Se uma pessoa deseja realmente crescer interiormente ela deverá ser capaz de suportar a solidão, digo, deverá ser capaz de conviver com a solidão. Não apenas frente à companhia da solidão física, mas também e principalmente de conviver com a solidão moral. Sobre esse ponto, o filósofo B. Pascal ensina-nos já de longa data que a felicidade de um homem pode ser mensurada pela sua (in)capacidade de confraternizar-se com a solidão. Doravante, apesar de minhas rusgas com F. Nietzsche, não temos como discordar dele quando diz que há apenas duas escolhas no quesito solidão: quando nela, nos devoramos; quando nos entregamos a multidão, ela nos devora. Tudo não passaria de uma questão de escolha. Bem, a segunda situação por si só nos degenera. Todavia, se formos capazes de fazermo-nos solitários, mesmo em meio a turba moderna, estaremos temperando o aço de nossa alma na mais eficaz das forjas, como nos ensina J. Goethe quando afirma que: “O talento educa-se na calma; o caráter, no tumulto da vida”. Finalizando: trabalhar o desenvolvimento do isolamento interior é o ponto chave para obtermos a medida de equilíbrio em nossa formação se realmente desejamos ser senhores dela.
Dartagnan da silva Zanela,
em 16 de janeiro de 2010.
em 16 de janeiro de 2010.
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