Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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COISA DE GENTE AMORNADA

Escrevinhação n. 1116, redigida no dia 23 de abril de 2014, dia de São Julião e São João Batista de Rossi.

Por Dartagnan da Silva Zanela



Tenho um sincero horror a todo e qualquer tipo de catolicão. Esse tipo de católico, segundo Agripino Grieco, é aquele que quando morre fica muito impressionado por descobrir que Deus existe.

Muitos são os sinais que evidenciam o quão catolicão são certos católicos. Todavia, me restringirei, nesta parva missiva, a apenas um: a aversão insincera para com devoções da récita do Santo Rosário.

Como todo catolicão, essas figuras olham com um desdém olímpico para essa mariana devoção, declarando que não entendem como muitos podem ficar repetindo uma mesma prece por tanto tempo. Eles creem que estão muito acima disso e que, por essa razão, lhes bastaria uma mera jaculação, “bem feita”, que já seria superior a, por exemplo, mil Ave Marias recitadas sem zelo, segundo eles.

Ora, carambolas, perguntaria a essas cândidas alminhas o seguinte: há algum santo que se santificou com essa ideiazinha de vidinha espiritualzinha de mísera oraçãozinha que eles advogam? Outra coisa: desde que foi revelado para São Domingos de Gusmão há algum santo que recriminou a fiel récita do Rosário? Aliás, por que a Virgem Santíssima, em todas as suas aparições, pede tão insistentemente a récita justamente dessa oração?

Pois é, vai ver que a Virgem Santíssima e todos os santos se esqueceram de ouvir os sapientes conselhos dessa gente tão obscuramente iluminada. Aliás, contrariando esses sabichões diplomados, a Virgem Santíssima, em suas aparições em Montechiari, Itália, com o título de Nossa Senhora da Rosa Mística, chorou e pediu aos fiéis: oração, sacrifício e penitência para salvar o mundo, conforme revelado no dia 24 de outubro de 1984, ao padre Gobbi. Ela pediu mil Ave Marias.

Pois é, porque será que Nossa Senhora não deu e não dá ouvidos aos catolicãos ilustrados? Imagino eu que ela deva ter lá as suas razões.

Os ilustrados catolicãos nunca pararam pra pensar que o fato deles resistirem tanto à prática dessa devoção, por considerarem repetitiva, acaba entregando-os, desarmados, à repetição mecânica de todas as idéias e cacoetes que nos são repetidos e infundidos diuturnamente através da televisão e demais meios de comunicação, estejamos cientes ou não disso.

Por fim, será que os catolicãos pararam alguma vez para pensar nisso? Sei não, mas confesso: acho, sinceramente, que deviam fazê-lo e rever, urgentemente, a sua falta de convicção e excessiva preguiça espiritual para aquecer devidamente sua morna fé.

Pax et bonum
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