Por
Dartagnan da Silva Zanela (*)
(1)
Esquecer-se
de si para conhecer-se a si mesmo. Isso mesmo. Se estivermos preocupados em
demasia com a nossa suposta fofura moral e intelectual, se pensarmos demais em
nós mesmo, não conheceremos a medida que nos é indicada pela inscrição dos
umbrais do Oráculo de Delfos; que nos é ensinada pelo Verbo divino encarnado.
Não
é por acaso que nosso sistema educacional está no chinelo. Não é acaso mesmo.
Um
sistema que concentra tantos e tantos esforços para massagear egos infantis,
mimando-os criticamente para que se tornem cidadãos presunçosos de suas
inexistentes virtudes não é capaz de gerar um homem por inteiro.
Do
jeitão que o trem educacional está, o resultado não poderia ser outro: a
formação de indivíduos que imaginam que tudo, tudo, tudo, existe para servi-los
e que seria uma profunda injustiça social se seus caprichos não fossem
atendidos. É dessa alcova que vem todos os clamores irados das alminhas
levianas que acreditam ser a vanguarda dos delírios utópicos de um mundo melhor
possível.
Resumindo:
é isso que estamos gerando com uma educação com parâmetros tão disparatados.
Não
é à toa que os mancebos estão no estado em que se encontram; eles estão sendo
ensinados a viverem ferrenhamente agarrados as suas paixões mais rasteiras que,
gostemos ou não, apenas os distanciam da verdade sobre si e sobre a vida e, sem
o aprendizado disso, dessas verdades, a palavra educação não passa de um lugar
comum sem sentido algum.
Sem
elas, dificilmente ela tornar-se-á uma realidade.
(2)
Sabe
o Lula, o homem que certa feita havia dito não ter pecado algum; que afirmou,
recentemente, não existir uma viva alma mais honesta do que ele? Pois é, pra
qualquer pessoa minimamente razoável, tais declarações saltam a vista pelo
tamanho do ridículo diabólico, pouco importando quem fosse o autor dos
disparates.
Todavia,
o que para qualquer indivíduo seria um fato digno de chacota ou lamento, para
um membro da agremiação que tem esse senhor como símbolo fundante, é uma
“verdade” incontestável que Inácio da Silva seja portador de tão excelsa
figura. Em especial para a raia miúda desse time político-ideológico.
Alguns,
quando ouvem esse biltre falar, ficam sinceramente emocionados. Seus olhos
vertem lágrimas de regozijo e, ao som de sua voz, colocando-se em êxtase, com
uma bandeirinha do PT – autografado pelo Lula – em mãos só para ouvir o supremo
comandante discursar.
Pode
ter certeza que para os membros dessa igrejinha vermelha do Butantã, esses
gracejos feitos contra a imagem da persona do molusco Mor doem profundamente na
alma porque pra eles, o Lula realmente é um troço imaculado, ou coisa do
gênero.
Tal
culto deveria escandalizar a todos. Deveria, mas como a regra geral em nosso
país é tratar todo e qualquer absurdo como algo normal, o trem continuará
rumando para o brejo, levando consigo todo o futuro da nação.
(3)
Nem
toda cultura é tolerável. No desprezo dessa pedra angular reside todo o absurdo
fundante do culto da diversidade que apregoa o nefando relativismo moral.
Toda
e qualquer diversidade só é legítima quando a sua finalidade é edificante. Por
exemplo: a diversidade do tamanho dos dedos de uma mão é legítima porque tal
diversidade atente a finalidade ontológica da mão: manusear objetos.
Muito
bem, agora, qual é a finalidade da diversidade tão celebrada pela
contemporaneidade e fomentada pelas Potestades Estatais? Destruir o bom senso e perverter tudo o que é
digno e bom para mais facilmente subjugar mentes e corações.
(*)
professor
e-mail:
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