, sobre o nosso bem-estar material, que deve ser garantido por alguém (não por nós), e sobre o sentir-se bem e ser tratado bem a todo o momento por todos. Ora raios! Que sociedade é essa, Dio Santo? O que há de superior e digno em um grupo humano que cultiva esse tipo de preocupação?

Você pode se indagar o que há de errado em cultivar estas inquietações e tal inquirição é deveras interessante que seja feita. Bem, então vejamos o culto à saúde física. Quanto os meios (de)formadores de opinião (incluso as Instituições de Ensino), frisam ininterruptamente que é de suma importância que todos voltem suas atenções para a integridade de seu corpo, gradativamente cria-se na alma do indivíduo um medo irascível de perder a sua vida, de perder a sua vitalidade.

Trocando por dorso (ou qualquer outro miúdo de sua preferência), tal foco apenas gera um desfibramento nos indivíduos que passam a fazer qualquer coisa, por mais ridícula que pareça, para manter a sua saúde, a sua vitalidade juvenil e mesmo sua existência física desprovida de sentido. Juntamente com esse desfibramento, forma-se no âmago de nosso ser uma insípida preocupação com as aparências exteriores que se confunde com o que deveria ser a nossa vida interior.

Vejam bem que, sobre apenas esse ponto poderíamos desdobrar uma infinidade de cenários que se fazem presentes em nossa sociedade e que nos permitem agir de modo patético em relação a nós mesmos. Todavia, sejamos modestos neste momento. Por exemplo, vocês já pararam pra pensar de onde vem esse sucesso tosco de obras (literárias e cinematográficas) vampirescas que pintam essas criaturas malditas com certo ar de “bondade” mal reconhecida? Olha, não é incomum vermos adolescentes acalentarem um desmedido fascínio por esse tipo de tema e sonharem, em sua mórbida imaginação, em ser uma criatura sombria desta natureza. Para que? Para poder ter uma juventude carnal eterna, para viver eternamente neste mundo.

Paralelo a tudo isso, outras pessoas dedicam horas e horas de seu tempo com cuidados cosméticos para prolongar a sua jovialidade. Outras pessoas para obter uma aparência física, movem mundos e fundos para se aproximarem ao máximo possível da perfeição desejada e, outros tantos, entregam-se de maneira vertiginosa às delícias de uma vida desregrada para poderem aproveitar ao máximo possível os prazeres que a nossa carne putrefaz pode nos ofertar. E, é claro, não nos esqueçamos das pessoas que mergulham mortalmente na bulimia nervosa e na anorexia.

Caramba! Isso é vampirismo, meus caros, e do brabo. Aliás, a analogia não é de modo algum desproporcional. Uma sociedade que cultiva valores que movem o indivíduo a ser capaz de cogitar a possibilidade de vender a sua própria alma para manter-se supostamente jovem e relativamente saudável por um longo período é uma sociedade que estimula as pessoas a focarem as suas energias vitais na realização de um projeto de vida vazio de sentido e que é vivido de maneira vulgar e pouco significativa.

Basta encontrarmos uma roda de pessoas que estão jogando conversa fora que, inevitavelmente, aparecerá aqui e acolá uma e outra dica, ou receitinha, para emagrecer, para evitar os radicais livres, retardar o envelhecimento, as rugas, ganhar tônus muscular e tutti quanti. Ah! É claro! Como pude me esquecer. Não nos esqueçamos do vigor, da virilidade sexual.

Se isso é entendido como sendo o centro da vida em nossa sociedade, nos lembremos que os valores que nos movem a desejarmos cada vez mais a realização do que eles representam ao custo de nossa integridade espiritual não é outra coisa senão isso: vampirismo. Ou vão me dizer que os valores e idéias cultivadas em nossa sociedade não vivem à custa do sangue e da energia vital de seus cultores?

A nosso ver, essa figura mitológico-literária que ocupa o imaginário adoecido de nossa juventude nos auxilia em muito na compreensão da latrina que estamos inseridos. E mais! Muito deste cenário se deve ao fato de termos nossa educação voltada unicamente para realização do humano em sua (in)dignidade para um universo material calcado na relativização de o tudo que realmente é significativo para elevação do indivíduo enquanto pessoa. Definitivamente, não há nada mais indigno de ser chamado de educação do que isso.

Por essa mesma razão lembremos que a vida não é apenas um amontoado de moléculas, que o seu sentido não está apenas em nossa sobrevivência e que o objetivo maior da existência humana não está centrado na satisfação de todos os nossos desejos.

A vida humana, meus caros, se realiza plenamente para além desses valores que hoje infectam o que há entre o céu e a terra que atualmente chamamos de “educar para cidadania”. Realização essa que está muito além do chinfrim entendimento de nossa vã educação e de nosso desejo, fingido, de sincera compreensão.

QUANDO O VEXAME É GRANDE DE MAIS = em pdf

QUANDO O VEXAME É GRANDE DE MAIS

QUANDO O VEXAME É GRANDE DE MAIS

Escrevinhação n. 772, redigida em 05 de agosto de 2009, 18ª Semana do Tempo Comum, dia de Santo Osvaldo de Nortúmbria.

Por Dartagnan da Silva Zanela

"A vergonha de confessar o primeiro erro nos leva a muitos outros".
(Jean de La Fontaine)
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Em uma de suas conferências o filósofo espanhol Julian Marias nos admoestava sobre o atual cenário de confusão moral que impera na sociedade moderna. Sobre esse ponto, o mesmo nos lembra que o problema maior não se vislumbrará em curto prazo, mas sim, a médio e longo prazo.

Atualmente, ainda se percebe claramente o contraste que há entre o cenário moral degrado reinante com outro em que isso não se via. Isso se deve ao fato de termos presente ainda pessoas que testemunharam o que é uma sociedade com um norte moral claro e o que é a atual que segue seus dias sem eira e nem beira.

Inclusive temos, ainda, o nosso testemunho pessoal, onde temos em nossa alma a clara percepção dos valores que nos foram ensinados e do que se está apregoando pelos quatro cantos de nosso país. E aí, neste ponto, que o finado filósofo espanhol indagava: e como será a sociedade humana quando não mais existirem essas pessoas que visualizam esse contraste? O que será da vida humana em sociedade quanto à confusão instaurada tornar-se a visão absoluta na perspectiva dos indivíduos?

Essas, creio, são as questões que não devem ser caladas de modo algum. Essas são as questões que deveriam nortear as reflexões e as ações pedagógicas. Quanto ao resto que é dito, sinceramente, não passa de colóquio flácido para nos idiotizarmos mutuamente fazendo pose de douto ignorante e nada mais.

Olha, de acordo com o professor (PHD em pedagogia) Luiz Carlos Faria da Silva, a taxa de analfabetismo adulto, desde 1979, caiu de 33%. Atualmente, está em torno de aproximadamente 12% da população adulta. Quanto ao acesso à instrução pública na faixa etária de sete a 14 anos tivemos o seu acesso universalizado. Que lindo, não é mesmo? Mas, exatamente, o que significa realmente a apresentação erística desses números bonitinhos, mas ordinários?

Exatamente isso. O aspecto vulgar com que nossa educação formal vem sendo tratada e reduzida a nível pueril. Para perceber isso não há necessidade de possuir um título douto. Basta que se olhe a realidade com os próprios olhos e compreender os problemas que se apresentam diante de nossas vistas em sua própria especificidade dispensando toda aquela masturbação mental feita em meio a toda aquela pústula ideológica que se apoderou das discussões em nosso país.

Quando o professor Farias da Silva nos lembra que, segundo os dados do SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) 95% dos estudantes brasileiros que chegam a quinta série do Ensino Fundamental apresentam desempenho em leitura inferior ao mínimo esperado para esse grau de escolaridade, ele intenta simplesmente chamar a atenção para um dado fidedigno, para um problema autêntico. Infelizmente, ao que tudo indica, pouquíssimas pessoas estão interessadas em resolver problemas legítimos, porque isso dá trabalho, não rende pose de bom moço e não dá voto.

Mas esse é o problema que deve ocupar o centro das discussões de pais e professores que realmente são as pessoas de estão preocupadas com esse quadro aterrador. Os primeiros porque se trata do futuro de seus filhos e da sociedade em que seus herdeiros viverão e, os segundos, porque são testemunhas oculares desse processo de degeneração que vem sendo implantando gradativamente, onde nós, professores, somos agentes desse processo, conscientes ou não de sermos. Quanto aos burocratas e os intelectuais membros da burrizia, não dêem barda, porque a preocupação deles posar é apenas de posar de bom moço ou fingir preocupação por algo que, efetivamente, eles desconhecem e mesmo desdenham.

Dito isso, voltemos à questão do testemunho. Independente dos dados estatísticos e do cruzamento destes, seguido ou não de uma ponderação qualitativa e de uma devida depuração decadialética dos mesmos, todos nós, pais e professores, estamos testemunhando com os nossos próprios olhos que algo de muito errado, que algo definitivamente perverso tomou o lugar do que se conhecia tradicionalmente como educação.

Quanto um aluno visivelmente é incapaz de ler e interpretar um texto simples e de realizar as quatro operações matemáticas basilares é tido como apto e avança para a quinta série do Ensino Fundamental, algo de muito perverso está sendo realizado. Perverso mesmo, pois chamar isso de educação para “incluir” os “excluídos” é de um cinismo sem mensuração. Aliás, esse aluno foi incluído em quê?

Sabe, a educação atual em nosso país está cheia desse trololó politicamente-correto em um misto com aquela conversa fiada marxista doutrinária travestida com o eufemismo vazio de “educação crítica” juntamente com os seus putrefazes derivados que em nada ajudam na resolução desse problema. De mais a mais, efetivamente, quem desses doutos senhores e senhoras que adoram se apresentar como sendo os grãos-mestres do ato de educar já colocou os seus pés em uma sala de aula do ensino fundamental? Quem deles realmente aplicou as suas teorias demoníacas nas reais condições de trabalho que se apresentam nas Instituições de Ensino? Por fim, quais são os frutos que a aplicação dessas teorias nos apresenta?

Nunca é demais lembrar que a geração tenra não é e nem pode ser tratada como cobaia de teorias alienantes sem o devido consentimento de seus genitores e os professores, ao meu insignificante e pacóvio modo de ver, não pode compactuar com algo que tem intenções no mínimo suspeitas e que, efetivamente, tem apresentando resultados contrários ao que foi prometido como resultado. E pior! Dentro em pouco, essa geração educada nestes moldes estará ocupando cargos de poder em nossa sociedade. Já parou para pensar nisso com a devida seriedade? Se não pensou, pense, pois esse é o “X” da questão.

ALMIR KLINK NO SEMPRE UM PAPO

Não deixem de acessar o site do Almir Klink. O endereço é:
http://www.amyrklink.com.br/

DA AUTO-CONTRADIÇÃO REINANTE - em pdf

DA AUTO-CONTRADIÇÃO REINANTE

DA AUTO-CONTRADIÇÃO REINANTE

Escrevinhação n. 771, redigida em 25 de julho de 2009, dia de São Tiago (o Maior) Apóstolo e São Cristóvão.

Por Dartagnan da Silva Zanela

"É impossível calcular o dano moral, se é que posso chamá-lo assim, que a mentira mental tem causado na sociedade". (Thomas Paine)
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Certa feita, em conversa com um amigo de longa data, foi-me feito, nos termos que seguem, um relato sobre um determinado ocorrido que, diga-se de passagem, ilustra de modo significativo a crise pela qual passa nossa sociedade. Contava-me que ele havia sido convido para participar de uma reunião que tinha por intento auxiliar os professores da educação básica no que tange à disciplina de “Ensino Religioso”.

Obviamente que todas as lideranças religiosas não conseguiram chegar a um denominador comum. Um pastor sugeriu o uso da Sagrada Escritura (boa sugestão). Um padre reprovou tal uso em escolas, pois, no seu entendimento, a Bíblia é “uma arma” (infeliz colocação). Outros, intoxicados com o trololó politicamente-correto afirmavam que a Bíblia não poderia ser usada em sala de aula para não ofender os alunos que fossem de outra Confissão Tradicional, ou de alguma Seita, ou de coisa alguma (sem comentários).

Bem, estavam todos preocupadíssimos com questões secundárias e, por isso mesmo, acabaram por esquecer a motivação que os havia trazido para aquele local que, segundo meu bom amigo, era auxiliar os educadores com a disciplina de “Ensino Religioso”, para que eles pudessem edificar de forma mais consistente e significativa a aprendizagem e vivência de valores morais que elevem os infantes em dignidade.

Todavia, meu bom amigo, também restringiu o problema em seu colóquio, limitando suas observações unicamente ao ocorrido em si, sem procurar refletir sobre o lugar dessa situação dentro de um contexto mais amplo que é o cenário degenerado da cultura e da educação de nosso país nos dias hodiernos.

Ora, de que adiante ministrar para os pequenos uma imensa bagagem de educação moral sendo que no correr de sua caminhada, da educação básica até o ensino superior, lhe será ensinado que todos esses valores, apresentados como válidos e universais num primeiro momento, são relativos e subjetivos? Qual a validade de, em um primeiro momento, apresentarmos de maneira sutil algumas Verdades elementares sendo que no correr dos anos lhe envenenaremos a alma com todo o pérfido licor do relativismo moral e do materialismo filosófico disfarçado de educação crítica? Isso sem falar no constante bombardeio midiático de informações sem significado substancial para a sua formação e das imagens que edificam, na alma humana, uma perspectiva niilista sobre a vida.

É por isso que toda a discussão apontada no começo dessa missiva não passa de colóquio flácido, por mais bem intencionado que fosse, pois, não toca na ferida fétida que todos se negam a enxergar. Ou, ao menos, fingem não enxergar, como já é típico em nossa sociedade desde os idos de Machado de Assis.

Vejam bem. Lá está um amontoado de sujeitos discutindo o que não se deve ensinar e não o que realmente deve ser ensinado. Ou seja, nos preocupamos muito mais em negar o razoável do que aceitá-lo. Aliás, impressão que se tem é que todos esses indivíduos que estavam reunidos nunca pararam para pensar que todo o valor moral (não usos hipócritas desses) tem uma fundamentação direta na estrutura da realidade.

Ora raios! Digam-me uma coisa: o que há de equivocado, de errôneo, em ensinar que uma pessoa deve amar a Verdade (Deus) acima de todas as coisas? O que há de equivocado em ensinar que um filho deve honrar o seu pai e sua mãe? Sem mais delongas, em que tais ensinamentos ferem a diversidade das manifestações religiosas que, por sua deixa, ensinam o mesmo com um aparato ritual e simbólico diverso do Cristão? De mais a mais, qual o problema de ensinar os valores Cristãos em uma sociedade onde a sua população é majoritariamente Cristã?

O problema está justamente na dolosa impregnação do vocabulário politicamente-correto e na maciça influência do relativismo moral que acaba por paralisar a capacidade dos indivíduos de perceber a própria presença da Verdade da realidade que se afigura diante de suas vistas.

Vamos supor, que os sujeitos que se fizeram presentes nessa reunião tivessem sugerido o ensino do bom-senso moral e que os professores adotassem tal orientação na dita disciplina. Isso resolveria o problema da indolência dos infantes?

É lógico que não. De que adiante as heróicas professoras das séries iniciais ensinarem as Verdades morais elementares sendo que no decorrer de sua educação formal o garoto será bombardeado com toda ordem de doutrinas relativistas e materialistas dissolvidas sutilmente nos conteúdos das mais variadas disciplinas (em especial nas da seara de humanas, que conheço modestamente).

A professora nas séries iniciais pode até ensinar para os garotos, através de fábulas, contos e parábolas, que existem certos valores que são verdadeiros por serem universais e por corresponderem à estrutura da realidade, porém, quando esse avançar através das séries de sua educação formal lhe será martelado, direta e indiretamente, que tudo é relativo, que tudo é uma questão de um reles ponto de vista subjetivo e nada mais.

Atacar esse ponto é o elemento basilar para que realmente nossa geração deixe de se portar como uma horda de sicofantas desfibrados e passe a agir de modo realista diante dos problemas que se apresentam diante de nossas ventas. É fundamental que enfrentemos esse cenário que é a doutrinação relativista, materialista e niilista que inunda a educação hodierna para que, as gerações vindouras não olhem para a imagem de nossa época com vergonha.

Se você, sinceramente, deseja isso, não porte-se como um hipócrita que sai atirando para todos os lados acusando Deus e o mundo pelo que se desenhou. Entenda primeiramente o problema e combata-o em sua alma nos responsabilizando pelo aprimoramento do belo pusilânime pedante que nos tornamos para que se possa, de fato, ser feito algo que seja efetivamente válido pela geração infante que está sob nossa responsabilidade.

PROGRAMA BOAS NOTÍCIAS - 27/07/2009

Comentário realizado por Dartagnan da Silva Zanela no dia 27 de julho de 2009 para o Programa Boas Notícias.