tag:blogger.com,1999:blog-76708694554960034382024-02-19T01:13:19.248-03:00ESCRIVANINHA DO DARTAUnknownnoreply@blogger.comBlogger2453125tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-40728065734063640592022-04-26T15:46:00.005-03:002022-04-26T15:46:41.796-03:00ACESSE E INSCREVA-SE EM NOSSO NOVO SITE<p><br /></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Escrevinhadas Quixotescas:</span></p><p style="text-align: center;"><a href="http://zanela.blogspot.com/"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">http://zanela.blogspot.com/</span></a></p><p style="text-align: center;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2fjmyfpmFhjUxfZZV4XkE998EVcBYOU6TteB2tHUrkKXr2Lsk2AH1RJh81VYCKNr3nga0pUNxDdbmRUVr57JSCk3f6Ok1lZPRmJ8IWRiXSrXvuzSMJXMt-Jc_j12zUisUEBQeR6imoFkY6ktbUd6FIJUyCHvDaC31d4bNwExZVb0otqptWSLpThIz/s316/quixote.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="159" data-original-width="316" height="159" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2fjmyfpmFhjUxfZZV4XkE998EVcBYOU6TteB2tHUrkKXr2Lsk2AH1RJh81VYCKNr3nga0pUNxDdbmRUVr57JSCk3f6Ok1lZPRmJ8IWRiXSrXvuzSMJXMt-Jc_j12zUisUEBQeR6imoFkY6ktbUd6FIJUyCHvDaC31d4bNwExZVb0otqptWSLpThIz/s1600/quixote.png" width="316" /></span></a></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span><p><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nosso site: </span></p><p style="text-align: center;"><a href="https://sites.google.com/view/zanela/"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">https://sites.google.com/view/zanela/</span></a><span style="text-align: left;"> </span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-18603108773564003262018-04-25T16:22:00.001-03:002018-04-25T16:22:30.477-03:00DA VERGONHA AO TERROR<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgame5NKnCEz_02M8Rs2i-2T9JN072muB9NpxmI9qoPLfLGMRxTl-O9MriXRE0cSrtPsUGpF0cJdzHIYa_tn9qJGjK8MdcNe5ST58U3eW6NkqHfQTdMTgJ_aEk55jI_GrJv1U82HP_Dxho/s1600/francis.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="340" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgame5NKnCEz_02M8Rs2i-2T9JN072muB9NpxmI9qoPLfLGMRxTl-O9MriXRE0cSrtPsUGpF0cJdzHIYa_tn9qJGjK8MdcNe5ST58U3eW6NkqHfQTdMTgJ_aEk55jI_GrJv1U82HP_Dxho/s320/francis.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>O ESCRITOR ISRAELENSE</b> Amos Oz, certa feita, quando fora perguntado sobre os procedimentos que adota para escrever, disse que mantém em sua mesa duas canetas. Uma azul e outra preta. A azul ele utiliza quando quer escrever algo agradável e a preta pra xingar o governo. Ou seria o contrário? Bem, imagino que a ordem das canetas, nesse caso, não altera a lambança. De mais a mais, não é disso, exatamente, que pretendo escrevinhar. Ou seria? Vamos ver.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O “X” da questão, no ato de escrevinhar qualquer coisinha para que outras pessoas deitem suas vistas, não é, em meu ver, o impulso pra bajular ou a inclinação para insultar. Pode parecer estranho o que afirmo, mas, como reza o dito popular, a malícia não está tanto na boca – ou na pena – mas sim e principalmente no ouvido – e, nesse caso, no zóio de quem lê.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Em se falando nisso, ocorre-me o que fora declarado pelo escritor goiano José J. Veiga, sobre seus livros. Segundo ele, suas obras eram escritas com o intento de desassossegar. Incomodar ao ponto de retirar o leitor de sua zona (zona?) de conforto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Batata! Esse é o ponto. Desassossegar é preciso. Autoajuda não é preciso. Auto justificação ideológica - que não passa dum tipo vulgar de autoajuda – também é dispensável.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Se pensarmos o ato de ler através da linha de raciocínio indicada pelo autor do “Os Cavalinhos de Platiplanto”, uma escrevinhada deveria então servir para abalar os alicerces de nosso comodismo cognitivo e, consequentemente, existencial.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Todos nós, cada um ao seu modo, tem lá os seus cômodos alicerces, suas referências, comodamente acolhidas numa certa época da vida, que nos permitem interpretar toda e qualquer coisa com meia dúzia de cacoetes mentais que, por sua vez, acabam nos dando aquela sensação única de que estamos montados na tal da razão, apesar de não termos colocado as suas luzes em movimento. E, tais luzes, encontram-se, muitas vezes, imóveis. Para agitá-las seria necessário um ato de vontade para banir o sossego e, para tanto, na maioria dos casos, seria preciso uma provocação externa à nossa alma.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Vichi! Agora complicou o meio de campo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Calma! Calma! Não criemos pânico! Pra melhor ilustrar o que estou tentando chamar a atenção, permitam-me fazer uma confissão. Uma confissão um tanto vergonhosa, mas, creio eu, esclarecedora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Em meados da década de noventa do milénio passado, iniciei minha segunda graduação – a primeira não vingou. Bicho vadio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Bem, na primeira semana de aula teve toda aquela apresentação do curso, do corpo docente e blábláblá. Aquela motivação de praxe de toda graduação. Fiquei fascinado, encantado, como todo calouro e - como era uma formação em humanas - é claro que já na primeira semana, disse pra mim mesmo: “sou marxista”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Veja só: o tongo não disse para si que seria um marxista, que se tornaria um, mas que já era um, porque a primeira referência, para os tontos, é a que fica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Naquela ocasião não havia lido uma linha sequer do barbudo colecionador de furúnculos e já me considerava um comuninha. E por quê? Porque queria estar com toda aquela galera, ser como eles, ser aprovado e aceito por imaginar que isso tornar-me-ia mais sabido. Pelos menos, no meu imaginário juvenil, tinha a impressão de que pareceria mais sabido que os demais mortais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Pois é. Após isso fui pegar meu ônibus para retornar pro meu rancho e, logo que entrei no dito cujo é claro que o moleque barbudinho disse faceiro da vida: “eu sou marxista” (como se alguém estivesse interessado em saber).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Sim, disse isso e, como Deus é bom, havia uma senhora no primeiro acento que, ao ouvir essa bobagem de minha parte, disse-me a sentença que jamais esqueci.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Disse ela: “Que marxista o que piá? Ocê nem sabe quem é Marx”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Eu, bravinho, retruquei: e você sabe?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Ela sabia. Mais ou menos. Mas sabia. Ela me deu uma lição brutal. Tão brutal que fiquei bem quietinho e fui pro meu canto pra matutar com o desassossego que me atropelou e que, cuja pancada, humildemente acolhi. Quer dizer, nem tão humilde assim. Mas acolhi. Graças a Deus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Depois desse carão, obviamente, passei a estudar zelosamente o dito cujo evangelho segundo Marx e seus sequazes e, acredito que, com o tempo, acabei aprendendo algumas coisinhas sobre o assunto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Dois anos depois, encontrei-me com a referida senhora e, perguntei se ela se lembrava de sua fala. Claro que não. Lembrei-a do fato e lhe agradeci. Disse-lhe o quanto aquilo foi importante pra mim. Agradeci pela intranquilidade gerada em minha alma que, de certa forma, até os dias atuais, me acompanha em tudo o que faço.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Tal inquietude lembra-me o que fora dito pelo filósofo polonês Leszek Kolakowski, em seu livro “Horror Metafísico”. Esse nos parla que todos nós deveríamos, de vez em quando, abrir a nossa alma para a real possibilidade de sermos uma grande farsa. Uma farsa existencial, gestada numa vida que jamais foi devidamente examinada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">É muito comum vermos pessoas que constroem suas carreiras (como se isso fosse todo o sentido de uma vida) sobre bases que nunca receberam o necessário e indispensável exame e, passado alguns anos, vê-se que parte de nós encontra-se umbilicalmente atrelada a um amontoado de tranqueiras ocas mimosamente chamadas de “ideias críticas” ou qualquer epíteto ideológico do gênero.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Talvez, o que muitas vezes nos falte, seja aquilo que de certa maneira foi sugerido a mim por essa senhora no século passado que, ao seu modo, lembra-nos as palavras de José J. Veiga, indicadas no início dessa carta, que, do seu modo, resume-se na pergunta: onde pretendemos chegar com tudo isso? Aliás, que realmente seria esse trem que recebe tanto afeto de nossa parte? É. Verdade seja dita: nem todos tiveram a sorte que eu tive.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Sorte ou sei lá o que. Quem sabe? Não sei.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Sei apenas que no seu livro “Prefácios e entrevistas”, Monteiro Lobato havia dito do seu jeitão duas coisinhas que, imagino, vão de encontro com o que procuramos apresentar até aqui. Nesse livro ele nos conta um causo mais ou menos assim: certa feita numa tribo de aborígenes, após a partida duma missão europeia, ficaram esparramadas pelas redondezas inúmeras latinhas de comida vazias. Latinhas essas que a galera começou a utilizar para se enfeitar. Ostentar. E, é claro, que umas davam mais status que outras perante a patota. Ocorreram inclusive algumas pelejas pra disputar certas latas que eram consideradas mais imponentes que outras, mesmo que fossem apenas latinhas vazias. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Bem, após contar esse causo, o taturana conclui: esse é o problema do Brasil. Latinhas. Sim, mas nossas latinhas seriam, segundo ele, os diplomas que, já na década de quarenta (ou trinta?) em grande parte não passavam de papéis pintados de valor substancial duvidoso, ostentados por todos como um tolo símbolo de distinção, de modo similar às personagens de seu causo com suas latinhas toscas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">E, de modo análogo ao que anteriormente indicamos, muitíssimas vezes criamos uma relação afetiva com ideias que absorvemos em tenra idade; noutras tantas, ocultamo-nos de nossa mediocridade fundamental com um ou mais títulos ou diplomas porque simplesmente nos aterrorizamos com a possibilidade de não sermos as pessoas lindas e fofas que imaginamos ser.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Nos apavoramos com a ideia de sermos uma grande farsa feita por nós para nós mesmos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">“Ah! Esse papo bravo não é comigo não veio. Tenho ojeriza desse blábláblá filosófico”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Tudo bem. Tudo certo. Mas lembre-se que a diferença do sábio para o tonto, segundo o filósofo colombiano Nicolás Gómez Dávila, é que o primeiro luta para não ser um idiota e, o segundo, contenta-se em apenas não parecer um e, se esse for o caso, a cor da caneta não infroi nem contriboi para o desfecho que pode ser dado, por nós mesmos, a nossa porca vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Fim. Hora do café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-75788671610803013312018-04-22T11:31:00.001-03:002018-04-22T11:34:37.249-03:00A SOMBRA DO REI BARBUDO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZZM8AhU5Sfw5zMrzzD4OwAaQ9F93TWAWTQLWA9lIkncAPHh94Osrpje63kkUPthkdDQsFu_NivzicA8-slr0GmYGWTADeNZ19NE2Pk9KvguHcvIUJC2fLL_viEls8evZNyaWYribPfOI/s1600/LULA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="374" data-original-width="700" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZZM8AhU5Sfw5zMrzzD4OwAaQ9F93TWAWTQLWA9lIkncAPHh94Osrpje63kkUPthkdDQsFu_NivzicA8-slr0GmYGWTADeNZ19NE2Pk9KvguHcvIUJC2fLL_viEls8evZNyaWYribPfOI/s320/LULA.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><em><br /></em></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><em>“Não é a religião, mas sim a revolução o ópio do povo”.</em> </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(Simone Weil)</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><strong>CERTA FEITA, O ESCRITOR</strong> José J. Veiga, autor do livro “A hora dos ruminantes”, havia dito, numa entrevista, que o escritor não deve escrever os livros que quer, mas sim, aqueles que precisam ser escritos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Uma sentença simples que, penso eu, nos leva a considerações bem interessantes. Não apenas sobre o ofício de escrevinhar, mas também sobre todas as atividades humanas. Essas palavras nos convidam a volver as vistas e mover nossas energias para aquilo que, de fato, precisa ser realizado; não apenas e unicamente para as coisas que desejamos ver feitas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por isso, deixo de lado aquilo que gostaria de assuntar, para voltar minha lapiseira na direção doutros traços que me parecem mais urgentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em dezembro de 2015, o senador petista Paulo Paim - por quem tenho um grande respeito apesar das inumeráveis discordâncias que possuo com relação às suas posições políticas – havia declarado numa entrevista para as páginas amarelas da revista “Oia” (como chamamos a Veja aqui no Paraná) que “é triste ver que o sonho acabou. Ver aonde chegamos. Infelizmente, o PT hoje é um partido como todos os outros que sempre criticamos”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Pois é. E aí está uma de minhas discordâncias com o nobre parlamentar. Discordância essa que, no contexto atual, seria interessante elucidar para aqueles que, como eu, não se sentem confortáveis com o uso de viseiras ideológicas, pouco importando se essas estejam voltadas para a destra ou à sinistra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Dito isso, vamos ao ponto do conto. O partido dos trabalhadores continua sendo um partido de natureza diversa dos demais e, por isso, ele consegue ser muito mais danoso. Explico-me.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Diferente dos demais, porque ele, junto com seus partidos acessórios, é o único que nutre um culto à personalidade duma liderança política, similar ao que tivemos e temos nas organizações e estados de índole totalitária.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Não apenas isso. Lembremos que em sua fundação, a referida agremiação partidária adotava uma estratégia leninista e, no correr da década de 80 para a década de 90, gradualmente, passou a adotar uma estratégia gramsciana.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Duma ou doutra forma, esse partido tinha e tem um projeto de tomada do poder. Um projeto de inspiração e orientação marxista. Isso, em grosseiros traços, significa que o objetivo maior presente nesse programa político que, por ora, está se esfacelando, seria a tomada total do Estado e da sociedade, por meios lentos e mais ou menos sutis. Sutis, ao menos, perante os olhares distraídos do grande público.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E é aí que a porca torce o rabo. Perante o grande público eles vendiam a imagem do impoluto partido da ética. Lembram-se? Pois é. Mas, ao mesmo tempo em que se vendia essa imagem na década de 90, que atraía a simpatia de muitos, já se iniciava os primeiros experimentos – na prefeitura de Santo André, por exemplo - de governança do atraso rumo à tomada total do poder. Aliás, pouco antes de Lula tomar posse do seu primeiro mandato, FHC havia lhe dito que seria ele, Luiz Inácio, que agora teria de comandar o atraso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nesse sentido, vale a máxima de Mao Tsé Tung, que reza que pouco importa que o gato seja branco ou preto, o que interessa é que o bichano coma o rato.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Parêntese. Fernando Henrique - conforme as palavras do próprio Lula - foi um dos articuladores da criação do partido que hoje praticamente tornou-se uma capelinha do ídolo de barro. Não precisaria nem dizer, mas direi: o presidente sociólogo era e é um profundo conhecedor da estratégia gramsciana. Mas isso é prosa pra outro causo. Fecha parêntese.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E ao assumirem o comando do atraso, esses não tinham por intento, tão só e simplesmente, de realizar por meios escusos algo que valha, como as reformas que são adiadas ad infinitum em nosso triste país, mas sim, comandou-se o atraso - as velhas raposas fisiológicas e felpudas - para se perpetuarem na maquinaria estatal ou, se preferirem, para instrumentalizar definitivamente os clãs políticos para a realização dos seus objetivos totalitários. Para dominar de vez o dito cujo do “mecanismo”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Sobre isso, certa feita Rui Barbosa havia dito que, tipos assim, como o luliano e seus sequazes, seriam tão somente “déspotas de curta vista”. Gente que ignora a incapacidade profissional dos parasitas que fazem da incompetência a mais preciosa qualidade, que se associam à baixeza, ao fanatismo e à brutalidade. Nesse cenário, os melhores seriam aqueles perdulários de sinecuras, conscientes da injustiça que os mantém facilmente nas entranhas estatais reduzindo-os à condição de irresponsáveis instrumentos da tirania que os alicia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Pois é, pois é, pois é. Poderia ele, no comando do atraso, ter promovido algo significativo e que realmente fosse do interesse da sociedade. Poderia; porém, preferiu antes realizar algo que fosse imprescindível para a efetivação da agenda do seu partido e, consequentemente, do Foro de São Paulo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ou seja: o partido dos trabalhadores, hoje, é o mesmo de ontem. A diferença é que no momento as suas vestes discursivas estão rotas, num estado que não mais são capazes de encobrir as suas vergonhas. E que vergonhas. O partido está nu e o pior de tudo que não foi a inocência duma criança que constatou e denunciou isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por essas e outras, que no imaginário dos grandes mandatários dessa agremiação política, todos os seus atos estavam acima de qualquer suspeita. Vejam só: eles não eram, e não são, reles políticos fisiológicos que apenas almejam parasitar as úberes estatais para simplesmente satisfazer sua sanha pecuniária. Não. Eles creem, candidamente, que tudo o que foi feito era justificável frente aos objetivos que eles diziam para si mesmos querer alcançar. Só que não.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Resumindo o entrevero: no seu entendimento, os fins justificavam os meios, desde que sejam os seus fins; e que isso fique bem claro. Aliás, diga-se de passagem, um dos melhores intérpretes de Maquiavel foi o caipora do Antonio Gramsci.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Não apenas os barões esquerdistas pensavam assim. A militância miúda também pensa de modo similar. Um bom exemplo disso, que agora me vem a memória, é uma declaração, tão infeliz quanto sincera, que fora feita por um professor militante que afirmava enfaticamente que o grande erro de Lula e do PT foi não ter doutrinado o povo para que esse aprendesse a ser grato por tudo o que foi feito pelo Sinhô Dotô de São Bernardo. É mole ou quer mais? Tem mais sim senhor!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A raia miúda fala em doutrinação em massa e o grande timoneiro barbudo arrepende-se de não ter realizado o tal do “controle social da mídia”. E, no frigir dos ovos, o que isso significa? Significa que se perdermos a liberdade de expressão nós não iremos ficar sabendo como e de que modo perderemos as nossas outras liberdades. Só isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Outro parêntese. Quando a militância fica repetindo aquele discurso de auto justificação - propagandístico, chato e oco - que afirma que a grande parte da sociedade brasileira, que repudia Lula e as ideias que ele encarna, rejeita-o porquê não gosta de ver pobre andar de avião, de ver pobre na faculdade e blábláblá, fico cá com meus botões a matutar: será que os abençoadinhos imaginam mesmo que essas pessoas, como eu, seriam encarnações do deputado Justo Veríssimo, a personagem de Chico Anísio, que odiava pobres? Ao que tudo indica é o que parece. Sim, sei que isso é patético. Sei disso. Mas não sou eu que fico repetindo isso aos quatro ventos não. Fecha-se esse outro parêntese.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Sim, o leitor tem todo o direito de bufar, se desejar, com essas linhas mal escritas. Tem mesmo. E respeito isso. É seu direito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Aliás, tanto respeito que sugiro que o mesmo, se assim o quiser, siga as orientações do cientista político Angelo Panebianco e, por conta própria, rastreie a gênese de um partido político. No caso, do partido da estrelinha cadente. Diz-nos ele que, para tanto, devemos: (i) identificar o ponto de partida e o estímulo fundamental de sua organização; (ii) qual é o peso dos elementos externos, como outras organizações e o carisma de certos indivíduos, sobre ela; (iii) como essa organização procura se consolidar; (iv) quais são as lealdades existentes (interna e externamente), quais os conflitos internos ao partido e (v) como é feita a incorporação de militantes, quadros e lideranças.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Tais critérios, penso eu, já dão um bom pano pra manga.</span></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Se desejar, pode ainda complementar os critérios acima indicados com esses que nos são recomendados pelo cientista político Giovanni Sartori, que para identificar a natureza de um partido devemos procurar saber: (i) qual é a imagem pública apresentada por ele; (ii) quais são as deliberações internas do mesmo; (iii) quais são suas conexões externas - dentro e fora do país; (iv) qual a orientação ideológica do partido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Enfim, junte as dicas do Panebianco com os macetes do Sartori e, com um pouco de boa vontade e sinceridade intelectual, identificará o DNA totalitário do petismo. Sim, dá algum trabalho, mas, ao final, pode crer que será algo muito gratificante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Enfim, por essas e outras que sou franco em dizer que as realizações socialistas - trágicas em seus resultados e, ao mesmo tempo, cômicas em suas tentativas de justificação – não são o que mais me assusta não. O que realmente me causa calafrios – hum... calafrios – são os sonhos socialistas e, por isso, ao contrário do nobre senador Paulo Paim, não lamento não o fato de suas aspirações políticas terem naufragado por hora. Nem um pouco.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E digo mais: decaídos por hora. É, meu caro. Não sou tolo ao ponto de subestimar a capacidade comunista de se reinventar para retornar, a todo vapor, para sua peleja totalitária pelo poder.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nunca duvide, como dizia o saudoso escritor Janer Cristaldo, do que os órfãos de Deus encharcados de ideologia são capazes de fazer. Nunca duvide da capacidade que a intelectuária militante tem pra defender uma tremenda cagada histórica. E põe histórica nisso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E paremos já com esse papo bravo porque já está na hora de tomarmos um café. Fim de causo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(*) Apenas um bebedor de café.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-63504841815802643582018-04-22T11:27:00.000-03:002018-04-22T11:27:01.273-03:00O CAMINHO... <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A experiência concreta da fé</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Alumia o candeeiro da razão</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Orienta o prumo da vontade</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">À morada Daquele que é.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-55069181049750969162018-04-22T11:22:00.004-03:002018-04-22T11:22:58.426-03:00SALVEM A SANTA MISSA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigHC7T3-dXbJ758V0RA2pBqLDNZWkYCzpAlrAKAZXkOJOetzppGYTBtmWjaqYgtvzOtf3FAXyabrHX3wqrRGM9d2KY2KaXYWZ85lT6te6mp_huNVQJQrIOIeqpkwmFdPy1lEBe7G4QIZU/s1600/bento+xvi.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="386" data-original-width="292" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigHC7T3-dXbJ758V0RA2pBqLDNZWkYCzpAlrAKAZXkOJOetzppGYTBtmWjaqYgtvzOtf3FAXyabrHX3wqrRGM9d2KY2KaXYWZ85lT6te6mp_huNVQJQrIOIeqpkwmFdPy1lEBe7G4QIZU/s320/bento+xvi.png" width="242" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Penso eu que seria mui interessante se os “padres de passeata”, como os chamava Nelson Rodrigues, ao invés de ficarem se implicando com a venda de bebidas alcoólicas em quermesses paroquiais, com cigarros sendo fumados pelos transeuntes, arrancando os cabelos por causa da prisão de vosso senhor Luiz Inácio Lula da Silva, enfim, seria muitíssimo interessante se eles abandonassem toda essa “criatividade selvagem”, conforme nos admoesta Dom Armando Bucciol, e começassem, religiosamente, a zelar pela Liturgia, a ensinar o Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana e a pregar Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo divino encarnado e, definitivamente, largassem mão dessas pregações politicamente corretas, que apenas enfatizam credos ideológicos mundanos em prejuízo dos tesouros da Fé.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-88309273478746318772018-04-15T18:40:00.004-03:002018-04-15T18:40:45.642-03:00DIPLOMA<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela</span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Diploma, por definição, atesta</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Que um punhado de diplomados</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Acolhem com pompa e festa</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Mais um reles mortal, apartado</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Dos demais membros do humano ramo</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Que algo sabem sem precisar do indulto</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Dum reles papel colorido e assinado</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por um maço de diplomados.</span><br />
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-33675747457496484442018-04-15T10:24:00.001-03:002018-04-15T10:24:23.387-03:00O LIVRO DA PROFESSORA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj59rbbAFuE8owzJhwx1eH7FNVBAwAGaKjGrIIafYyr4O-HBtVjnY97r0chFerqjHd2608KSka_S7yrTi867zf9ND8X1kTQsimk06Huc5SWYmDD83D_F4vdBDCXiqIq2LHm8L1AQrGSMIM/s1600/livrovelho.1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="480" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj59rbbAFuE8owzJhwx1eH7FNVBAwAGaKjGrIIafYyr4O-HBtVjnY97r0chFerqjHd2608KSka_S7yrTi867zf9ND8X1kTQsimk06Huc5SWYmDD83D_F4vdBDCXiqIq2LHm8L1AQrGSMIM/s320/livrovelho.1.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>GOSTO DE LER. MAIS QUE ISSO.</b> Gosto muito de conhecer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Toda vez que visito um lugar, uma cidade, a primeira coisa que procuro é a biblioteca pública para aprecia-la e dar uma olhadela nos títulos que ela guarda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Em segundo lugar, naturalmente, procuro ver se há uma livraria na mesma, de preferência de livros usados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">É mais do que óbvio que, com uma frequência indesejável, na maioria das cidades que visito, acabo não encontrando biblioteca alguma e, muito menos, um sebo ou livraria. Fazer o quê? Faz parte da vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Mas, graças a Deus, toda vez que vou pra Guarapuava me deleito nos dois sebos da cidade. Ambos muito bons. Detalhe: que eles ficam bem próximos um do outro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Nesse semana que passou, na sexta-feira (13) - com o horário apertado, como sempre - consegui dar uma passada apenas num deles, o que já foi suficiente para que eu tivesse uma grada surpresa. Três, na verdade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Dentre os títulos que adquiri - bons livros, diga-se de passagem - haviam três que pertenceram a uma professora que me deu aula na década de noventa na minha segunda graduação (a primeira não terminei).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Lá estavam eles, com a assinatura dela, datadas de 1986, 1991 e 1993. Um da autoria Arnald Toynbee, outro de John Lukacs e o terceiro de Georges Lefevre.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Ao descobrir isso, quando cheguei em casa e, intimamente, revivi algumas de suas aulas que a tanto tempo me foram ministradas e, pensei, cá com os meus botões: Como o tempo passou e, cá estou, com os livros que um dia pertenceram a ela que tanto me ensinou. E ela, onde estará? O que estará fazendo? Não sei. Mas, onde e como estiver, que Deus esteja com ela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-70707208590211686612018-04-15T10:21:00.002-03:002018-04-15T10:21:48.070-03:00O PERIGOSO TERRENO DA GALHOFA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGaEzZ7wINzcczS8MSoPX0VG70Y7iBjgv8yTvIfUWz8jeGmVY1_2otgihsCG8zow7NgsGyS3aMgH8gH7z8yAK1cuqL9To7znm4ksQ72FdtY7zmGwKRnJuWTh-jQVz34_j83xbvDmkyXII/s1600/chuck-norris-divulgaaco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1247" data-original-width="940" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGaEzZ7wINzcczS8MSoPX0VG70Y7iBjgv8yTvIfUWz8jeGmVY1_2otgihsCG8zow7NgsGyS3aMgH8gH7z8yAK1cuqL9To7znm4ksQ72FdtY7zmGwKRnJuWTh-jQVz34_j83xbvDmkyXII/s320/chuck-norris-divulgaaco.jpg" width="241" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>DE FATO E DE VEZ</b> o Brasil descambou para o perigoso terreno da galhofa. Não são poucos os que estão mudando de nome, motivados pelos últimos acontecimentos que divertiram a nossa triste república. Uns, de agora em diante, querem ser chamados de Fulano Lula das Quantas. Outros dizem que, de hoje em diante, respondem pelo nome de Beltrano Moro das Tantas. Bem, se é pra avacalhar de vez - e eu não me privo de uma boa gozação - daqui pra frente, respondo apenas pela alcunha de DARTAGNAN CHUCK NORRIS DA SILVA ZANELA. É isso. E tenho dito.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-22183824447573797872018-04-10T16:12:00.001-03:002018-04-11T08:36:04.135-03:00DISNEY LULA TERMINOU<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzE5oaeCsVYMnIpB8NRAmCLwLohrqdxqxuvHf6mPWIaKBYUDs3wdU3FsA5cIlFVheBCrPKtEgLUbcYzwLeStZ01_sX6l4lZWOBH2qXB0jIamxOQmdY7FBJo1wRAsmP0fEt2iq1MEYO6NU/s1600/29b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzE5oaeCsVYMnIpB8NRAmCLwLohrqdxqxuvHf6mPWIaKBYUDs3wdU3FsA5cIlFVheBCrPKtEgLUbcYzwLeStZ01_sX6l4lZWOBH2qXB0jIamxOQmdY7FBJo1wRAsmP0fEt2iq1MEYO6NU/s320/29b.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">TODO MUNDO VIU A OPERETA bufa que foi encenada no sindicato dos metalúrgicos em São Bernardo do Campo. Opereta apresentada com o inapropriado nome de Missa em memória da finada senhora do estulto astuto. Até meus cães – os fiéis amigos do Darta - acompanharam comigo, bem de perto, o espetáculo decadente do companheiro supremo do partido da estrela cadente e, tal qual esse que agora escreve, não entenderam nada do que estava acontecendo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Deixando a minha amada cachorrada de lado, porque os coitados não têm culpa de nada, como todos viram – e viram, imagino, o mesmo que eu vi – creio que não há muito que dizer sobre o assunto. Por isso, nessa escrevinhada restrinjo-me a expor, brevemente, através dessas minguadas linhas, somente algumas impressões que o showzinho/missa/cerimônia/comício, que lançou oficialmente a pedra angular da seita do Lulismo decadente dos aloprados dos últimos dias, causou em mim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Primeiro: a imagem da galerinha toda reunida, ensandecida, lá, por horas, plantada naquele solão da moléstia, gritando em uma só e potente voz: “Eu sou Lula! Eu sou Lula! Eu sou Lula!” Carambolas! Quando ouvi isso, enquanto lavava a louça do almoço, no mesmo instante rememorei algumas cenas da série The walking dead. Não da zumbizada, mas sim, das cenas onde os correligionários da gangue dos “Salvadores” eram interpelados pelo grupo dos sobreviventes liderados por Rick Grimes. Cenas onde os “Salvadores” diziam, laconicamente: “Eu sou Negan”. Semelhança tamanha só pode ser mera coincidência, não é mesmo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Enfim, essa foi apenas uma impressão da parte duma pessoa desalmada como esse que agora vos escrevinha. Só isso e nada mais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Na verdade não. Tem mais. A segunda refere-se ao discurso do messias de São Bernardo. Ah! Foi um negócio muito, mas muito caricato mesmo. Uma tosca colcha de retalhos, muito da sem vergonha, feita com pedacinhos retirados de alguns discursos célebres que, ditas no tom megalomaníaco de Lula, ganharam um ar deprimente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Parêntese. Não sei se era a intenção dos organizares fazer com que tais alusões fossem percebidas. Não sei. Sei apenas que eu e meus cães percebemos. Fecha Parêntese.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Havia uma alusão ao discurso “I Have a Dream” - Eu Tenho um Sonho – do reverendo Martin Luther King Jr., onde Lula, do seu jeito, dizia que sonhou, sonhou e sonhou e que agora não sonha mais por causa da “zelite” que não gosta do povo e, por isso, não gosta dele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Havia também alguns retalhos que faziam menção à Carta Testamento de Getúlio Vargas, onde o padrasto dos pobres dizia que ele estaria sempre com o povo, junto ao povo, entre o povo, no coração do povo e blábláblá.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ah! E também, tínhamos uns caquinhos que faziam menção à história em quadrinhos “V de Vingança”, um clássico, da autoria de Alan Moore e David Lloyd que virou filme. Um belo filme, diga-se de passagem. Quando o Supremo dos supremos dizia que não era mais um homem, mas sim uma ideia, ele, penso eu, imaginava ser o “V”. É. Olha só as ideia dele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Sim, já sei. Ficou muito feio mesmo. Muito tosco. Um ridículo quase original. Quase. Mas, como dizem os tongos, há quem curta essas coisas e as ache lindas. Não há? Sempre há.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Uma terceira impressão que tive do discurso oficial de fundação da nova seita foi a grande semelhança dum momento da cerimônia de unção do Lula – o salvador do povo perseguido pelo diabedo dos coxinhas - com a cena final do documentário nazista “O triunfo da Vontade” (1934) de Leni Riefenstahl.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quando a galera rubra, enlouquecida, gritava “Lula é a gente! Lula Presidente! Lula é a gente! Lula Presidente!” Lembrei-me da declaração feita por Rudolf Hess, em Nuremberg, ao final sexto Congresso do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, documentado na referida película, onde o mesmo dizia: “Hitler é a Alemanha e a Alemanha é Hitler”. E aí, após isso, a galera nazi foi ao delírio, de modo similar ao séquito da seita supracitada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Impressões à parte, uma coisa é certa: o partido e, em especial, seu grande timoneiro, revelaram sua verdadeira face para todos aqueles que desejarem ver e, naturalmente, forem dotados dum bom estômago pra tanto (de minha parte não tenho problema com isso não).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E vejam que não precisava ter sido desse jeito não. Não mesmo. Sempre disse aos meus amigos, quando tocávamos no assunto fecal do quadro político da última década e meia, algo que agora lhes conto: se desde o princípio o ex-presidente tivesse, humildemente, colaborado com a justiça, se apresentado voluntariamente para Política Federal, agido de modo altivo, reconhecido os malfeitos e colocando-se apenas como um cidadão que, como todo cidadão, deve estar abaixo da lei e que acataria a decisão do judiciário, dando uma de João sem braço, afirmando que ele não imaginava que tudo isso estivesse acontecendo tão próximo dele, mas que, como havia sido o supremo mandatário do país, ele assumiria plenamente a responsabilidade pelo ocorrido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Se ele tivesse procedido mais ou menos assim, com toda certeza a narrativa da história seria bem diferente. Mesmo que ele fosse condenado, a sua história seria de arrependimento e redenção, um exemplo edificante para toda a nação e, sejamos francos, todos gostam de uma história assim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Detalhe: se assim tivesse ocorrido, bem provavelmente ele teria salvo sua biografia e, de quebra, refundado o seu partido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Porém, ele não agiu assim. Quando o cabra é soberbo é phoda. Não tem jeito nem cura.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O poder o cegou e revelou toda a insanidade do projeto totalitário de poder que ele representa. Insanidade essa que me levou a pensar noutra analogia cinematográfica. Agora com o filme “A Queda” (2004). Filme esse que narrou os últimos momentos de Hitler. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Lá estava ele, o carinha do penteadinho e bigode ridículos, comandando tropas que não mais existiam, manobrando batalhões que foram dizimados, traçando planos num cenário inexistente, dando ordens para oficiais que não mais acatavam suas ordens, enfim, o cabra fazia tudo isso sem se flagrar que estava apenas cercado por meia dúzia de fanáticos e por um tanto de bajuladores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Bem, saindo do filme para a tragicômica missa/comício/Show, lá estava ele, Luiz Inácio - o Barba, imaginando ser o filho do Brasil, o pai de todos, o fura bolo e o mata piolhos, cercado por um punhado de militantes aluados, crendo que eles seriam a expressão máxima e total da sociedade brasileira, traçando planos em um cenário que apenas existe na sua cabeça e na imaginação dos fiéis devotos de sua capelinha do Butantã.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nos dois casos, cada um ao seu modo, vemos figuras mitificadas por intelectuais, militantes e pela mídia em um processo degradante de desmitificação. Processo esse que, por sua deixa, nos leva a ver com clareza a insanidade desnuda presente nos dois momentos. A loucura das duas personagens reveladas de vereda em seus melancólicos finais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Enfim, analogias e impressões a parte, esse foi um espetáculo grotesco e deprimente do princípio ao fim que ele, Lula, e seus asseclas não precisavam ter feito e que a história brasileira poderia ter sido poupada. Pois é, mas não foi.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Disney Lula acabou? Não sei. Nunca duvido da capacidade nacional de adorar ideologias furadas e de cultuar farsas retumbantes, mesmo depois que elas foram desmascaradas. Aqui, nessa terra de botocudos, tudo é possível, principalmente o pior.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Fazer o quê? O jeito é tomar um café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-12848117003846904382018-04-08T11:05:00.001-03:002018-04-08T13:34:10.364-03:00OUTRAS NOTAS VADIAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX3ahewYa-W1zk5P_yw2ZZReeg5G5vOyd7a6Y8ROcH2bsREvl7F2Fq76boIUrKmhmofD85lcjsRX9sPHDnFCl2VBHliHuTVYrMSg_uZHECHR2Xrl33BtHF2JxNks7noaklK2l4zWgy9Sw/s1600/cafe+com+livro5.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="695" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX3ahewYa-W1zk5P_yw2ZZReeg5G5vOyd7a6Y8ROcH2bsREvl7F2Fq76boIUrKmhmofD85lcjsRX9sPHDnFCl2VBHliHuTVYrMSg_uZHECHR2Xrl33BtHF2JxNks7noaklK2l4zWgy9Sw/s320/cafe+com+livro5.gif" width="230" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>BEM LEMBRADO, POR YURI VIEIRA</b>, a velha lição de Napoleão Bonaparte que nos aconselha a jamais interrompermos os nossos inimigos quando eles estão cometendo um erro. Principalmente se for um baita dum erro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(ii)</b></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>“LULA É A GENTE! LULA</b> Presidente”. Caramba. Ouvindo isso lembrei-me da cena final do filme/documentário nazista “O triunfo da Vontade” (1934) de Leni Riefenstahl, onde Rudolf Hess dizia: “Hitler é a Alemanha e a Alemanha é Hitler”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(iii)</b></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>E EIS QUE NOSSAS INSTITUIÇÕES</b> mostram para toda a nação o quão flácida é a sua substância, ao mesmo tempo em que Lula apresenta, em meio a histeria coletiva, prontamente orquestrada, a sua verdadeira face.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(iv)</b></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>O QUE FALTOU, EM MATÉRIA</b> de determinação, da parte das autoridades, sobrou em ousadia da parte dos fiéis da seita da estrela cadente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(v)</b></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>SÃO BERNARDO, 07 DE DEZEMBRO DE 2019</b>. Lula disse, via twitter, que irá se entregar somente depois que assistir o último episódio da segunda temporada da série “O Mecanismo”. Não adianta insistir não companheiro. Por favor, sejam democráticos e respeitem a sua soberana decisão do Companheiro Supremo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(vi)</b></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>NO BRASIL, FALAR DE POLÍTICA,</b> é uma melancólica e enfadonha diversão onde a gente ri e faz chacota pra não chorar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(vii)</b></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>ZOEIRAS A PARTE, DE NOVO,</b> mais uma vez, voltaram a pipocar os pedidos mimosos para exclusão de amizades virtuais nas redes sociais por causa dum sentimento idolátrico tosco nutrido por algumas pessoas por um ídolo de barro duma seita ideológica totalitária. De boas, vamos parar com isso e nos emendar. Primeiro, uma amizade que seja menor que isso, não é e nunca foi uma amizade. Segundo, chantagem emocional é um trem muito feio, feio por demais, principalmente entre pessoas adultas. Ponto. E tenho dito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(*) Apenas um bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-13430092875523658442018-04-07T15:18:00.001-03:002018-04-08T10:45:18.972-03:00NOTINHAS E TWITTERS VADIOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnCO4-f5xkYOYgMF1HTTagP6cLFSS4U1ATRnMYl6tyCQtGwP42ShSMKcZWZKcFt2-8yR3tim07HKkmlRiEHEUs7LdagcDBpkD0dnS7jHiifk8BUDu9JotnMJfZFICaoTBEX4l2vA_rTRg/s1600/03solzhenitsyn.6001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="600" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnCO4-f5xkYOYgMF1HTTagP6cLFSS4U1ATRnMYl6tyCQtGwP42ShSMKcZWZKcFt2-8yR3tim07HKkmlRiEHEUs7LdagcDBpkD0dnS7jHiifk8BUDu9JotnMJfZFICaoTBEX4l2vA_rTRg/s320/03solzhenitsyn.6001.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>NÃO NOS ESQUEÇAMOS QUE O</b> projeto totalitário de poder do PT está desmoronando por acaso. Por pura sorte. Essa é a triste verdade. Mesmo assim, ainda bem que estamos afortunados. E tem outra. É importantíssimo que não mais abusemos da tal da sorte não.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(ii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>LULA ARMOU UM CIRCO PARA</b>, mais uma vez, nos fazer de palhaço e acumular mais um fiasco em sua história.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(iii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>LÍDERES DE VALOR</b> jamais se escondem atrás de seus correligionários, jamais sacrificariam os seus pra livrar o seu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(iv)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>A DIGNIDADE DE DETERMINADOS</b> cargos públicos investe qualquer um com certa aura de excelência, inclusive as excrecências elegíveis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(v)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>PALAVRAS OCAS </b>e vazias/ Ditas por almas vadias/ Ontem, hoje, todo dia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(vi)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>LEMBREI-ME, AGORA, DUMA</b> passagem de Nelson Rodrigues - salve engano da peça “O Beijo no asfalto” – onde o mesmo lembra-nos da obviedade das obviedades. No Brasil, quem investiga e resolve os crimes é a impressa. Bem ou mal é a impressa. Por isso a liberdade de expressão assusta tanto a cambada totalitária. E como assusta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(vii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>PRA COMPLETAR O ESPETÁCULO</b>, Lula e seus sequazes montam uma missa/comício/comédia profana para, definitivamente, fundar a seita do Lulismo dos dementes dos últimos dias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(viii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>“EU SOU LULA”. EIS A FRASE QUE </b>passou a ser bradada pelos devotos da seita Lulista dos dementes dos últimos dias após o término da cerimônia/missa/comício/comédia. Ao ouvir e ver isso, confesso: tive a clara impressão de que estava assistindo um episódio da série “The walking dead” onde os membros da gangue dos “Salvadores” repetem, pateticamente, “eu sou Negan”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(ix)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>A REGRA É CLARA: QUANDO</b> você faz uma gentileza para um cafajeste de carteirinha ele irá, sem pestanejar, retribuir com uma baita safadeza, sem sentir remorso ou vergonha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(x)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>OBVIEDADE DAS OBVIEDADES:</b> qualquer figurão que diz que irá “controlar a mídia” para poder fazer o bem, a justiça e blábláblá, está mostrando, sem querer querendo, e a quem quiser ver, a sua torpe face totalitária babando de vontade de censurar, censurar e censurar todos aqueles que não rezam de acordo com a sua aloprada cartilha ideológica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(xi)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>OS CAIPORAS PINTAM E BORDAM</b> perante todos, tripudiam e escarnecem diante das mais patentes e ululantes obviedades e, se qualquer um ousar expressar a mais mínima estranheza, ou indignação, diante de tamanho e grotesco espetáculo de insanidade ideológica, mais do que depressa aparece um e outro aloprado politicamente correto dizendo: “Discurso de ódio! Discurso de ódio”! Discurso de ódio é o caramba. É apenas nojo. Só isso. Nojo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(xii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>“POR BAIXO DESSA CARNE</b> existe um ideal. E as ideias nunca morrem”. Essa é uma passagem da história em quadrinhos, clássica, da autoria de Alan Moore e David Lloyd. “V de vingança”. Agora, ao que tudo indica, teremos uma versão brazuca, toda nossa. “L de lambança”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(xiii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>SIM, TODO HOMEM, CADA</b> um ao seu modo, representam uma ideia. Isso não é um privilégio de poucos não. A encrenca, o dito cujo do problema, são as ideias que cada um de nós representa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>(xiv)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>TRISTE É A TURBA</b> que adora, de corpo e alma, um ídolo de barro que encarna uma ideologia política decadente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-76796307144972997882018-04-06T10:32:00.000-03:002018-04-06T10:34:18.603-03:00DE CORAÇÃO É QUE SE APRENDE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmOVHj9P1qiO65pIzyVmVB75o6-xkppUyIffwQd3iT8pbOFwLtS-ytPkMqCzWovCWqtcLOPLLdA37XFo5jtUhGXj6OVv5LEtA1ZUM5rRDhLQ_0c-SV-n03kdKs0E2yzkDOvn1kd2I66kw/s1600/artistic-surreal-photomanipulation-by-sarolta-ban-29.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="588" data-original-width="590" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmOVHj9P1qiO65pIzyVmVB75o6-xkppUyIffwQd3iT8pbOFwLtS-ytPkMqCzWovCWqtcLOPLLdA37XFo5jtUhGXj6OVv5LEtA1ZUM5rRDhLQ_0c-SV-n03kdKs0E2yzkDOvn1kd2I66kw/s320/artistic-surreal-photomanipulation-by-sarolta-ban-29.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>NÃO DIGO QUE AS IDEIAS MOVEM</b> o mundo. Não. Mas creio que não exista dúvida alguma quanto ao fato de que as caiporentas das ideias justificam - cada uma ao seu modo - as nossas ações. Todas elas. Cônscios ou não disso, lá estão elas, as abençoadinhas, com suas sedutoras silhuetas eidéticas. Sempre.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Sejam ideias lindas ou feinhas, perfumadas ou fétidas, boas ou diabolicamente boazinhas, lá estão elas de mãos dadas com nossas escolhas para lhes dar aquela forcinha indispensável para podermos nos olhar no espelho e não nos envergonharmos, tanto, de nossos feitos e malfeitos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Sim, muitas das vezes não compreendemos claramente o que aquela frase de efeito, grudada em nossos lábios, e disparada nas ocasiões que julgamos convenientes, querem dizer, mas elas nos são úteis para nos convencermos de que supostamente temos razão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Resumindo: o que nos interessa, em nosso cinismo fundamental, é que as ideias apenas cumpram razoavelmente bem a função de comprovante esfarrapado da suposta legitimidade de nossa atuação nesse vão teatro de sombras que é a sociedade contemporânea. Só isso. E o resto é resto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Um exemplo ilustrativo e providencial desse tipo de oportunismo oco, em meu ver, é aquela frase maledicente, repetida tantas vezes, aqui, ali e acolá, por todos, numa e noutra ocasião, que diz: “a gente não têm que decorar as coisas. Não. Nada de decoreba. Isso é bobagem. O importante mesmo é a gente entender. Isso é o que vale. Isso é o que realmente interessa”. Eita frasezinha maldita.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quando ouço isso, pouco importando de qual direção o trambolho venha, fico pra lá de ressabiado. E te digo a razão da minha precavida maldade. Para tanto, vamos por partes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Primeiro: o que significa, exatamente, decorar? Eis questão lazaretica que esse capiau ousa levantar nesses modernosos tempos digitais que preferem o brilho tosco duma tela de celular, cutucada por dedos desavisados, do que a luz vivificante da memória. Pois te digo: é saber de coração. Cordis. Ou, como se diz, saber de memória e, quando assimilamos algo a ela, estamos integrando esse novo saber em nossa personalidade. Por isso os escolásticos diziam que quanto mais eu sei, mais eu sou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Sim, sei que essa observação é lacônica, mas, a partir dela, pensemos algumas coisinhas. Se, em um dado momento de nossa vida, não tivéssemos aprendido de cor o tal do alfabeto e decorado um punhado de palavras - vocábulos com seus respectivos significados que integram o vernáculo da nossa maltratada língua – e um maço de regras, como poderíamos estar, agora, lendo essa birosca? Será que bastaria entender o alfabeto para sabermos ler e escrever razoavelmente? Não seria engraçado, esquisito mesmo, termos que pesquisar no google cada letra, cada palavra para sabermos como se escreve qualquer coisinha? Aliás, como faríamos isso, uma pesquisa no google, sem um coeficiente mínimo de decoreba?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Vejam só como são as coisas. Pare e pense em tudo aquilo que sabemos fazer - desde falar, andar de bicicleta e, inclusive e por que não, montar uma reflexão e participar de uma discussão – e verá que sabemos fazer isso e aquilo porque incorporamos em nossa personalidade uma gama significativa de saberes que, espontaneamente, utilizamos quando os mesmos tornam-se necessários.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E, quando não estão sendo utilizados, ficam silentes e latentes em nós.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Qualquer um que tenha praticado uma arte marcial, ou saiba tocar um instrumento musical, ou que seja um enxadrista inveterado, sabe muito bem do que estamos falando. Aprender qualquer uma dessas artes é, em princípio, assimilar mecanicamente uma série infindável de movimentos e conceitos que, pela repetição, acabam tornando-se parte de nós, ao ponto de combinarmos eles com tal espontaneidade que, sem querer querendo, acabamos por criar algo que poderíamos chamar de estilo pessoal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Detalhe: não existe esse trem de entender uma arte marcial, o xadrez ou um instrumento musical. Ou você os conhece, confundindo-se e fundindo-se com eles, ou você não sabe nada dos Paranauê. E não adianta fazer beicinho que, na real, é assim mesmo que a banda da vida toca.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Parêntese. Lembremos que aprender algo não é sinônimo de sabermos repetir o que os nossos iguais repetem e que, de certa forma, acaba pegando bem e parecendo legal, mas sim e fundamentalmente, aprender qualquer coisa que valha é conhecer algo que, muitas das vezes, não irá interessar aos que estão em nosso em torno. Aliás, repetir o que todos dizem, até onde sei, seria tão somente o tal do chavão, do senso comum, da doxa e tutti quanti. Fecha o parêntese. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Se esses exemplos acima expostos não lhe convenceram, me permitam mais um. Obrigado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Vamos supor que pretendemos aprender uma língua estrangeira. Imaginemos que nesse aprendizado não teremos que aprender de cordis, mas somente entender a língua do nosso jeitão crítico. Já pensou que curioso seria? Imagine se, por exemplo, apenas entendêssemos o idioma alemão. Isso iria nos habilitar para termos uma conversa com nativos da Alemanha? Será que o jeito que entendemos a língua deles corresponderá necessariamente a realidade da mesma? Pois é.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quando começamos a matutar sobre essa ideia permissiva que tomou conta da educação brasileira acabamos por compreender porque há décadas estamos amargando resultados, no mínimo, aterradores nos testes internacionais. aterradoras para qualquer pessoa com um mínimo de bom senso. É claro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Não que não possamos construir um entendimento diverso sobre isso ou aquilo. Não é nada disso. Podemos construir o entendimento que quisermos sobre o que bem entendermos desde que, primeiro, tenhamos absorvido e integrado esse algo ao nosso horizonte de consciência. Podemos ter a opinião que quisermos sobre qualquer coisa desde que saibamos o que seja essa tal coisa. Se não tomamos essa premissa como base, o que acabamos tendo em nosso horizonte, no frigir dos ovos, é apenas a assimilação do nosso supervalorizado entendimento sobre algo que, necessariamente, ignoramos; que simplesmente não conhecemos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E tem outra coisa que, agora, me ocorre e, em tempo, registro aqui nessas turvas linhas. Além de promovermos um desperdício descomunal de energias e esforços humanos em ações fadadas a um retumbante fracasso, por estarem fundadas nesse tipo de ideia tosca, nós também acabamos por introjetar outro baita autoengano na gurizada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Nesse sentido, a educação ao invés de tornar-se uma ferramenta para nos arrancar da miudeza de nossa subjetividade, acaba se tornando um instrumento para nos agrilhoar de maneira insana a pequenez a nossa ignorância autocomplacente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Como diria Chesterton, o que diferencia um louco de um sábio é que o segundo amplia sua cabeça para abarcar o mundo; já o primeiro lavora pra reduzir o mundo para que esse caiba em sua caichola.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Resumindo: é essa insanidade que está subjacente a essa ideia simplória de que o que importa é entender, e que decorar, que a decoreba, seria uma coisa retrógrada e blábláblá. Ideia essa que, acima de tudo, faz chacota e pouco caso do esforço individual para melhor elogiar a desídia cognitiva daqueles que sorriem por ver que muitos estão ficando encalhados no mesmo nível de mendacidade que eles.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Fim de causo. Não preciso nem dizer, não é mesmo? Hora de voltar para o meu café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-19288931490003086562018-04-01T11:09:00.001-03:002018-04-01T11:29:59.331-03:00COM QUANTAS CHORUMELAS SE FAZ UMA GAMELA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJ1lD61XAUvOAV04E5hlrVXfU7bzlWUey52sGDti9AVqg8E2G7D6GTJUwXi234El01TOKOTU8gJTRLAAWCFoK0zjvUaLvwRNRi4vEESkI5MHnUpog4PXdFdHOAvwUS8A14RVdAPLOQX4/s1600/chorumelas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="196" data-original-width="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJ1lD61XAUvOAV04E5hlrVXfU7bzlWUey52sGDti9AVqg8E2G7D6GTJUwXi234El01TOKOTU8gJTRLAAWCFoK0zjvUaLvwRNRi4vEESkI5MHnUpog4PXdFdHOAvwUS8A14RVdAPLOQX4/s1600/chorumelas.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>O MUNDO ANDA MUITO CHATO</b>. Chato e sem galochas. Tão chato que uma piada é tida na conta dum discurso de ódio. Não que não existam piadas de mau gosto contadas por cafajestes de quinta. Não. Mas isso, para meus padrões caipirescos, está muito longe de ser um discurso de ódio.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Bem, não é à toa que ultimamente tudo anda tão sem vida e sem graça nessas terras cabralinas onde toda palavra dita - e bem como cada flatulência solta - acaba sendo (in)devidamente patrulhada pelos indiscretos e totalitários olhares politicamente correto.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">De mais a mais, se formos utilizar os devidos pesos, junto com as apropriadas medidas, do velho bom senso, poderemos constatar que, o tal discurso de ódio, no frigir dos ovos, nada mais seria do que qualquer coisa que as alminhas do bem considerem odioso pelo simples fato de ser dito e lhes causado, como direi, desgosto.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Mas isso não me impede de rir. Gosto de rir. Rir de tudo. Inclusive e principalmente de mim. Carrego comigo, em meu bolso furado, o conselho luminoso que nos vem do tinteiro de Ariano Suassuna que, dizia-nos, que quem gosta de tristeza é o diabo. Por isso rio, sempre, sem medo de escandalizar os pobres diabos com seu bom-mocismo engajado. Opa. Perdoem-me. Dei uma divagada.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Bem, apesar da chatura reinante, a gente se diverte as pampas, com essa criticidade elevada à enésima potência que toma conta das mentes mui bem pensantes e esclarecidas. Não tem como não rir quando o ridículo é elevado a categoria de bandeira ética e causa política. E, como nos dita o brocardo popular, é sempre melhor rir que chorar.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Mas não é de choro, nem de riso que desejo escrevinhar. O ponto dessa causo é a língua de pau e seus serviçais. Isso mesmo. Ocorreu-me algo que, sinceramente, até o momento não havia pensado. Quem nos chamou a atenção para isso foi o escritor português João Pereira Coutinho que, certa feita, numa de suas escrevinhadas, havia afirmado o mesmo que, nesse momento, estou a escrevinhar, porém e obviamente, com uma elegância, e com um estilo, que nunca irei alcançar. Sim, me bobeei e divaguei de novo.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Carambolas! Não seria possível pensar, imagino eu, a atuação de escritores irônicos, satíricos e sulfurosos como Ramalho Ortigão, Eça de Queiroz, Machado de Assis, Agripino Grieco e tutti quanti nas páginas impressas e digitais dos dias atuais. Páginas essas formatadas de fio a pavio com aquela afetação de bom-mocismo de ocasião que é exigida pelas áureas alminhas que habitam olimpo diplomado e politicamente correto.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Creio, francamente e com certa tristeza, que a existência de figuras assim seria algo pouquíssimo provável. E se habitassem entre nós, bem provavelmente, eles seriam um escândalo só.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Já pararam pra imaginar o que esses homens, de pena e tinteiro cáusticos, escreveriam sobre a sociedade brasileira atual? Como suas letras cítricas e cínicas seriam recebidas e lidas pelos olhos da galerinha do bem? É. Dá até medo de imaginar. Dá nada.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Eu, pessoalmente, às vezes fico a matutar o que Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz, se brasileiros e vivos fossem, escreveriam a respeito de nós, e sobre o momento atual, em suas FARPAS mensais. Mas divago. Divaguei mais uma vez, mas agora parei.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">A questão que chama minha atenção é o quanto que o policiamento fomentado pelo politicamente correto asfixia a espontaneidade humana. Tudo, para ser dito, deve ser devidamente medido pelo artificialismo desse vocabulário oco de ocasião que arroga tomar o lugar do bom senso e da educação. Bem, e se não podemos dizer isso ou aquilo, consequentemente, acabamos deixando de indagar, de imaginar, de pensar algo sobre aquilo ou isso, degradando a nossa percepção da realidade e a nós mesmos.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Chegamos a tal ponto que, como nos diz o escritor Yuri Vieira (autor dos livros A TRAGICOMÉDIA ACADÊMICA – CONTOS IMEDIATOS DO TERCEIRO GRAU e A SÁBIA INGENUIDADE DO DR. JOÃO PINTO GRANDE), que hoje, para uma ironia não ser mal entendida, você tem que colocar um emoji ao final da frase.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ocorre-me agora, sobre isso, uma observação a muito feita pelo escritor mexicano Octavio Paz, onde o mesmo afirmava que a maior de todas as corrupções que existe é a corrupção da linguagem. Se essa, a linguagem, enquanto ferramenta imprescindível para edificarmos pontes entre nós e a realidade é pervertida, acabasse, consequentemente, danando nossa capacidade de ação, de compreensão e de realização.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E é esse papel corruptor que o dito cujo do politicamente correto vem exercendo atualmente, tornando a nossa vida opaca e, nossa percepção dela, não apenas algo sem graça, mas também, sem vida. Principalmente sem a presença da Graça que a tudo alumia.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Chorumelas a parte, é isso que temos para o momento. E fim de causo, porque aquela xícara com café nos aguarda.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-2135066766921073122018-03-30T23:28:00.000-03:002018-03-30T23:28:26.404-03:00APENAS UM PUNHADINHO DE REFLEXÕES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc9cWpibmLzFRunT2ACCbOjJDXm1kZiwb3eF0PGI-HxFHhyphenhyphenmMqDSKQ-OdZ3fCrsfyWBaLI2-OTnf3RBC99JGFm-QuZ_feG3odODaSsutDkZ4vt7lxgboEC605DE5r58r9NuQbr9pl9eAo/s1600/DQ-cKpbUIAAyTj_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc9cWpibmLzFRunT2ACCbOjJDXm1kZiwb3eF0PGI-HxFHhyphenhyphenmMqDSKQ-OdZ3fCrsfyWBaLI2-OTnf3RBC99JGFm-QuZ_feG3odODaSsutDkZ4vt7lxgboEC605DE5r58r9NuQbr9pl9eAo/s320/DQ-cKpbUIAAyTj_.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>TODO IDIOTA QUE SE PREZE</b> almeja tão somente a tal da originalidade. Ver e compreender a vida como ela é não lhe interessa. Nem um pouco.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(ii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>O SILÊNCIO DO AMANHECER </b>da sexta-feira santa, revela, aos nossos ouvidos, toda a futilidade da nossa vida, a superficialidade da nossa personalidade, toda a debilidade e fraqueza do nosso caráter.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(iii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>UM DOS GRANDES PROBLEMAS</b> inerentes a mentalidade politicamente correta é que, seus adeptos, creem, candidamente, que não há nada em suas alminhas, supostamente impolutas, que deva ser redimido por Deus. Nadinha. E isso gera uma terrível distorção na percepção da realidade junto com uma infeliz deformação do caráter.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(iv)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>A IGREJA NÃO É CIRCO E </b>a Santa Missa não é um espetáculo para ser permeada por salvas de palmas, piadinhas e causos. Lembremo-nos, sempre, que na Santa Missa estamos diante do sacrifício da cruz, de Nosso Senhor, feito por nós; não é teatrinho, nem jogral, nem show de auditório pra ficarmos batendo palminha e rindo de piadinhas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(v)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>ENSINA-NOS JOHANN SEBASTIAN BACH</b> que: “a meta e propósito da música é a glória de Deus e o refrigério da alma. Se algo não leva isso em consideração, não é verdadeira música, mas apenas gritaria e agitação diabólica.”</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(vi)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>ANTES DE QUERERMOS EDUCAR</b> alguém é imprescindível que, com a mesma gana, procuremos educar a nós mesmos. Antes de criticarmos algo, ou alguém, é necessário que, com a mesma intensidade, critiquemo-nos; principalmente que coloquemos no crivo da crítica as observações que pretendemos fazer sobre algo ou alguém.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(vii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>TÃO RARO É O SILÊNCIO NA VIDA</b> moderna quando é escasso a disposição - na sociedade contemporânea - para ouvir o que uma pessoa tem a dizer e, mesmo assim, em meio a tanto ruído e desatenção, tem muita gente que acredita poder orar, dialogar com Deus, por meio da inquietação reinante e na total ausência da serenidade que apenas pode ser ofertada pelo calar da voz humana.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-5497481902148539322018-03-28T11:30:00.000-03:002018-03-28T11:30:07.268-03:00AMOR PRÓPRIO NÃO É AMOR A DEUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTCUehb8ift7Emv_ntV7G_r-jsrQ0V6Yw3LFCa9u7UESvS_iFn1WrOvoTUsnpPWeP3uR-P2Wktp8aRhq50Ml-oM27VZ5nL14IYNkADGimV1TVUnElzHTmb1dakdiVkhEiFe5cqLsPAfb4/s1600/A-paix%25C3%25A3o-de-Cristo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="560" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTCUehb8ift7Emv_ntV7G_r-jsrQ0V6Yw3LFCa9u7UESvS_iFn1WrOvoTUsnpPWeP3uR-P2Wktp8aRhq50Ml-oM27VZ5nL14IYNkADGimV1TVUnElzHTmb1dakdiVkhEiFe5cqLsPAfb4/s320/A-paix%25C3%25A3o-de-Cristo.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>QUANTO, EM 2004, MEL GIBSON </b>lançou o filme “A Paixão de Cristo”, acabou sendo alvo de inúmeros ataques amorosamente raivosos perpetrados por alminhas que não conseguiam admitir o vislumbre duma película que procurasse mostrar a paixão de Nosso Senhor tal qual os santos evangelhos nos relatam. Para o mundo modernoso, com seu bom-mocismo artificioso, isso era e é algo inadmissível.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Após o lançamento, o Papa São João Paulo II e o Cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa Emérito Bento XVI, disseram, respectivamente, “foi assim” e “trocaria todas as minhas homilias e meus escritos sobre a paixão de Nosso Senhor por algumas cenas do filme”. Porém, a mídia lacradora, politicamente corretíssima, viu apenas a sua pequenez orgulhosa ferida e, por isso, indignou-se com a existência do filme ao invés de tentar refletir sobre o sentido escatológico apresentado pelos santos evangelhos retratados na obra cinematográfica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Aliás, não seria nem preciso dizer, mas o digo, que a indignação, rasa por sua própria natureza, é a própria negação do exercício da inteligência e a afirmação da infantilismo magoado. Dito isso, vamos em frente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Essa atitude pequena, ainda hoje, muito mais do que naquela não tão distante ocasião, continua fazendo-se presente no coração da sociedade contemporânea que confunde o amor próprio, todo lambuzado num emplasto de autopiedade, comiseração, hedonismo e narcisismo, com o amor que nos foi e nos é ensinado do alto do madeiro da cruz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Reparem que toda vez que as alminhas embebidas até os gorgomilos nessa mentalidade, quando são lembradas de sua ridícula condição humana – que é a condição de todos nós – mais do que depressa, já saem indignadas e, é claro, acusando todos aqueles que ousam lembrar o óbvio ululante de serem hipócritas e tralalá.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Indagam, inclusive, no mesmo tom, sobre o suposto cristianismo dessas vozes que destoam das suas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O que – perguntam – Jesus diria a respeito de Fulano e Beltrano se ele estivesse vivo? Pois é. E, perguntam isso, imaginando ser as almas mais cândidas da face da terra sem, obviamente, flagrar-se da ridícula soberba inerente a essa atitude.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Bem, talvez, imagino eu, a resposta mais contundente a esse tipo de indagação maliciosa teria sido dada pelo próprio Mel Gibson que, por ocasião do lançamento de seu filme, em 2004, foi indagado nesse tom pela imprensa chique e lacradora e ele, por sua deixa, respondeu, mais ou menos assim: quem disse que Ele está morto? Ele ressuscitou e está vivo. Ele está vivo e, infelizmente, eu, provavelmente, sou o primeiro na fila dos responsáveis pela sua crucificação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Somos os primeiros da fila. Todos nós. Ele foi morto por nossa causa. Qualquer pecador miserável, como esse que vos escrevinha, tem a obrigação de saber disso e, dentro de minhas limitações, procuro não me esquecer dessa gritante obviedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Porém, quando o assunto vaza para a tangente das alminhas criticamente críticas a conversa se torna bem outra, pois, ao que tudo indica, essas acreditam que Deus reprova apenas aqueles que discordam delas e de seus delírios politicamente corretos, delírios esses que defendem tudo o que é bonzinho perante os olhares midiáticos, relativistas e hedonistas do mundo contemporâneo, tamanho é seu amor próprio; tão grande é a idolatria que reina em torno da pequenez de suas paixões.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Sobre esse ponto, permitam-me chamar a atenção para algumas poucas palavras de C. S. Lewis que, em seu livro OS QUATRO AMORES, nos diz que: “Todo amor humano, em seu apogeu, possui a tendência de reivindicar uma autoridade divina. Sua voz tende a soar como se fosse a vontade do próprio Deus. Ela nos diz para não contar o custo, exige de nós um compromisso total, tenta superar todas as outras reivindicações e insinua que todo ato feito sinceramente ‘por causa do amor’ é portanto legal e meritório”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Note-se bem o que o pai da Crônicas de Nárnia está a nos dizer. Não são poucos os que confundem a palavra amor com uma simples justificativa para as suas ações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quando amamos como Cristo nos ensinou a amar, necessariamente batemos em nosso peito, tal qual o publicano, pedindo perdão por nossas inúmeras culpas e oferecendo nossas dores para Ele. Agora, quando amamos da forma como o mundo nos dita, atiramos todas as nossas culpas e dores nas paletas daqueles que escolhemos para ser o responsável por nossas desventuras pessoais e, fazendo isso, imaginamos ser uma nova versão, atualizada e fashion, do Cristo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Resumindo o entrevero: prova de blasfêmia maior não há que confundir o sensibilíssimo amor próprio com o amor a Deus e ao irmão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Doravante, tais observações nos fazem lembrar duma passagem duma das peças de William Shakespeare. Rei Lear, no caso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">As três filhas do Rei – Goneril, Regan e Cordélia – expressam, cada uma a seu modo e de acordo com a magnitude de seus corações, a gratidão que tinham para com seu pai. As duas primeiras encheram a bola do velho, bajulando-o sem a menor cerimônia. Já a terceira, Cordélia, disse-lhe que o respeitava como uma filha deve respeitar seu pai, sem nada pôr, sem nada tirar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Aí ferrou tudo. Pobre rei. Estava tão tomado de amor próprio que acabou por condenar e deserdar justamente aquela que realmente o amava e, assim o fez, porque o pobre homem não conseguia compreender que não há amor, nem liberdade, onde não é permitida a majestade da verdade. O rei, em sua loucura, em seu apego a sua autoimagem, foi incapaz de refletir sobre sua humana condição e é nisso que consiste todo o aspecto trágico dessa peça shakespeariana.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Tragédia essa mui semelhante, em termos simbólicos, a passagem dos evangelhos que refere-se ao jovem rico (São Matheus XIX:16-30; são Marcos X:17-31 e São Lucas XVIII:18-30). Passagem a qual todos conhecemos muito bem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Quando ele, o jovem rico, pergunta ao Cristo, o que deveria fazer para ganhar o reino dos Céus, Nosso Senhor disse: “Venda tudo o que tens e dá aos pobres”. O jovem tinha demais e era apegado demais ao que tinha, mas ele era rico de quê? O que era a sua riqueza?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Vejam só a sutileza do Supremo Pedagogo. Ele poderia mandar o jovem pegar tudo o que tinha e, simplesmente, distribuir aos pobres. Mas não. Ele mandou que o rapaz, primeiro, vendesse tudo, para depois, e somente depois disso, desse tudo aos pobres.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Ora, quando vamos vender qualquer coisa que seja nossa temos de fazer uma avaliação do valor daquilo que possuímos, não é mesmo? Pois é, quando Nosso Senhor sugere que o jovem fizesse isso ele foi obrigado a se autoavaliar, a refletir sobre o seu real valor e, possivelmente, acabou vendo que não valia tanto quanto imaginava valer, de modo similar ao caso do Rei Lear.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Nós, de nossa parte, também somos como as duas personagens, o jovem rico e o rei shakespeariano. Amamos muito aquilo que está em nosso coração, o nosso tesouro (Matheus VI: 21) e, tomados por nossa vaidade, imaginamos que sejam as coisas mais preciosas de todos os mundos, porque nunca paramos para avaliar o seu real valor e, quando somos convidados a fazê-lo, entristecemos ou revoltamo-nos com a possibilidade de termos de contar para nós mesmos a verdade sobre nós. Somos obrigados a encarar de frente a miudeza do nosso amor próprio que tanto idolatramos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por fim, penso que a paixão de Nosso Senhor é profundamente didática quanto a isso, pois segue a mesma senda indicada pelos dois exemplos anteriores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Explico-me e termino: se, ao vermos os sofrimentos do Verbo divino que se fez carne, nos flagramos do tamanho de nossa pequenez é porque, bem provavelmente, estamos aprendendo e crescendo em verdade no nosso peregrinar por esse vale de lágrimas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Agora, se ao sermos apresentados à paixão, imaginarmos que nossas humanas dores são como as de Jesus e, por isso, cremos que somos uma espécie de “novo cristo das multidões” é porque, bem provavelmente, estaríamos em meio e junto à multidão que escarneceu Dele no caminho ao monte Calvário ou fazendo coro com os críticos, criticamente críticos que, após verem o filme de Mel Gibson, foram e são apenas capazes de enxergar o que, em seu entendimento, seria apenas e tão só um desnecessário espetáculo sadomasoquista.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Provavelmente, tais almas não entendam que o cristianismo, enquanto uma dádiva de Nosso Senhor, existe para nos auxiliar em nossas debilidades espirituais, para nos salvar de nós mesmos, do mundo e do demônio; não entendem e, talvez, não queiram entender, que o cristianismo não é um discurso bem arranjado, agradável aos nossos ouvidos mundanamente sensíveis, para justificar nossas fraquezas demasiadamente humanas que tanto amamos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por fim e por isso que o fardo de Nosso Senhor é suave e, o nosso, sem Ele, tão pesado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Agora chega. Hora do café. Preto e com um cadinho de açúcar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-21967119023245332092018-03-21T11:33:00.002-03:002018-03-28T11:34:06.041-03:00INSENSÍVEL! FASCISTA! TAXIDERMISTA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzhZ9dzwnCtS0JYc33TZ6piso-GuNtfm2CXKhnIqSnblvHhxweKIpCYp4u3XxvKtuuCHBJxi_aWOL4v-jCps7sXL9N6SVFC70R9hwT7A3Ows6Od-931MbSsdjpdcN8KGKLaXYlwkrhccQ/s1600/flertando+com+a+morte.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="628" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzhZ9dzwnCtS0JYc33TZ6piso-GuNtfm2CXKhnIqSnblvHhxweKIpCYp4u3XxvKtuuCHBJxi_aWOL4v-jCps7sXL9N6SVFC70R9hwT7A3Ows6Od-931MbSsdjpdcN8KGKLaXYlwkrhccQ/s320/flertando+com+a+morte.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><b>O ESCRITOR IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO</b> tinha - não sei se ainda tem - o hábito de andar de lotação, sempre acompanhado de uma cadernetinha no bolso, para tomar nota das conversações que ouvia em seus passeios sem rumo ou direção.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Num desses passeios ele ouviu um diálogo entre duas senhoras que era mais ou menos assim:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">- Beltrana, qual é o certo: problemas ou “pobremas”?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">- Ocê não sabe? Mas você já é tonga mesmo em Fulana! Eu vou te explicar. É bem simples: “pobremas” são aqueles que a gente tem que resolver em casa, no dia a dia, e problemas são aqueles da matemática.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Convenhamos: essa conversação anônima é tão divertida quanto ilustrativa para refletirmos sobre um fenômeno, cada vez mais frequente na vida contemporânea, e fartamente documentado nas redes sociais e fora delas, que é o desdém manifesto pela realidade que as palavras indicam em favor da carga emotiva, imediata e superficial, que elas podem despertar em nós.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Quando isso ocorre, ao invés do indivíduo procurar, zelosamente, reconstituir diante dos seus olhos a realidade que as palavras comunicam, dentro de um determinado contexto, ele acaba por apenas visualizar a projeção de uma gama de sentimentos confusos, epidérmicos e irascíveis que ocupavam algum lugar, sabe Deus onde, no íntimo do sujeito e que, num estalar de dedos, são ativados pela dita cuja duma palavra, esvaziada de seu conteúdo. Palavra que, ao ser ouvida, é rapidamente preenchida por um turbilhão de paixões desordenadas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Imagino que todos nós já devemos ter passado por isso, da mesma forma que, todos nós, ao sentirmos isso, procuramos desarmar nosso espírito repelindo de nosso íntimo esse tufão descontrolado para recobrarmos a razão e, assim, retornarmos para as coisas mesmas, devolvendo a devida voz às palavras e calando, por hora, nossa impensada, emotiva e superficial reação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Pelo fato dessa arapuca ser extremamente corriqueira na sociedade midiática atual, que ela acaba sendo utilizada sistematicamente por inúmeros grupos ideologicamente constituídos para nos induzir a tomarmos atitudes que não correspondem, necessariamente, aos nossos anseios e a defender teses, facções e ideias que, em princípio, repugnamos. E faz-se isso tudo sem saber claramente o que se está fazendo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Isso se deve ao uso indiscriminado dessas palavras-gatilho, que despertam emoções superficiais e silenciam realidades ululantes, levando o indivíduo a reagir feito um autômato que, ao ouvir ou ler certas palavras. De modo similar, não igual, a uma hipnose.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Um bom exemplo disso seja o termo direitos humanos. Isso mesmo. Uma coisa é a realidade que ele, originariamente, evoca. Outra, bem diferente, é o uso tático da referida expressão dentro duma estratégia maior que, em princípio, não seria cabível, mas que, com o tempo, com o agregar de várias camadas emotivas, passa a ser visto como sinônimo disso, devido à repetição contínua, conforme a máxima de Goebbels.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">O politicamente correto, dum modo geral, é assim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Aliás, tomemos o uso da expressão “direitos humanos”, usada como uma palavra-gatilho, associada à questão do aborto. Tal palavra, aborto, é dura e fria, mas pode ser suavizada para distanciar nossos olhos da realidade comunicada por ela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Ao invés de aborto passa-se a referir-se a essa prática como “antecipação terapêutica do parto”. Ao invés de falar-se em direito ao aborto diz-se “direito de decidir” e, finalmente, em “direitos reprodutivos da mulher”. Um direito fundamental.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Resumindo: alguns podem até se opor a prática do aborto, do assassinato dum inocente sem direito a defesa e destituído de sua humanidade, mas quem iria manifestar-se, sem sentir algum desconforto, contra um direito fundamental? Sutil, não é mesmo? Maquiavelicamente sutil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">De mais a mais, na sociedade atual temos uma gama bem significativa dessas confusões que são geradas pela instrumentalização, maliciosa em muitíssimos casos, da ideia em si dos direitos fundamentais, que passa a ser utilizada para vestir as ideias mais disparatadas possíveis e pensáveis e, quando tais ideias são desnudadas, a resposta é automática: nossa! Você é contra os direitos humanos?! Seu fascista, taxidermista, cronista... bem, aí a criatividade dos insultos deixo a cargo daqueles que desejarem utilizá-los. Não se sinta melindrado em dizê-los contra esse caipira escrevinhante. É um direito que lhe assiste e não serei eu que irei negá-lo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Parêntese. Fascista, homofóbico e demais expressões do gênero, tão fartamente utilizadas pela galerinha do “ódio do bem”, tem, obviamente, um significado muito claro e historicamente constituído, todavia, da forma leviana como são utilizadas no contexto atual, acabam sendo apenas mais uma palavra-gatilho usada como arma política. Fecha parêntese.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Sem mais delongas e chateações, pois já está praticamente na hora do meu cafezinho, o que torna o uso difuso desses termos, maliciosamente instrumentalizados, uma coisa tragicômica é que as pessoas que vivem com eles entre o amoroso ranger de seus dentes, acreditam, sinceramente, que por o fazerem, são pessoas sumamente criticas (outra palavra-gatilho), o que lhes permite colocar-se acima do bem e do mal e, por isso, sem o menor peso na consciência [crítica] sentem-se mui confortáveis para emitir julgamentos formados na base de dois pesos e duas medidas sem flagrarem-se, por um momento que seja, do absurdo reinante que se faz presente em suas almas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Vale lembrar que a linguagem, ao seu modo, pode limitar ou dilatar a nossa percepção da realidade. Bem, nesses casos, das palavras-gatilho, acaba-se limitando drasticamente, ao mesmo tempo em que dá a sensação confusa e infusa de estar ampliando criticamente a sua consciência criticamente crítica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">E, por isso, digo, mais uma vez: o “X” da questão não são os direitos humanos ou os assim nominados “direitos dos manos”, mas sim, a percepção que temos da realidade que está subjacente às palavras que, por malícias ideológicas mil, não geram problemas, nem “pobremas”, mas sim, uma confusão dos diabos similar a uma cama de gato infernal que não contribui em nada para salvaguarda dos direitos fundamentais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Enfim, por essas e outras que, penso eu, devemos, como Nelson Rodrigues, pedir sempre a Deus que nos livre de ser uma pessoa inteligente, criticamente inteligente. Deus nos livre e guarde desse trem medonho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Agora chega! Tá na hora do meu café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">- - - - - - -</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Obs.: para melhor compreender os fundamentos das tonguices que povoam minha cumbuca, e que se fizeram refletir em nessas turvas linhas, sugiro as seguintes leituras: A CORRUPÇÃO DA INTELIGÊNCIA, de Flávio Gordon; DIREITO, LEGISLAÇÃO E LIBERDADE [três volumes] de F. Hayek; A VERDADEIRA FACE DO DIREITO ALTERNATIVO, de Gilberto Carvalho de Oliveira; MENTIRAM (E MUITO) PARA MIM, de Flávio Quintela; A MENTE ESQUERDISTA - AS CAUSAS PSICOLÓGICAS DA LOUCURA POLÍTICA, de Lyle Rossiter; INTELECTUAIS E SOCIEDADE, de Thomas Sowell; CONFLITOS DE VISÕES do mesmo autor; BANDIDOLATRIA E DEMOCÍDIO, de Diego Pessi e Leonardo Giardin de Souza; A NOVA ERA E A REVOLUÇÃO CULTURAL, de Olavo de Carvalho; PONEROLOGIA, de Andrew Lobaczewski; PODER GLOBAL E RELIGIÃO UNIVERSAL, do Monsenhor Claudio Sanahuja. Bem, de início e por hora é isso. Divirtam-se.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café. </span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-45783889671706212542018-03-17T15:20:00.000-03:002018-03-18T18:30:04.729-03:00DIREITOS HUMANOS VS. DIREITOS DOS MANOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVthB50k1XvsCDFcaijecX_byLQ26AJClM9KHqwdwASWvNNo5UrUbE-guMrQt3LgPYc0FdX2bib-EWB450awAl2m_mA1B90eDCI7ukK7TGiQ2V2F5hbVqYkmU8p247GlqMR5-PEq3NJuQ/s1600/soljentzin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="369" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVthB50k1XvsCDFcaijecX_byLQ26AJClM9KHqwdwASWvNNo5UrUbE-guMrQt3LgPYc0FdX2bib-EWB450awAl2m_mA1B90eDCI7ukK7TGiQ2V2F5hbVqYkmU8p247GlqMR5-PEq3NJuQ/s320/soljentzin.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>SOU UM CARA MUITO SOSSEGADO.</b> Sou mesmo. Na verdade sou cínico pra caramba. Isso mesmo. Um petulante bem desavergonhado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Poucas coisas me tiram do sério. Praticamente ignoro tudo que considero irrelevante e, só pra constar, sou condescendente com pouquíssimas coisas nessa vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Dentre as coisas que me causam asco e, por isso, me tiram do sério, está a imagem das pessoas supostamente descentes que usam politicamente a morte de alguém e, por participarem duma patifaria dessa monta, julgam-se ou, ao menos, imaginam-se acima do bem e do mal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Bem, pra falar a verdade, sim, esse tipo de gente me causa asco, mas não as levo a sério não. Gente que age assim, desse modo vil, não merece um segundo da seriedade dum sem vergonha como eu. Não mesmo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(ii)</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>TODO AQUELE QUE FAZ CARREIRA </b>defendendo criminosos como se esses fossem vítimas inermes da sociedade, do Estado e do caramba à quatro, deve lembrar-se do dito popular que, sabiamente, adverte-nos que, muitas vezes, nós acabamos por criar a cobra que, um dia, irá nos morder e, cedo ou tarde, morderá.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(iii)</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>QUER, REALMENTE, DIMINUIR A CRIMINALIDADE </b>em nosso triste país? Então, ao invés de encarcerar uma vítima da sociedade, acolha-a e entregue em suas mãos um exemplar do livro "Pedagogia do oprimido" do famigerado Paulo Freire. Isso mesmo! Ao ler esse troço medonho ele, o meliante, irá desenvolver a sua criticidade a tal ponto que, num ato mágico, digo, num ato de tomada de consciência, deixará de ser a vítima da sociedade que ele nunca foi para se tornar a vítima que os intelectuais canhotos e tortos dizem que ele supostamente é.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(iv)</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>UMA COISA SÃO OS DIREITOS HUMANOS </b>enquanto um patamar civilizacional conquistado através dos séculos; outra, bem diferente, é a instrumentalização da ideia de direitos humanos (nesse caso, direito dos manos, se preferirem) transformando-a, em alguns casos, em uma arma retórica para atacar inimigos políticos/ideológicos e, noutras situações, usando-a como um cavalo de Troia para destruir, de dentro para fora, os alicerces civilizacionais da sociedade Cristã ocidental.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Reparem - aliás, qualquer pessoa com um mínimo de bom senso já reparou - que toda vez que os direitos humanos são usados como uma espécie de borduna para desqualificar as forças policiais; ou como um tipo de tacape para desumanizar adversários políticos, que são rotulados de modo infame e injusto; ou como um escudo ideológico para dar guarida a criminosos violentos, cruéis e impiedosos, tratando-os como se fossem uma espécie de vítima inerme da sociedade afirmando, entre outras coisas, que eles fizeram o que fizeram, e que fazem o que fazem, porque supostamente não tiveram escolha nem oportunidade; ou para defender ditadores sanguinários e diabólicos, fazendo uso dos mais variados subterfúgios retóricos para dizer que eles são, como dizem, símbolos de resistência ao tal do imperialismo; enfim, nesses casos, e em todos os outros que sejam similares, o que está em pauta não é a validade dos Direitos Humanos. Não. Não. E, mais uma vez, não.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">O que está em xeque nesses casos todos é a legitimidade da instrumentalização vil dos direitos humanos que é feita pelos mais variados matizes políticos, advindos do marxismo cultural, que subvertem o sentido originário dos direitos fundamentais para melhor defender uma agenda ideológica totalitária que avilta sorrateiramente tudo e todos; não, obviamente, para proteger e resguardar a integridade daqueles valores que nos caracteriza como humanos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Resumindo o entrevero: não sermos capazes de perceber a diferença substancial que há entre os Direitos Humanos e os tais direitos dos manos é uma deformidade cognitiva fruto de uma grande desatenção para o cerne da questão ou apenas um pútrido fruto da mais pura malícia ideológica engajada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por fim, creio eu que não há meio termo para essa questão não. Não mesmo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-34652236628088075712018-03-12T11:42:00.000-03:002018-03-12T11:46:51.117-03:00TODOS OS CAMINHOS LEVAM PARA ALGUM LUGAR<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDvW4tmX1eY68pySfzr-1kzt-DGo3_UXWBhEmC3AZiHFkqQCJbKV0IM0odiFVRyrLdwghxSIrKLPHQhgi8vDqQyrx3HCGijUcPc80x1rYFs56v38L1srPAU2LiclDnyw2jZNUdorPnekg/s1600/abusada3.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="828" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDvW4tmX1eY68pySfzr-1kzt-DGo3_UXWBhEmC3AZiHFkqQCJbKV0IM0odiFVRyrLdwghxSIrKLPHQhgi8vDqQyrx3HCGijUcPc80x1rYFs56v38L1srPAU2LiclDnyw2jZNUdorPnekg/s320/abusada3.jpeg" width="193" /></a></span></div>
<br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Na sociedade atual temos presente um verdadeiro rebanho de vacas sagradas. Intocáveis. Coisinhas que são tidas como se fossem bens apolíneos, cuja preciosidade supostamente seria auto evidente aos olhos de qualquer um.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Uma dessas vacas sacras, que integra esse modernoso rebanho, é a ideia de diversidade. Isso mesmo. A própria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ao chamar atenção para esse trem não estou, como alguns podem concluir de imediato e sem pestanejar, que advogo em favor duma atitude arbitrária com relação às culturas que se apresentam de modo diametralmente diferentes da nossa (como se o que, hoje, chamamos de nossa cultura valesse alguma coisa).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Na verdade, por combater a, como direi, ideologia da diversidade cultural, pessoalmente defendo uma atitude razoável frente à multiplicidade de manifestações culturais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Explico-me. O critério que fundamenta toda essa onda, empolgante, de multiculturalismo que toma conta do sistema educacional, da grande mídia e tutti quanti, é um relativismo cultural rasteiro que trata tudo o que o ser humano faz e fez como sendo coisas do mesmo valor, importância e conteúdo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Digo isso porque o relativismo, enquanto ferramenta para análise, de fato, é muitíssimo útil, porém, a conversa torna-se bem outra quando se adota isso como um instrumento para normatizar o valor que será atribuído para os bens cultuais que irão integrar o panorama de (de)formação de toda uma geração.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quando o valor dos bens culturais é relativizado de modo absoluto acabamos, de cara, tendo os seguintes complicadores:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Primeiramente, por um vício cronocêntrico, acaba sendo dando uma ênfase maior aos bens culturais produzidos mais recentemente em detrimento dos mais antigos que, de cara, nos dá um cenário falseado onde se tem uma baita perda de profundidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Em segundo lugar, quando o valor de tudo passa a ser nivelado, perde-se de vista a possibilidade de se construir qualquer critério objetivo de avaliação da realidade e reduz-se a importância de tudo ao gosto subjetivo dos indivíduos ou aos padrões indicados de modo arbitrário por um ou outro grupinho tão engajado quanto barulhento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Com a supressão da construção de critérios objetivos para avaliar o valor das produções culturais, o que temos não é a edificação dum reino de liberdade plena e total. Muito pelo contrário. Quando perdemos de vista a importância duma tradição (aliás, toda cultura é isso) e não mais procuramos o bom senso e a objetividade mínima para a formulação de nossos juízos, o que acabamos por construir, sem nos darmos conta, é o império da arbitrariedade de determinados padrões culturais que contam com o rumoroso apoio de grupos instrumentalizados, com o financiamento de grandes potentados e, obviamente, com as bênçãos das potestades estatais e da intelectualidade criticamente crítica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Quando isso ocorre, a cultura, enquanto segunda pele do ser humano, acaba sendo reduzida a uma reles mercadoria que deve ser trocada conforme o modismo ditado pelos detentores dos meios de difusão de informações e, na ausência dum fundo universal e milenar de tradições culturais em que os indivíduos possam alimentar a sua alma - e, assim, contar com instrumentos para defender-se dessas arbitrariedades do momento - termina-se reduzindo todos os indivíduos, ao menos uma boa parte desses, a condição de autômatos que, por consumirem vanguardas e modismos, chancelados pela mídia e pelo sistema educacional, imaginam que são livres, emancipados e, é claro, críticos, quando, na verdade, encontram-se reduzidos a mais abjeta escravidão mental.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Enfim, todos os caminhos podem nos levar pra algum lugar quando sabemos para onde devemos ir. Agora, quando tudo passa a ser ditado pelo relativismo cultural, passamos a seguir o rumo do “tanto faz” e, em casos como esse todo e qualquer caminho acabará invariavelmente nos levando a lugar nenhum.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Chega. Findamos por aqui para degustar mais uma boa xícara de café. Recomendamos o mesmo pro cê.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-71218163244430567852018-03-11T10:49:00.000-03:002018-03-11T10:49:20.018-03:00[podcast] QUE CULTURA É ESSA?<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O CONVERSA QUIXOTESCA é um podcast ocasional de Dartagnan da Silva Zanela, sem a menor periodicidade, publicado sem edição alguma em nosso blog onde apresentamos, sem nenhuma pretensão e de maneira sucinta, nosso ponto de vista caipira sobre os mais variados assuntos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe src="https://www.4shared.com/web/embed/audio/file/mqzWhjuAei?type=NORMAL&widgetWidth=530&showArtwork=true&lightTheme=true&playlistHeight=0&widgetRid=713863217773" style="border: 0; height: 152px; margin: 0; overflow: hidden; width: 530px;"></iframe></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-45816339513404066552018-03-11T10:04:00.001-03:002018-03-11T10:04:33.506-03:00NOTAS SOBRE A TAL “CURTURA” ENCURTADA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7ZKHdBFjDCmVyqrustTPRj1mS0kAllKKvYkmr_cTtzQk-I6m8N-jNjX2y-J8KTIoTyGcVET6BHmE_Fl6btV2l9GHxiN26UwIpJcnECHWtUkRXvo3-cmQIAplROpXIWvWsfYCp72p5F1s/s1600/sabato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="447" data-original-width="624" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7ZKHdBFjDCmVyqrustTPRj1mS0kAllKKvYkmr_cTtzQk-I6m8N-jNjX2y-J8KTIoTyGcVET6BHmE_Fl6btV2l9GHxiN26UwIpJcnECHWtUkRXvo3-cmQIAplROpXIWvWsfYCp72p5F1s/s320/sabato.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>SE CONHECEMOS MAIS PERSONAGENS </b>de programas televisivos e celebridades midiáticas que autores da grande literatura universal, e suas respectivas obras, queiramos ou não admitir, temos diante de nós um problema do cacete que compromete de maneira significativa a integridade de nossa inteligência, a profundidade de nossa imaginação e, é claro, a solidez da nossa personalidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(ii)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>NA SOCIEDADE ATUAL É </b>mais ou menos assim: chama-se de entretenimento bocó aquilo que não cai nas graças da estreiteza do nosso gosto estragado e considera-se cultura o entretenimento bocó que gostamos pacas. É ou não é assim?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Nesse quadro, ao que parece, não cogita-se, nem de longe, a possibilidade de a tal da cultura existir para nos auxiliar a tornarmo-nos pessoas mais dignas, prestativas e boas. É o que parece.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">E, ao que tudo indica, a única perspectiva que paira no horizonte cultural contemporâneo é a precisão de termos a mão uma grande fartura de atividades e bugigangas sem sentido que ocupem plenamente nossas horas vazias para, desse modo, continuarmos vivendo uma vidinha oca esvaziada de sentido, sem propósito e inconsequente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por fim, não basta dizermos que não é assim que a banda toca. Bater o pezinho não resolve. É impreterível que procuremos outras bandas que toquem algo que, de fato, destoe dessa pasmaceira hedonista e materialista que reina entre nós e em nós.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">É isso. Só isso. Ponto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(iii)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>O REINO DE DEUS NÃO CONSISTE</b> na realização de uma ideologia político zarolha, nem na implantação dum governo supostamente ético que se declara o único capaz de emancipar os frascos e comprimidos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Aliás, esse tipo de esperança, confusa e mundana, está fadada a terminar, cedo ou tarde, num mar de lama fétida e ignóbil. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Bem, o nosso amado Brasil aí está para não nos deixar mentindo sozinho, não é mesmo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por isso, não esqueçamos, se possível for e se assim o desejar, que o reino do Senhor não é um reino de poder, nem de fartura, muito menos um reino de probidade ética aqui nesse mundo porque aqui, nesse mundo, o que temos é um vale de lágrimas, não um mar de rosas, nem a construção dum mundo melhor possível.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O reino de Deus é o reino da Verdade o qual começa, necessariamente, em nosso coração, quando decidimos aceitar a palavra Daquele que é o Caminho, a Verdade e a vida. Começa aqui, em nosso peito, e realiza-se na eternidade através dos ecos de nossos atos e palavras, ditos e feitos que foram deixados aqui nesse mundo. Ponto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Tudo o mais que procure tergiversar disso não é de Deus e, não precisamos ser muito espertos, safos ou sábios pra saber donde essas tranqueiras vem, não é mesmo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(iv)</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>UMA COISA QUE, AO MEU VER,</b> parece simples, mas que é insanamente desdenhada no sistema educacional brasileiro, e bem como por grandessíssima parte da sociedade, é o problema da tal da cultura que é tratada fundamentalmente por um viés relativista e que, por isso, acaba mutilando o seu poder pedagógico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Sim, tudo o que o ser humano faz é cultura e representa o modo de ser e a maneira de viver de um povo e/ou de uma época; porém, a ênfase que é dada para certos modos de ser não é, nem de longe, algo que seja edificante para os indivíduos, como a valorização de determinadas maneiras de viver não auxilia, em nada, as pessoas a tornarem-se mais dignas, prestativas e boas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Ignorar esse tipo de perversão, fazer pouco caso dos seus efeitos danosos na formação dos indivíduos, e, ainda por cima, querer discutir os rumos da educação em nosso país é praticamente o mesmo que ficar fazendo buracos na água. Aliás, uma água suja pra cacete.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-22421844685350801102018-03-10T19:45:00.000-03:002018-03-10T19:45:08.912-03:00[podcast] LULA E AS ESQUERDAS SEM NORTE<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O CONVERSA QUIXOTESCA é um podcast ocasional, sem a menor periodicidade, publicado sem edição alguma em nosso blog onde apresentamos, sem nenhuma pretensão e de maneira sucinta, nosso ponto de vista caipira sobre os mais variados assuntos.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/XUfap9pkPeE" width="560"></iframe></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-33721762899162028102018-03-09T10:34:00.001-03:002018-03-10T15:38:56.838-03:00ENTRE CRENÇAS E CRENDICES FURADAS<div class="post-body entry-content" id="post-body-6832443442460166482" itemprop="description articleBody" style="background-color: white; line-height: 1.4; position: relative; width: 640px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq_4wSfp1j1NYkWEEAwY_PoauUSs79ZKueJ3XrhBL8jq-qGj3-kUG-Y3M6MkpwHFv-7pbXSq9GgutqrfWmfIweeZlSiXVJ3wVJ5ipCMhHCEhh4-3vFtgYGO4kCRi332-8GOMeMejkucBA/s1600/livros+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="379" data-original-width="640" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq_4wSfp1j1NYkWEEAwY_PoauUSs79ZKueJ3XrhBL8jq-qGj3-kUG-Y3M6MkpwHFv-7pbXSq9GgutqrfWmfIweeZlSiXVJ3wVJ5ipCMhHCEhh4-3vFtgYGO4kCRi332-8GOMeMejkucBA/s320/livros+%25281%2529.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; font-size: large; text-align: left;">Por Dartagnan da Silva Zanela</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Todos têm lá suas convicções. Todos. Nem que seja a convicção de que nesse fim de semana iremos tomar todas e mais algumas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Enfim, todos temos princípios, ou algo próximo disso, que nos orientam em nossos passos e, pelo gracejo feito sem muito jeito no início dessa missiva, fica mais que evidente que o “X” da questão não é se somos convictos de algo, mas sim, sabermos se somos nós que possuímos esse troço ou se é ele que nos possui.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">As crenças e crendices acabam, dum modo geral, gostemos ou não, dando forma ao nosso caráter. Crendices e crenças essas que habitam o nosso imaginário que, por sua deixa, são absorvidas de modo irrefletido por cada um de nós através da programação televisiva, por meio de filmes, seriados, através do sistema educacional, pela leitura de obras literárias, resumindo o entrevero, elas chegam até nós por meio de tudo aquilo que, de uma maneira ou de outra, dialoga com o nosso mundo interior, com nosso mundo simbólico, seja na idade pueril ou na maturidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Bem, até aí, não há problema algum, pois é assim mesmo que a banda toca. Desde tenra idade vamos naturalmente absorvendo uma gama sem fim de valores, ideias, conceitos e modelos de conduta e, de modo indireto, essas coisinhas passam a integrar o nosso patrimônio íntimo, nos auxiliando na tomada de decisões, em nossas escolhas, sejam elas de grande ou pequeno vulto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O que, ao que me parece, torna-se mui esquisito é o fato de muitos de nós nunca se propor a examinar, serena e seriamente, essas coisas que ocupam o nosso universo interior, coisas essas que foram semeadas em nossa alma sem nosso consentimento e que, mesmo assim, acabamos por chama-las de nossas ideias, nossos valores e, é claro, nossas convicções e opiniões.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Com essa observação não estou querendo dizer que devemos fazer aquela chatice de realizar uma reflexão crítica de nossas ideias críticas para ficarmos mais críticos ainda. Não! Deus me livre e guarde duma coisa dessas!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Aliás, abramos um breve parêntese: quando utilizamos sem a menor cerimônia a palavra crítico para qualificar tudo o que fazemos e, principalmente, para justificar tudo o que deixamos de fazer, estamos caindo no mais vil auto-engano que pode existir. E, assim o é, porque a partir do momento que afirmamos que somos críticos e que tudo o que iremos fazer também o é, o que estamos querendo dizer, no fundo, é que nós estamos acima do bem e do mal, de qualquer julgamento, que não somos tongos como os demais mortais alienados que estão a peregrinar por esse vale de lágrimas. Enfim, quando nos declararmos críticos, imaginamos ser pessoinhas especiais, mui especiais, ao mesmo tempo em que nos fechamos, de modo similar ao Smeagol, na mais abjeta alienação. Fecha parêntese.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Voltemos então para a encrenca. A questão não é sabermos, num primeiro momento, se os valores e ideias que dizemos serem nossos, são bons ou ruins. Esse já seria outro estágio. O que sugerimos é que procuremos saber se isso que dizemos ser tão nosso, de fato, o é.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Para tanto, indicamos um exercício bem simples, mas que, como tudo o que é simples, para ser eficaz, deve ser feito com uma profunda sinceridade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">É assim: primeiro pense em alguma ideia ou valor que você considera ser seu, todo seu, somente seu. Sei lá, pense naquilo que você pensa a respeito do aborto, ideologia de gênero, comunismo, neoliberalismo, Lula, Bolsonaro, ou qualquer outra coisa desse naipe.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Pensou? Muito bem. Bom garoto. Agora se pergunte o seguinte: (i) esse trambolho que dizemos ser nosso, todinho nosso, quando o adquirimos? (ii) Através do que, ou de quem, nós tivemos acesso a essa ideia ou opinião? (iii) Como, de que maneira esse trem chegou até nossos miolos?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Pois é meu caro Barnabé! Quando mais complexa e ramificada for a resposta, quanto maior for o número de referências que apresentarmos a nós mesmos para indicar donde veio isso que chamamos de nosso, mais, de fato, isso nos pertence porque nós realmente sabemos o que é, de onde veio e como chegou até nós. Simples assim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Agora, repito, agora, quanto mais superficial for a nossa resposta a essas simplórias perguntinhas, menos isso nos pertence, mesmo que insistamos, batendo o pezinho, dizendo o contrário, pelo simples fato de que não sabemos claramente do que estamos falando, nem de onde isso veio e como isso acabou chegando até nossa moringa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Sim, eu sei que iremos dizer que pensamos essa ou aquela coisa “genial” com nossa própria cumbuca e por conta própria, mas, o que é incrível nessas mentes demiúrgicas e autossuficientes é que esse trem supostamente pensado em primeira mão por elas é, em regra, igualzinho a tudo o que é dito e pensado por todo mundo e, inclusive, que é repetido e martelado sem parar pela famigerada grande mídia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Pois é, pois é, pois é. Eis aí toda a vacuidade daquilo que chamam aqui e acolá de criticidade. Apenas um conjunto de palavras vazias, de crenças e crendices furibundas, bravejadas por almas ocas imersas em multidões que imaginam que sua frivolidade seja alguma espécie de distinção ética ou algo próximo disso.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Fim. Hora do café.</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Obs.: Tá aí, nosso canal no youtube:</span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">http://www.youtube.com/dartagnanzanela/</span></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-72962866864740534502018-03-04T20:21:00.002-03:002018-03-10T15:33:11.600-03:00UM JOVEM ENTRE DOIS LIVROS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1TfnFEpygQVL51KSRbG0Y8SSRTkZDIiUJyw6eQr_eW-veqd4HOszX0wH8FXuyVdkaQbRqv7DOcJohBzVhj6W-k8CPXyfNjdc6t-ImJlXv8MQz_SHqelAc5I29KikKJY362itdbL3yvc4/s1600/lewis.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="923" data-original-width="1400" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1TfnFEpygQVL51KSRbG0Y8SSRTkZDIiUJyw6eQr_eW-veqd4HOszX0wH8FXuyVdkaQbRqv7DOcJohBzVhj6W-k8CPXyfNjdc6t-ImJlXv8MQz_SHqelAc5I29KikKJY362itdbL3yvc4/s320/lewis.jpg" width="320" /></a></div>
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<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: georgia, "times new roman", serif; font-size: large; text-align: left;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></div>
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<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Uma vez ou outra, um e outro jovem - às vezes nem tão jovem assim - acaba vindo até mim para, acreditem, pedir alguma espécie de orientação existencial pra esse caipira desorientado. Tadinhos deles. Tadinhos mesmo. Eles, definitivamente, não sabem o que fazem.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Mas, fazer o que, não é mesmo? Já que o pedido é feito, com o reluzir do desespero em torno das meninas dos zóios, creio que devemos procurar, dentro de nossas limitações, socorrer e acolher quem procura um candeeiro para alumiar o seu peregrinar por esse mundão de Deus.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Quando esses jovens me procuram, eles sempre pedem a indicação de um livro que os auxilie a matutar e, consequentemente, compreender melhor os seus dilemas. Uns são bem cabeludos. Outros, nem tanto. Mas todos, sem exceção, dilemas dignos de atenção.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Em regra, chegam sempre meio acanhados, de mansinho, sem saber por onde começar. Ouço-os atentamente e, após eles tentarem falar sobre o que estão procurando, pergunto, na lata e sem piscar: você está com uma crise de fé? E, melancolicamente, eles sempre respondem: “Sim. É isso mesmo professor”.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Após isso, em muitos casos, acaba emergindo no rosto deles certa confiança que os leva a desabafar e a fazer uma penca de perguntas. Algumas, de fato, muito boas. Outras tantas acabam sendo apenas o reflexo duma profunda desorientação gerada pelo cenário contemporâneo. Cenário esse tomado por um rasteiro hedonismo em misto com um materialismo vulgar que, de maneira indesejável, acaba enchendo a cabeça de qualquer um com um monte de minhocas.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Tal cenário, ao seu modo, é fomentado pelas instituições de ensino com sua criticidade oca, pela grande mídia com sua vulgaridade progressista e por aqueles que se apresentam como autoridades espirituais, ou como algo similar a isso, com suas lições de moral esvaziadas de sentido e profundidade.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Bem, mas essas pontas soltas ficam para outra ocasião, quem sabe para outra escrevinhação. O que vem ao caso, nesses turvos traços, é o pedido, quase desesperado, por uma leitura que nos ajude a sair da cova da desesperança modernosa. Um livro que, de fato, seja capaz de nos falar algo ao coração. Algo que valha. Livros esses que, sem grandes pretensões, aqui partilho se, por ventura, estamos também tomados, em algum nível, pela corrosão advinda das dúvidas existenciais geradas por uma possível crise de fé, de modo similar à vivida pelos jovens que algumas vezes me procuram.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">O primeiro, que sempre recomendo, é da pena de C. S. Lewis. “CRISTIANISMO PURO E SIMPLES” é o nome da obra. Nesta encontramos uma série de conferências radiofônicas que foram proferidas pelo autor na rádio BBC de Londres durante a Segunda Guerra Mundial. Conferências cujas palavras nos guiam, serenamente, das sobras do vazio até a luz que nos é apresentada por Cristo, o Verbo divino encarnado.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Lembro-me até hoje que, um desses jovens, tempos depois, voltou até mim dizendo que gostou muito do livro, que a leitura o ajudou pra caramba e que, segundo ele: “o que foi mais legal professor é que a gente realmente entende o que o autor está dizendo”.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Batata! É isso mesmo.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">O segundo é um psicólogo judeu. Victor Emil Frankl é seu nome. Homem esse que amargou alguns anos no campo de concentração de Auschwitz e, da experiência extrema que ele viveu, brotou, do seu tinteiro, uma extensa obra, mas nada foi tão profundo e sincero quanto o livro “EM BUSCA DE SENTIDO”.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Nesse, o referido autor, nos lembra o óbvio ululante. De que um homem que não tem um “por que viver” acaba não suportando nenhum “como se vive”.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Sobre esse livro, certa feita, uma jovem, que estava lendo-o, confidenciou-me: “Nossa! Esse livro faz a gente ver a vida com outros olhos”.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">De fato, é bem desse jeito.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Enfim, poderíamos aqui tecer um punhadinho de comentários sobre essas duas obras e a respeito da vida dos dois autores, mas, penso eu, creio que não seria apropriado nesse momento.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Também poderia colocar junto com esses dois títulos mais um punhado de obras, porém, fazer isso, me pareceria algo inapropriado. Além de contraproducente seria apenas uma forma vil de me ametidar. E não é essa a intenção.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">O propósito é ajudar quem deseja ser ajudado. Mostrar uma, duas lamparinas para quem procura um pouco de luz para encontrar o seu rumo num bom prumo. Só isso. Ponto.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">Ah! E não se esqueça: toda leitura fica muito melhor e mais profícua quando acompanhada dum lápis, dum bloco de notas e duma boa xícara de café.</span><br />
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: georgia, times new roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-73522362441541634402018-02-24T18:08:00.001-03:002018-03-10T15:36:24.313-03:00A PALAVRA EMUDECIDA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCukm5PzCYEgclzbHUbwwKhzgDvINxuI1budpmflrwqmuvx4oCtf_wKZT23tykhg5JjBNQnc5wvrwmIxHvDVVi3Dl56wfdhIPz0V9uPbXwj_XI3JFjpbLsj8zkMUBnRmBdFxM3fp9imWU/s1600/aldous.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="303" data-original-width="483" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCukm5PzCYEgclzbHUbwwKhzgDvINxuI1budpmflrwqmuvx4oCtf_wKZT23tykhg5JjBNQnc5wvrwmIxHvDVVi3Dl56wfdhIPz0V9uPbXwj_XI3JFjpbLsj8zkMUBnRmBdFxM3fp9imWU/s400/aldous.jpg" width="400" /></a></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="line-height: 200%;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">Por Dartagnan da Silva Zanela (*)</span></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">A FELICIDADE, PARA MUITAS ALMAS, sejam elas sebosas ou não, é realizável tão somente com um pequeno quinhão oco, sem valor e sem sentido, para, na miséria íntima de seu ser, poder degustá-lo, regurgitá-lo, e depois de vomitá-lo, mais uma vez degustá-lo gulosamente para assim saciar a sua insignificância fundamental que, dia após dia, reduz a sua pouca humanidade a um amontoado de mesquinharias que ela, a pobre alma, diante dum espelho chama de realização, tamanha a sua pobreza de espírito.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(ii)</b></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">UM DOS GRANDES PROBLEMAS DO SER HUMANO - de alguns mais do que de outros - é colocar como meta fundamental de nossa vida a conquista duma ninharia sem sentido e sem um valor humanamente, como direi, desejável. Para muitos, qualquer ninharia basta para sentir-se algo, pouco importando se esse algo irá nos distanciar cada vez mais de, um dia, virmos a ser alguém, pois, muitas vezes, não levamos em consideração que porcarias momentâneas, tão queridas por nossa pequenez, possam vir a nos custar a ventura de nossa alma imortal.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>(iii)</b></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">O SIMPLES FATO DE MUITÍSSIMAS pessoas não saberem a diferença que há entre um debate, uma discussão, uma treta e uma conversa, apenas atesta que estamos cada vez mais próximos da barbárie.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">(*) Apenas um caipira bebedor de café.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7670869455496003438.post-7537896475590827922018-02-23T11:09:00.001-03:002018-02-23T11:09:10.500-03:00[podcast] AULA EM RETALHOS - ESCOLA COM OU SEM PARTIDO? EIS A QUESTÃO...<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: large;">[EPISÓDIO - 04] AULA EM RETALHOS é um quatro, sem nenhuma forma de edição, onde apresentamos brevíssimas aulas sobre algum tema. Assunto esse sugerido por um aluno, por um amigo, ou simplesmente porque nos deu vontade de falar algo a respeito. Ponto. É isso.</span><br />
<br />
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