Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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QUASE POESIA - n. 77 (31/I/2017)

Quando não se tem nada a dizer
A prudência, mãe das virtudes, vem
A nos recomendar, com decoro, calar
E não mais tolamente insistir em opinar.

SÃO JOÃO BOSCO, ORA PRO NOBIS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Ouvia hoje, como de costume, após a leitura e meditação da liturgia do dia, a homilia do padre Paulo Ricardo na qual ele referia-se a memória de São João Bosco. Mais especificamente ao seu método educacional que, por sua deixa, era muitíssimo simples e, por isso mesmo, excepcional.

Padre Paulo lembra-nos que o método educacional do santo fundava-se em duas colunas: a confissão [direção espiritual] e a comunhão frequente [o mais frequente possível].

Ouvindo essas palavras, fiquei cá com meus alfarrábios, a indagar-me sobre o seguinte borogodó: existe, por um acaso, hoje no Brasil alguma instituição de ensino nominalmente católica que utilize-se desse método na formação dos mancebos? Será que em alguma paróquia tal método é utilizado na catequese para a primeira eucaristia [no caso, a coluna da confissão frequente] e para o Crisma [aí, nesse caso, as duas colunas]?

Aliás, quantos são os sacerdotes que, de fato, estão preparados e dispostos a ofertar aos fiéis a tal da direção espiritual?

Pois é, São João Bosco desejava através de seu método mostrar a todos os infantes o caminho da santidade; hoje, no máximo, o que se anseia ensinar a gurizada é que eles sejam bons-mocinhos e saibam portar-se com a devida dose de cidadanite para não escandalizar o mundo, mesmo que isso ofenda Nosso Senhor.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

O SORRISO AZUL

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Uma religião não deve ser praticada para nos sentirmos bem, porque religião não é como geladinho feito com kisuko de uva.

Muitíssimo menos para parecermos bonitinhos na fita social, política e midiática, porque religião também não é maquiagem nem ideologia.

Uma religião não deve, em hipótese alguma, ser mutilada e reduzida ao tamanho de nossa pequenez, como tanto gostam de fazer os religiosos progressistas. Fazer isso, não é outra coisa senão safadeza egolátrica e insídia ideológica.

Uma religião deve ser praticada, sempre, com temor e tremor, com retidão de propósito, para, desse modo, nos amoldarmos a Verdade manifesta através dela e não o contrário.

Se assim procedermos, com muito esforço e com o indispensável auxílio da Graça, poderemos nos tornar pessoas um pouquinho menos ruins do que somos ordinariamente.

Enfim, se conseguirmos perseverar por essa via, o Céu, com certeza, irá sorrir para nós.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

CUMBUCA MAL ACABADA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Certa feita, numa entrevista, pediram ao escritor Thomas Mann que ele oferece um conselho à juventude. Sem pestanejar, o prêmio Nobel disse que os jovens não deveriam jamais perder a capacidade de admirar.

A admiração é uma poderosa alavanca que move o desejo humano de ser, o desejo de realização da singularidade da personalidade de cada um.

Quando o admirar é voltado para figuras virtuosas, pode, como todos sabem, render bons frutos, ajudando o indivíduo a forjar, com o devido auxílio da Graça, a sua pessoa.

Quando perdemos essa capacidade, acabamos nos corroendo numa lúgubre fossa de rancor que, dia após dia, vai nos incapacitando de seguir nosso caminho nessa jornada que é profundamente humana.

Remendo importante: por favor [por favor!] não confunda a admiração com o culto à personalidade. Esse, é fartamente presente em meio aos praticantes do nacional-socialismo (Hitler), do fascismo (Mussolini) e do marxismo (de Stálin à Lula, passando por Chavéz, há idolatria de sobra). Aliás, o caipora tem que ser muito tosco pra confundir isso com aquilo. Muito mesmo. Na dúvida, a leitura dos livros “O Estado Espetáculo” de Roger-Gérard Schawartzenberg, “Nossa cultura ou o que restou dela” de Theodore Dalrymple e "A pedagogia Simbólica" de Carlos Amadeu Byington podem ser de alguma valia. Remendo feito, sigamos em frente.

No correr de toda a história, a humanidade sempre foi brindada com personalidades de grande densidade que, literalmente, tornaram-se verdadeiros catalizadores axiológicos, cristalizadores de valores universais; valores esses que, por sua deixa, tornaram-se visíveis aos olhos de muitos através das obras e feitos dessas almas aquilatadas, inspirando gerações e mais gerações a agirem de modo elevado e a serem dignos e bons.

De mais a mais, vale lembrar que ideias e valores apenas tornam-se plenamente compreensíveis quando estão enraizados na vida através da jardim das figuras exemplares que, literalmente, os encarnam; através de pessoas que se tornam a imagem e semelhança desses valores e ideias.

Na verdade, todas os grandes mestres forjaram sua personalidade e bem como suas obras a partir da admiração sincera que nutriam em relação a alguém que eles consideravam notável.

Os exemplos abundam na história, e podem iluminar nossa alma, desde que estejamos dispostos a estuda-los para conhece-los.

Ora, o que seria da filosofia sem a admiração cultivada sem medida pela personalidade de Sócrates, Platão e Aristóteles; pela notabilidade de Santo Agostinho, Santo Alberto Magno e Santo Tomás? Citei apenas esses senhores, mas a lista é imensa e, sem a admiração, tão recomendada por Thomas Mann, a filosofia nada seria ou, quase nada.

E a história? Pois é, grandes historiadores acabam, querendo ou não, fazendo escola. Alguns sinceramente desejavam isso, outros não; mas, no fundo, a admiração por uma pessoa de elevadas qualidades e pela sua apurada obra acabava gerando a imitação do trabalho dos mestres que, por sua vez, e com o devido tempo de amadurecimento, permitia que o imitar acabasse se tornando um estilo independente do modelo mimetizado.

O mesmo vale para a literatura, pintura, escultura, música, engenharia, arquitetura, esportes, aventuras (como as grandes navegações e explorações), santidade, ofícios, líderes (militares e políticos), enfim, a admiração leva-nos a tornarmo-nos, dentro das devidas medidas, algo similar ao que é admirado por nós, como tão bem nos ensina Luis Vaz de Camões em um de seus belíssimos sonetos.

Porém, todavia e, entretanto, muitos homens modernosos desdenham a admiração. Fazem pouco caso dela. Principalmente os [presunçosamente] sabidos.

No lugar dela preferem a invídia ferina, mal escondida sob o manto da procura insana pela originalidade ou, noutros casos, em nome duma suposta, bem suposta, superioridade moral e intelectual mal vestida com os andrajos de uma hipotética consciência crica, digo, crítica.

Tal atitude, no fundo, apenas evidencia um desejo imensurável de ser admirado pelos outros por qualidades que não são possuídas pelo infeliz e, por isso, para diminuir o seu sentimento de mendacidade, proclama o fim do reconhecimento da grandeza presente nos gigantes que sustentam-nos em nosso nanismo existencial para que, desse modo, todos os anódinos desse naipe furado sintam-se grandinhos e especiais com a sua mediocridade.

No fundo, é isso que há nas entranhas de todo discurso igualitarista que tanto se faz presente nas pedagogias demagógicas modernosas e progressistas.

Na verdade, bem na verdade mesmo, só pessoas desprovidas de personalidade fazem beicinho e empinam o narizinho para reconhecer as virtudes duma aquilatada personalidade e não medem esforços para destruí-la.

Enfim, como havíamos dito anteriormente, enxovalhar o maravilhar-se e dizer que admirar é uma atitude retrógrada e blábláblá é apenas uma dor de cotovelo mequetrefe, fruto, como diria Manuel Bandeira, duma vida que poderia ter sido, mas não foi.

Não é por menos que hoje, as mentes bem pensantes chamam o cultivo sulfuroso do rancor, do vitimismo e da invídia indisfarçável de [de]formação a partir de uma educação crítica que, inconfessadamente, admira apenas aquilo que habita dentro das limitadíssimas fronteiras de suas viseiras ideológicas e olhe lá.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

ATRAVANCANDO O PROGRESSO

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

ATRAVANCANDO O PROGRESSO (1)
O mundo sempre teve um “Q” de loucura e um “Y” de estupidez. Na verdade, cada um de nós tem a sua própria dosagem desses ingredientes em sua pobre alma. Uns mais, outros menos, mas todos, sem exceção, temos a nossa devida porção desse desvairado latifúndio.

Logo, seria apropriado dizermos que o mundo está mais estulto? Não sei dizer. Algo me diz que não é bem assim não, em certos aspectos.

Sei apenas duma coisa: a faixa da população que crê ser a fatia mais esclarecida da sociedade está, a cada dia que passa, deixando sua máscara de sabido cair e, com isso, evidenciando aos olhos de todos a sua presunçosa estultice juntamente com o ridículo sem igual de suas alucinações utópicas mil.

Para verificar esse fato, basta ver o que os "criticamente esclarecidos" fazem, ouvir o que eles dizem e ler o que escrevem para que, com os nossos "Q" e "Y", possamos tirar as nossas próprias conclusões sobre a criticidade dos inteligentinhos. 

ATRAVANCANDO O PROGRESSO (2)
Gente que se declara crítica não é mal compreendida não, como eles gostam tanto de dizer. Pelo contrário. Essa gente é muito bem compreendida pelas pessoas comuns que, de cara, entendem a total falta de discernimento desses infelizes que tão facilmente confundem a realidade da vida com o vácuo de suas palavras em misto com as imagens disformes de sua mutilada imaginação. Resumindo: não é segredo pra ninguém que essa gente que se acha crítica de doer confunde tudo e acredita que essa confusão dos diabos é o suprassumo da inteligência [mas crítica, é claro].

TRUMP E OS INTELIGENTINHOS
Todos somos criticáveis, porém, nem toda crítica tem o valor que pretende ter. Tal regra é mais do que válida aos críticos brazucas - com pose de sabido - de Donald Trump.

Não que o atual presidente dos Estados Unidos não possa ser criticado. Não é isso não cara pálida. Nada que está abaixo do sol é imune a crítica. Nada.

Porém, a regra é clara: onde a unanimidade impera não é o bom-senso que habita não. É outra coisa.

Doravante, o cômico nessa bagaça toda é o seguinte: quando o assunto é o presidente de cabelo laranja, dum modo geral, a turma que se acha mui esclarecida, repete, com narizinho empinado e cara de enjoado, as mesmíssimas atabalhoadas que saem no Jornal Nacional, Globo News e demais órgãos da grande mídia e, por fazerem isso, se acham tão sabidos quando bonitinhos.

Enfim, por fazerem esse papelório todo acreditam candidamente que são alminhas mui críticas e imunes a toda e qualquer modinha, ao mesmo tempo em que, de modo simiesco, repetem todo o trelelê da modinha anti-Trump (financiada por George Soros e demais globalistas) devido ao fim do blablablá de outra modinha globalista, a Obama mania.

Pois é. Isso sim, meu caro, é ser crítico de doer.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

QUASE POESIA – n. 76 (27/I/2017)

Ignora quem apenas vê no olhar a flama
Que por trás dessa luz sem lâmpada
Há uma alma que arde nas chamas
Dum silente e doloroso drama.

É NECESSÁRIO FREAR A SOBERBA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

CONVERSA E CONVERSA
Diálogo e conversação não significam que uma das partes tenha que ouvir e concordar com tudinho que a outra parte tem a dizer. Não é assim que funcionam as coisas na vida adulta. Somente as criancinhas acham que birrinha e chantagem sejam a mesma coisa que negociação e prosa. Diálogo e conversação significam que ambas as partes falarão, ouvirão e, no frigir dos ovos, possivelmente irão ceder aqui e acolá para poder entrar num acordo que, na maioria das vezes, é bem diferente do que era esperado por ambos os lados e que, ao fim, nem sempre é plenamente satisfatório. Mas, fazer o que? A vida é assim mesmo moço.

PÁGINAS SUJAS
Um órgão de mídia, ou um caipora qualquer, que chamava Fidel Castro de "grande estadista" e que via e vê nele um exemplo de sei lá o que, quando abre os beiços para criticar Trump merece, no mínimo, o nosso desprezo. Umas gargalhadas, quem sabe, mas, nada mais que isso.

MAIS ENCARDIDO DO QUE NUNCA
A alma do brasileiro precisa urgentemente ser lavada e alvejada. O problema é que as lavadeiras que se apresentam para realizar o tal serviço não são lá essas coisas e o sabão disponível mais encarde que limpa.

1984
Numa sociedade onde os bons costumes e o bom senso é substituído por leis que mal são compreendidas pelos seus autores e confusamente entendidas por seus intérpretes é uma sociedade condenada a escravidão totalitária. Escravidão essa que será, ao estilo orwelliano, chamada por muitos de liberdade.

APENAS UMA OBSERVAÇÃO
Os cidadãos comuns, como eu e você, que não somos pessoas chiques e que não somos versados no dialeto dos bacharéis, podemos ter certeza de duas coisas com a indicação de Ives Grande Filho para o antro do famigerado STF.

Primeira: se a grande mídia em peso diz que ele não presta é porque ele, de fato, é uma pessoa honra.

Segundo: o estardalhaço armado contra a indicação de seu nome que está sendo feito pela turminha radical e criticamente chique é porque ele, Ives Filho, é um Cristão Católico confesso e, como tal, defende todos os valores que, nas últimas décadas estão sendo atacados sorrateiramente pelas tais instituições democráticas.

Enfim, já estamos carecas de saber que quando a grande mídia e o establishment intelectual, juntos, repetem a mesma coisa é porque, batata, a realidade é o contrário do que eles afirmam.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

HOMENS E MULHERES

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Machistas não compreendem a sensibilidade feminina e, por essas e outras, não sabem o que é ser um homem.

Feministas, por sua deixa, ignoram soberbamente os silentes sentimentos masculinos e, por isso e muito mais, não sabem o que é ser mulher.

Ambos, cada um ao seu modo, criam a partir de fragmentos extraídos aqui e ali, misturados com um punhado de ideias doidas, uma abstração do que seja o ser homem e o ser mulher. E, através dessa abstração, essas almas passam a sentir, pensar e julgar tudo e todos.

Enquanto isso, homens e mulheres de carne e ossos, dentro de suas limitações e com seus inúmeros defeitos, em meio aos seus desentendimentos e acertos, procuram se compreender mutuamente na medida do [im]possível.

Homens e mulheres, héteros e homossexuais, tentam jeitosa ou desajeitadamente amar, perdoar, rir, chorar e todos vivem cientes – uns mais, outros menos - de que jamais seremos tudo o que imaginamos ser e, muito menos, seremos tudo aquilo que esperam de nós.

Enfim, todos, homens e mulheres, com seus desacertos e incompreensões caminham ombro a ombro, juntos, rindo e chorando, discutindo e convergindo, sofrendo e gozando nessa imperfeita relações entre seres imperfeitos, com todos os problemas e virtudes que podem existir entre seres demasiadamente humanos.

(*) professor, cronista e bebedor de café.

[vídeo] PROGRAMA AVE MARIA, 26 de janeiro de 2017.

O PROGRAMA AVE MARIA é o programa radiofônico da Paróquia NOSSA SENHORA DE BELÉM que vai ao ar pelas ondas da rádio IGUAÇU FM de segunda a sábado às 18h00. Na quinta-feira o programa é apresentado por DARTAGNAN DA SILVA ZANELA.

QUASE POESIA – n. 75 (26/I/2017)

Muitos tem olhos argutos e palavras ferinas
Contra os muros que são edificados mundo à fora.
Mas nenhuma dessas almas ferozes de palavras duras
Dispõe-se a derrubar as muralhas de sua morada.

“ISMOS” SÃO PARA CANALHAS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Muitas pessoas não suportam a confrontação com a realidade. O susto é tamanho, tão grande é a aversão à dureza da vida, que essas pobres alminhas procuram fugir dela da forma que lhe pareça mais rápida e agradável, que melhor alente o seu ego podre de mimado, mesmo que isso seja uma baita furada.

Bem, uns procuram isso nas diversões fúteis que, atualmente, não faltam. E tem pra todos os [maus] gostos.

Alguns outros procuram uma rota de fuga no consumismo bocó que lhes come os pilas pelos pés em troca de ilusórias e efêmeras satisfações. O que, também, por sua deixa, tem de sobra no mundo atual.

Há também aqueles que se afundam até os gorgomilos nas drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, pesadas ou mais pesadas ainda, chegando ao ponto de tornarem-se um trapo humano ou, nos casos mais graves, terminam como os figurantes da série “the walking dead” e similares.

O número desses pobres diabos tem crescido significativamente em nosso país, para a alegria do diabedo que vende, no atacado e no varejo, essa forma de autodestruição psicotrópica fantasiada de felicidade.

Porém, existem os que se apegam a alguma ideologia totalitária. Esses também existem em número cavalar no nosso país e não se contentam apenas em arruinar as suas próprias vidas, como no primeiro e no segundo caso; e não se sentem satisfeitos em desgraçar a própria vida e a de seus familiares, como no caso dos terceiros.

Esses tipos querem bem mais que isso. Eles querem que todos fujam junto com eles para dentro de seus delírios ideológicos e, dessa forma, também desejem transformar o mundo num grande asilo de lunáticos onde um Estado totalitário controlaria a vida de todos em nome da felicidade geral e hipotética da tal humanidade.

E aí daqueles que tiverem a petulância de não aderir a sua causa! Se não o fizerem, os caiporas piram o cabeção, revelando sua face histérica e histriônica. O bicho fica feio. Feio feito uma facada nos fundilhos.

Num primeiro momento eles gritam, taxando todos os que não se encaixam em sua mente quadrada, de fascistas, golpistas, machistas, “qualquercoisaistas” que lhes der na ventana.

Já num segundo, bem, aí a violência física toma a frente e o pau come em nome, é claro, do multiculturalismo, da diversidade e da tolerância que, mutatis mutandis, não tolera a existência do divergente.

Resumindo a peleja: ao final disso tudo, esse tipo de gente chama esse disparate todo, que consome milhões do erário público e desperdiça uma quantidade descomunal de energias humanas, de “luta pela liberdade” ou “a construção de um mundo melhor possível”.

É mole ou quer mais? Não. Não é moleza e é assim mesmo. E por que? Porque essa trupe de radicais forever, revoltada até o tutano, é capaz de amar a humanidade, porque ela é uma abstração; porém, não consegue amar o seu vizinho, o tal do nosso próximo, com todos os seus defeitos e esquisitices, porque esse é parte da realidade. E o real, por definição, contraria, e sempre contrariará, os nossos desejos e vontades em maior ou menor proporção. 

Enfim, por essas e outras que essa gente não é capaz de encarar a vida de frente e agir como uma pessoa razoavelmente madura e minimamente generosa. 

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

UM ALVO DE GELEIA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

ACHO QUE NÃO
Os bocós de mola, metidos a esclarecidos e convencidos de que são mui sabidos, em nenhum momento estranharam e se perguntaram por que toda a grande mídia estava e está berrando em uma só voz contra o senhor Donald Trump. Não sabem eles que a unanimidade é burra e maliciosa? Acho que não.

ENTRE UM RANGO E A FAKE NEWS
Tem gente que quando vai a uma lanchonete pra comer um grude e é surpreendido com um verdadeiro grude. Mesmo assim, resolve comer tudo, tudinho, como se fosse o mais apetitoso manjar só pra não perder o dinheiro que foi pago pela gororoba. Bem, imagino que muita gente que assina tranqueiras como a bobo news deve agir de maneira similar: vê que tudo que lhe é vendido como sendo uma cândida verdade não passa de lorota da pior qualidade, mas, mesmo assim, crê em tudo, tudinho, só para não perder os pilas que foram gastos.

SEM RUMO, NEM PRUMO
Não é querer gorar, apenas te digo uma coisa: se o Brasil continuar seguindo por esse carreiro, cedo ou tarde, as pessoas não mais irão somente afrontar com desaforos certos deputados, senadores e “otoridades”, quando forem encontradas em locais públicos.

Se continuarmos por esse caminho, algo me diz que não vai demorar muito para que a população sente a pua em qualquer indivíduo desse naipe que apareça em qualquer lugar, em qualquer ocasião que seja.

Enfim, como havia dito, não é querer gorar não, mas se continuarmos nessa direção, não me impressionará nem um pouco se o povo perder o prumo com essa gente que tem deixado nosso país sem rumo.

PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO
Quando um intelectuloide com uma, duas ou mais mãos canhotas, que se esforça pra caramba pra fazer aquela pose afetada de imparcialidade e superioridade, começa a querer falar de nova direita e blablablás similares, pode ter certeza de duas coisas: ele literalmente não sabe o que está dizendo e, principalmente, você irá precisar dum bom rolo de papel higiênico para, como direi, contra-argumentar o que lhe foi atirado nas ventas pelo sujeito criticamente crítico.

ORGULHOSAMENTE CRÍTICO
Quando mais um ranhento fica dizendo que é uma pessoa crítica, que devemos ter uma consciência crítica, que a escola deve ser crítica, que as nossas atitudes devem ser críticas, que o feijão com arroz e farofa devem ser críticos, não se engane! O que o carniça quer dizer é que ele é um idiota, que sente muito orgulho disso, mas não quer saber de ficar sozinho em sua idiotia. Só isso.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

VALE UMA NOTA DE SETE REAIS


Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Muitos bocós de mola ficaram horrorizados quando Trump chamou a CNN de fake news. Que dó. Que dó.

Porém, as afilhadas da fake news [e seus devotos e acólitos] aqui nessa terra de desterrados, jamais noticiaram as inúmeras respostas ríspidas que foram proferidas pelo senhor Obama, o queridinho dos esquerdopatas, contra a Fox News durante os seus oito anos de mandato.

Pois é, como sempre a mesma cafajestagem: tudo regrado com dois pesos e duas medidas. Rumorosos sobre um e silentes sobre o outro, conforme as conveniências.

Detalhe: não tenho nada contra o segundo usar palavras duras contra um órgão de mídia. Não mesmo. Esse tipo de coisa faz parte do jogo e, de mais a mais, é um direito que lhe assiste.

O que realmente é pra lá de ridículo é essa puxação de saco que a grande mídia promove em favor do ex-presidente Obama e a atitude aguerrida de cão sarnento em relação à Trump e, fazerem tudo isso, sob o epíteto de jornalismo. Esse tipo de borogodó, definitivamente, é o fim da rosca.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

MENTIRAS SEM FRONTEIRA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

APENAS UM EXEMPLO
Um gesto público fala muito mais que mil palavras lidas num teleprompter.

Exemplo: quando Obama - o queridinho da grande mídia esquerdista, do establishment globalista e dos bocós do fim do mundo - assumiu a cadeira do salão oval mandou retirar o busto de Winston Churchill, o arqui-inimigo do totalitarismo nacional-socialista, da Casa Branca. Tal gesto diz muito, muitíssimo, sobre Obama e seus admiradores.

Bem, noves fora zero, Trump, o maior causador de chiliques nos globalistas, esquerdistas e bocós, ao assumir a presidência dos Estados Unidos mandou imediatamente recolocar o busto de Churchill em seu devido lugar na Casa Branca. Pois é, essa atitude também diz muita coisa sobre quem é o presidente do cabelo laranja e o que são os seus escarnecedores desafetos.

MÁSCARAS E FANTASIAS
Não sei dizer o que é mais ridículo: se é ver a torcida, fantasiada mal e porcamente de cobertura jornalística, feita pela grande mídia a respeito da campanha e da posse de D. Trump, ou ver pessoas [que se consideram tão esclarecidas quanto sabidas] não perceberem o quão ridículo é todo esse trem fuçado que se apresenta com a máscara furibunda de “jornalismo isento”. Detalhe: uma cobertura onde, literalmente, os tais especialistas não deram e não dão uma única bola dentro [na verdade, male mal acertam os próprios nomes]. Bem, seja como for, quando o fiasco é grande demais é mais fácil rir do ridículo reinante do que tentar explicar as causas do kitsch geral. Por isso, da mesma forma que o choro é livre que as gargalhadas também o sejam pra ver se o gelo é quebrado e a razão retorne ao seu devido lugar.

ENQUANTO ISSO
A grande mídia destacou o olhar apático dum dos filhos de Trump, apontando, sarcasticamente, que ele, por seu olhar, teria virado motivo de chacota nas redes sociais. Pois é, grande mídia esquerdosa e politicamente correta, o rapaz [ou Trumpinho, como fora chamado] é autista. Isso mesmo, autista. Ponto. Enfim, e essa é toda a ética [dúbia e seletiva] do grande excremento midiático, fingido e desinformativo que jura de pés juntos que é um trem tão sério quanto isento.

GENTE SUJA
Sejamos francos: se você quer fazer torcida por fulano ou beltrano, tudo bem; é um direito que lhe assiste. Agora, fazer isso e fingir, na cada dura, que está realizando uma cobertura jornalística séria não é outra coisa senão um sério problema de caráter. Enfim, quem sabe, com o tempo, o grande excremento midiático e seus acólitos e devotos um dia irão compreender isso.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

REFLEXÕES AO PÉ DA JANELA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

VALE TUDO
O movimento revolucionário usa em seu plano estratégico - com seus inumeráveis tentáculos marxistas, marxizantes e marxianos - tudo o que estiver em seu alcance e todos que ele puder instrumentalizar para realizar o seu projeto que, nada mais é, que a conquista total do poder. Só isso.

MABUSE DA VIDA (1)
Vivemos em um manicômio. Numa casa de lunáticos que faria o doutor Mabuse sentir inveja. Ora, um país onde se ostenta a cifra de, aproximadamente, setenta mil homicídios anuais e que, ao mesmo tempo, insiste-se em agir como se tudo estivesse correndo dentro da mais pia normalidade, de fato, não é um país não, é um hospício dirigido por doidos de pedra.

MABUSE DA VIDA (2)
Fazer pose de equilibrado, de pessoa sabida e sensata que vê tudo pelo prisma da “solidez” de nossas instituições democráticas, ignorando que vivemos num país onde o desvario tornou-se a regra, onde a aberração, fantasiada de normalidade, é ditada por toda ordem de conspirações e conchavos que são orquestrados noite e dia por toda estirpe de escroques, definitivamente, é um claro sinal de estupidez presunçosa, fruto da incapacidade de encarar a realidade de frente. Incapacidade essa advinda de uma covardia moral sem precedentes que leva o indivíduo, diante do horror que nos abraça, a fixar rótulos bobos como "foi um acaso", "é tudo teoria da conspiração" e tutti quanti, para melhor preservar a integridade de sua alma de geleia.

TUDO CULPA DO TRUMP
Por defender aberta e claramente os fundamentos cristãos e por declarar guerra contra a cultura da morte (abortismo e demais hostes infernais), Trump conquistou o ódio histericamente visceral dos esquerdopatas - sejam eles esquerdopatas de carteirinha ou honorários. E isso, meu caro Watson, já é um ótimo sinal porque, quando essa pacutia vermelha fica com raivinha é porque as coisas não estão indo para o rumo utopicamente errado que eles tanto amam.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

QUASE POESIA – n. 74 (21/I/2017)

Cometer alguns erros e arrepender-se sinceramente
É algo simplesmente humano e qualquer um entende.
Agora, fazer do erro um projeto de vida somente
É aplaudido pelas hostes de canalhas e dementes.

O BRASIL AOS OLHOS DO DR. MABUSE

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

No Brasil, do alto de seu berço esplêndido, tem muita gente que imagina que tudo está correndo muito bem devido à solidez de nossas enfermas instituições democráticas.

Bem, se assim o é e o louco da história sou eu, então vejamos: o nosso amado país é recordista mundial em número de homicídios (Que lindo).

O Brasil obtêm insistentemente os piores resultados nos testes internacionais que avaliam o desempenho educacional de crianças e adolescentes (Mais lindo ainda).

A nação verde amarela ostenta um portentoso e contínuo aumento no número de usuários de drogas como cocaína, crack e etc. (Alucinante).

Somos um país onde as pessoas mais precocemente iniciam a sua vida sexual (Pois é, pois é, pois é).

A pátria de chuteiras é líder mundial no número de professores que são agredidos em sala de aula (Eita!).

Enfim, sem apresentar nenhum outro índice vexaminoso, te digo uma coisa: qualquer um que diga que o Brasil não é uma sociedade doente e que o Estado brazuca, com suas políticas, não seja uma tranqueira doentia, só pode ser um inteligentinho afetado fora da cozinha.

E te digo outra: qualquer um que insista em asseverar que aqui tudo corre muito bem, obrigado, e que afirme que qualquer coisa dita em contrário seria apenas um punhado de delírios de um teórico da conspiração só pode ser um carniça que está contribuindo direta e/ou indiretamente com qualquer um dos vergonhosos placares acima apresentados.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

A LONGA MARCHA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Hoje, em países como a Polônia, Lituânia, Geórgia e Moldávia, que amargaram décadas a fio nas garras sanguinolentas de políticos e burocratas da ex-URSS, exibir publicamente símbolos que remetam ao marxismo, a essa ideologia genocida e totalitária, é considerado crime. Isso mesmo. Crime.

Nesses países o marxismo é tratado pelos frutos de suas obras que esses povos bem conhecem. Essa gente sentiu na carne e nos ossos o real significado das canhestras utopias delirantes do alemão barbudo e, por isso mesmo, não querem mais nem saber de sandices desse naipe.

Pois é. Já na Terra de Vera Cruz, hoje Brasil, segue-se um caminho muito diferente. Bem diferente mesmo. Aqui, entre outras coisas, tais símbolos, e bem como a ideologia que esses representam, são ostentados com orgulho e soberba em todos os cantos e das mais variadas maneiras.

E tem mais! Os mesmos que ostentam essas tranqueiras vermelhas não medem esforços e nem calculam o tamanho do histerismo para querer proibir, em locais públicos, a presença de símbolos religiosos Cristãos e, fazem isso, dissimuladamente, em nome da dita cuja laicidade do Estado que, no fundo, não passa de um reles cavalo de batalha dessa gente.

O que essa gente quer – uns cônscios, outros não disso - é melhor impor os seus delirantes princípios políticos ideológicos; ideologia essa que vê em países como Cuba e Venezuela exemplos democráticos a serem imitados pelo Brasil.

Enfim, é isso e é assim, desse jeitão que segue o nosso país em sua longa marcha para o brejo da história.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

REFLEXÕES NEM UM POUCO REDONDAS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

QUANDO É ELOGIO DÁ MEDO
Se George Soros diz que Trump não presta, isso já é um ótimo sinal. Se a grande mídia Americana afirma que ele, Trump, não é boa gente, isso é muito bom, muito bom mesmo. Agora, se a grande mídia verde amarela e os intelectuais brazucas papagueiam o que foi dito pelos primeiros, isso é mais que perfeito. É show de bola. Porque ser criticado por certas pessoas é a maior honraria que pode existir.

SIMPLES FEITO REGRA DE TRÊS
Pra entender as notícias que são requentadas e servidas pela grande mídia - que vive fingindo aquela pose azeda de “isenta” - o macete é simples, bem simples mesmo. Toda vez que ela joga confete em alguém, desconfie. Quando a grande mídia critica de maneira voraz alguém, fique também com a pulga atrás da orelha, porque sempre que a grande mídia elogia alguém ou algo ela o faz pelas razões erradas e, quando ela critica alguém ou algo, ela o faz pelas piores pretextos possíveis. É isso.

RELER É APRENDER
No livro “O imbecil coletivo – tomo I”, do professor Olavo de Carvalho, há um capítulo cuja leitura e releitura é de fundamental importância para entendermos a mentalidade demente de boa parte da classe tagarelante quando o assunto é bandidagem, carceragem, desarmamento, direitos humanos, criminalidade e tutti quanti.

“Bandidos & letrados” é o capítulo, onde o referido filósofo mete o dedo na ferida sem dó, lembrando-nos, entre outras coisas, que “é absolutamente impossível que a disseminação de tantas ideias falsas não crie uma atmosfera propícia a fomentar o banditismo e a legitimar a omissão das autoridades”.

Bem, isso assim o é porque tudo que está para a ação, primeiramente deve estar disposto na imaginação e, não é preciso nem dizer quem são as alminhas e quais são as ideiazinhas que (de)formam a mentalidade do establishment e pululam no imaginário formatado pelo show business.

Enfim, aí está a dica. Leia sem moderação.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

QUASE POESIA – n. 73 (19/I/2017)

Sempre que, nessa triste nação,
A chapa começa esquentar
Um avião resolve, assim,
Do nada, das alturas precipitar
E, no chão, ou entre casas, ou
No meio do mar se espatifar.

QUASE POESIA – n. 72 (19/I/2017)

Os dias atuais são tão confusos e pestilentos
Que com uma facilidade até então impensável
Confunde-se qualquer bom mocismo agourento

Com a força curativa dum coração afável.
Não só isso faz parte desse triste momento.
O perdão também se reduziu a uma fraqueza abominável

Perdendo todo o seu poder de redimir os tormentos.
E assim o é por darmos primazia total ao mundo aparente
Ignorando o essencial significado de uma ação clemente.

MENTALIDADE RADICALMENTE CHIQUE

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Já reparou o quanto que gente chique, metida a sabida e crente de que é esclarecida pra caramba - gente que vive muito bem protegida num condomínio fechado ou num bairro bem cotado - ama de paixão a bandidagem, principalmente os mais violentos e os desprovidos de qualquer escrúpulo? É de arrepiar o tamanho da paixão [fingida] manifesta por essa turma. É horripilante o quão grande é a dissimulação de superioridade moral exibida por essa gente artificiosa.

Na dúvida, para esse pessoal, o bandido sempre tem razão, sempre, porque, para essa esquerda radicalmente chique, o meliante está, ao seu modo, apenas manifestando-se contra o tal do sistema burguês com suas leis excludentes e blablablá.

Ele, aos seus olhos ilustrados, não é um criminoso; é apenas alguém que está bravamente lutando contra as injustiças que o mundo lhes impôs. Todos, creio eu, já ouviram aqui ou acolá uma cantilena similar a essa.

E é claro que esses revoltadinhos caviar falam bem bravinhos contra o tal sistema capitalista em suas “reuniões de bons mocinhos”, mas, em hipótese alguma cogitam a possibilidade de abdicar do seu estilo pequeno burguês de ser.

Para qualquer cabeça de pudim que vê o circo pegar fogo à distância é fácil dizer esse tipo de sandice, ou qualquer trambolho que tenha como pano de fundo esse tipo de mentalidade distorcida que, saibam eles ou não, é fruto dos rabiscos canhestros das obras de senhores como Eric Hobsbawm, Herbert Marcuse, Ernesto Laclau, Frantz Fanon e tutti quanti que, direta e indiretamente, oferecem formas “diferentes” de ver a realidade, que apresentam estratégias novas para conquistar o poder e, de quebra, pra levar a sociedade para a bancarrota através do elogio da bandidagem e do lumpemproletariado.

Parênteses: Sei que bem provavelmente a turma radical chique não tenha lido diretamente nem mesmo uma página das obras desses senhores. Isso, pouco importa. O que de fato interessa é que toda essa gente pensa, percebe e sente a realidade a partir dos elementos estruturantes advindos de obras dessa lavra, elementos esses disseminados em nossa cultura por pessoas (de)formadas - direta ou indiretamente - pelas ditas cujas. E lembre-se: os vivos, gostemos ou não, são governados por filósofos mortos. Quanto mais eles são ignorados, mais poder eles tem. Fecha parênteses.

Enfim, com esse tipo de mentalidade e com uma vidinha vivida distante do olho do furacão é fácil achar que traficantes e demais tranqueiras similares sejam uma espécie de herói incompreendido pelo sistema opressor e demais sequazes reacionários, tão fácil quanto ler as aventuras de Harry Potter e, para algumas almas mais ousadinhas, algo tão excitante quanto ler cinquenta tons de qualquer coisa.

Resumindo o resumo do entrevero: falar que um monstro é uma criatura fofinha é fácil quando estamos longe, bem longe do dito cujo; outra coisa bem diferente é nutrir o mesmo afeto tendo ele como seu vizinho. É aí, meu caro, que a porca torce o rabo. E como torce.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

QUASE POESIA – n. 71 (18/I/2017)

Como nunca em nossa história se viu antes,
A Terra de Vera Cruz a cada dia que passa,
Aperta mais e mais o seu passo cambaleante
Rumo ao abismo profundo da farsa armada
Por políticos, intelectuais e demais desgraças
Que engambelaram o povo com suas trapaças
Que estão arruinando o futuro de toda a raça
E envergonhando toda a nossa pátria amada.

UMA REGRA COM POUCAS EXCEÇÕES

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Dum modo geral, aqueles que falam [supostamente] em nome do tal do povo são justamente os caiporas que menos se importam com dito cujo do povo. Todos sabem disso, inclusive um tongo do mato como eu.

Sejam eles políticos, intelectuais ou qualquer coisa do gênero, número e grau, todos aqueles que fazem da defesa dos frascos e comprimidos uma espécie de profissão com direito a verbas gordas ou, pelo menos, com a garantia dum salário razoável, literalmente, são pessoas que vivem bem à custa da desgraça alheia.

Esses tipos falam bonitinho, capricham pacas no marketing pessoal e, por essas e outras, até se apresentam bem na fita, mas, no fundo, toda essa pose de bom-moço excessivamente maquiada não passa de hipocrisia da brava.

Sim, é claro que deve existir aqui e acolá uma e outra exceção a essa triste regra, porém, se houver, é apenas isso: uma exceção a uma regra putrefaz. Só isso e nada mais.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

RECEITA PRA TIRAR O JUÍZO DE QUALQUER UM

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Todo manipulador dum rebanho de gado cidadão, digo, todo e qualquer "grande líder" do tal do povo, nunca se esquece dum babado muito simples: que ele não representa os interesses das massas atomizadas e agonizantes; ele, o líder, é sempre aquele que diz à multidão algo que irá corresponder aos seus sentimentos de desesperança.

Não apenas isso! Tais demandas apresentadas às massas como sendo delas mesmas devem, necessariamente, serem capazes de manter a turma mobilizada, mesmo que tais exigências sejam literalmente impossíveis de um dia serem atendidas.

O que importa não a plausibilidade das "reivindicações", mas sim, que elas sejam capazes de manter os indivíduos, até então atomizados e isolados, sintam-se um só lutando por uma “causa comum”, mesmo que ela seja causa nenhuma.

Resumindo o borogodó: o que interessa aos pretensos líderes dos cidadãos macambúzios, que vivem vidas sem sentido algum, é dar a esses uma razão postiça que imprima um propósito artificioso em suas vidas para, desse modo, poderem utilizá-los como uma útil ferramenta na execução de seu projeto de poder e, de quebra, fazer os integrantes da massa ululante acreditarem que são sujeitos críticos e atuantes ao mesmo tempo em que dormem profundamente num lúgubre berço nada retumbante.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

QUASE POESIA – n. 70 (17/I/2017)


Uma coisa é lutar dignamente como cidadão
Na defesa da verdade e dos valores fundamentais
Outra é tomar atitudes desordeiras e criminais
Avacalhando a sociedade e a dignidade da nação.