Por Gustavo Nogy
IMAGENS MACABRAS como essa podem ser instrumento do bem, se compreendidas. Ofendem, escandalizam, agridem, mas – sobretudo – educam. Já há algum tempo que a única ocupação de muita gente, no país, consiste em protestar contra certo ‘estado de coisas’: político, cultural, ético, religioso.
Criminosos ou simplesmente idiotas, os manifestantes – bárbaros redivivos – passaram a fazer parte do cenário urbano. Contamos com eles todos os dias, todas as semanas, a partir das 18h. Exigem tudo: de tarifas grátis a casamento gay; do fim da corrupção política ao fim da Igreja Católica; ora exigem mais estado, ora exigem estado nenhum.
Todos diferentes entre si e, a um só tempo, todos rigorosamente semelhantes. Como títeres demoníacos, só lhes interessa destruir, vandalizar, incendiar, profanar. É evidente aos olhos de quem não seja mau caráter ou irreparavelmente burro que a intenção desses grupos não é aquela declarada em amistosas entrevistas.
Ateus militantes, gays e feministas radicais não querem o reconhecimento jurídico de sua condição, nem mesmo proteção às liberdades de expressão e consciência. Eles querem destruir uma civilização e colocar outra coisa qualquer no lugar.
Imagens como essa servem como exemplo e como lembrete. Não se pode debater com monstros assim. Não se pode capitular, não se pode transigir, não se pode aceitar que a bestialidade satânica de canalhas como esses, miseráveis, almas deformadas cuja única vocação na vida parece ser a de exibir suas sordidezes em praça pública, seja considerada meio legítimo de atividade política. Definitivamente, não. Eles sabem o quão simbolicamente violento foi o ato. Eles sabiam que aquilo não seria entendido como 'arte', mas como a afronta que de fato foi.
Eles não são adversários intelectuais. Eles não são atores numa discussão pública racional. Eles não são agentes mais radicais dentro de outros tantos movimentos pacíficos e razoáveis. Eles são a conseqüência lógica desse ativismo.
Eu lhes agradeço do fundo da alma pelo favor que me fazem. Gosto de saber quem são meus inimigos, e eu nunca tive tanta certeza disso. Muito prazer, senhoras e senhores: sou seu mais fiel inimigo. Contem sempre comigo. [continue lendo]
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