Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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FRAGMENTOS DOUTRO DIÁRIO

Escrevinhação n. 1117, redigida no dia 26 de maio de 2014, dia de São Felipe Néri.

Por Dartagnan da Silva Zanela

1. 
Há, nos dias atuais, o desenrolar duma grande batalha moral. O problema é que, justamente, a parte mais interessada no desfecho desse conflito encontra-se apática, desinformada, acuada e pretende continuar nesta condição por tempo indeterminado.

Dia após dia, nossos legisladores, investidos do estratégico papel de agentes de mudança social, juntamente com uma plêiade doutros profissionais que se prestam a esse depravado papel, estão criando e cimentando regras que tratam o ser humano como um objeto de porcelana sob a áurea justificativa de estar garantido a liberdade de todos.

Por isso, ouso indagar, cá com meus botões: será que não ocorreu a essas iluminadas mentes que o efeito dessas leis protetivas, em longo médio e longo prazo, será justamente o inverso do que elas prometem realizar? Quanto mais leis protetivas são instituídas, maior se torna o poder do Estado sobre a sociedade ao mesmo tempo em que se diminui o poder das instituições intermediárias entre ambas.

Trocando por miúdos: não haverá mais, em médio prazo, o intermédio, entre o indivíduo e Estado, da família, da religião e tutti quanti. Restará apenas o indivíduo à mercê do Estado. E quando isso realizar-se plenamente ficará, no ar, a velha pergunta: e agora... Quem poderá nos defender? Ninguém. Nem mesmo o Chapolin Colorado.

2.
  Muitos podem ser os indicadores para avaliarmos o quão civilizada é [ou não é] uma sociedade. Desses muitos, atinemos nossa atenção para apenas dois: (i) a forma como os indivíduos comportam-se numa biblioteca e (ii) os modos das pessoas na audiência duma apresentação ou mesmo duma preleção.

Numa e noutra requer-se basicamente uma postura: silêncio. Se lhe for desinteressante a fala ou os livros, esses podem ser objeto do interesse doutros. Por isso, uma postura taciturna é de bom alvitre.

Sei que o dito acima é óbvio, mas o óbvio muitas das vezes deve ser lembrado. Biblioteca é um local de estudo, por isso, a honorabilidade desse espaço exige dos seus frequentadores um respeitoso silêncio. Um anfiteatro, instalado ou improvisado, é um local para audiência passiva que pode ser seguida da inferência de perguntas sobre o objeto da prelação realizada e, por isso mesmo, faz-se necessário um decoroso silêncio.

Qualquer manifestação fora disso não passará de barbárie indisfarçada. Ou, se preferirem: falta de educação mesmo.

Pax et bonum
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