Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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PENSAMENTOS SOLTOS

 Por Dartagnan da Silva Zanela

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1. 
Uma das coisas mais mesquinhas que pode haver é um grupo de indivíduos que arroga o monopólio da virtude, da bondade e da grandeza. Em regra, quanto esses tipos aparecem e se manifestam através de seu palavrório sobre a suposta onipresença de sua magnanimidade, esses o fazem para melhor encobrir a mesquinhez de seus atos e a soberba de suas intenções. Indivíduos que sempre se vêem e se apresentam como sendo infalivelmente boas são justamente os sujeitos invariavelmente maus, incapazes de reconhecer as nuanças que existem entre luz e trevas. Por isso, sempre se colocam acima e além do bem e do mal, como uma espécie de deidade sombria que realiza toda ordem de baixeza em nome duma benevolência que inexiste em seu coração e em suas intenções.

2. 
O Brasil está cheio de pessoas que nutrem quase que uma fé religiosa em torno do socialismo, uma esperança secular de que a realização dos ditames dessa ideologia traria a plenitude da justiça e implantaria uma espécie de paraíso terrestre nestas plagas. O sentimento, o anseio por justiça é justo, haja vista que vivemos, sim, num mundo afogado em injustiças e num país onde não se vê num horizonte próximo uma sincera vontade de minimizá-las. Porém, o socialismo, em qualquer de seus tons e matizes, está léguas de distância de ser um instrumento razoável para realizar esses justos anseios que pulsam no coração de muitos brasileiros.

Vale lembrar que onde essa ideologia imperou, onde ela impera como razão de Estado e princípio teleológico da organização da sociedade, a única coisa que foi distribuída com relativa justeza, foi miséria, medo, terror, opressão, brutalidade e desespero. Em alguns casos, isso ocorreu de forma rápida e abrupta. Noutros tantos de maneira gradativa e anestésica. Bem, num ou noutro caso, o resultado é um só: a negação das promessas benfazejas anunciadas com a elevação e a ampliação das injustiças que dizia-se querer abolir.

3.
Um dos grandes méritos do sistema democrático é a alternância entre os grupos políticos no poder. Tal alternância protege os cidadãos comuns contra a perpetuação de possíveis abusos, renova o fôlego das instituições e defende os próprios grupos políticos das tentações que são inerentes ao exercício do poder.

Quando um grupo não mede esforços e nem considera os meios para se perpetuar no poder, das duas uma: ou eles foram envenenados pela sua longa permanência no exercício do mando, ou o referido exercício apenas revelou a sua verdadeira face totalitária que se ocultava debaixo duma furibunda máscara democrática.

4.
Veja bem, a humildade nem sempre nos salva do inferno, porém, ela sempre nos salva do ridículo. E, neste pleito eleitoral, em seu primeiro turno, não foram poucas as condenações ao ridículo pela falta dum pouco que fosse dessa singela virtude e, ao que tudo indica, o ridículo não será economizado nessa segunda fase.

5. 
O primeiro mandamento do Decálogo reza: “Amarás o Senhor teu Deus acima de todas as coisas”. E o Verbo divino encarnado complementa: “e a teu próximo como a ti mesmo”. Porém, os militantes esquerdistas, com duas mãos canhotas, revisaram e, no entender deles, melhoraram o referido preceito. Segundo eles, deve-se lê-lo assim: companheiro! Idolatrará o Partido acima de todas as coisas, instituições e disposições legais e somente amará o teu próximo se ele também for do partido, viver pelo partido e para o partido.

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