Por Carlos Ramalhete
A palavra “natural”, no discurso político-social de hoje em dia, parece ter tantos sentidos quantos são os falantes. Para os ambientalistas, é “natural” o que não tem aditivos manufaturados, como uma fruta sem pesticida. Para os naturalistas, é “natural” o que pode ocorrer sem coerção, como o incesto entre os cachorros.
No sentido aristotélico do termo, contudo, introduzido no discurso político sem que se perceba muito bem do que se trata, “natural” é aquilo que leva algo à perfeição de sua natureza. Assim, é natural ao homem casar-se e ter filhos, mas não é natural matá-los, ainda que haja quem o faça sem ser coagido. Tampouco, evidentemente, é natural confundir o sistema digestivo com o reprodutivo. [continue lendo]
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