Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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MEROS RESPINGOS DE TINTA – parte III

Escrevinhação n. 1042, redigida entre os dias 01 de setembro de 2013, dia de Santa Beatriz e Santo Egídio, e 07 de setembro de 2013, dia do Beato Vicente de Santo Antônio.

Por Dartagnan da Silva Zanela

1. Estamos em setembro, o mês da Bíblia. Tempo em que devemos meditar profundamente, não sobre as pias palavras da Sagrada Escritura, visto que, devemos fazer isso todo santo dia, mas sim, sobre a maneira que estamos lendo e meditando os ensinamentos das Letras santas e como vivemos os seus ensinos. Outra coisa: um livro qualquer até pode ser lido de maneira leviana, mas a Bíblia, não é uma obra qualquer. É a palavra de Deus e deve ser lida e meditada com a reverência que é devida ao seu Divino autor e não ser medida e julgada de acordo com a soberba pequenez do leitor.

2. Todo drama terreno tem uma dimensão celestial. A trama dos fatos que se entrecruzam no correr duma vida vivida em meio a encontros e desencontros ecoa pela eternidade. Só não vê quem não quer. É, muitos recusam-se a ver tal realidade. Esses interpretam os dramas pessoais meramente como um fragmento contingente, social e animal. Entretanto, tal raciocínio não nos auxilia significativamente para podermos crescer em dignidade e verdade, aja vista que tal intento interpretativo amputa o que há de mais humano, em cada um de nós, que é o senso de eternidade. Um dado simples, sim, mas não simplista. Simplismo na verdade são todas essas concepções que reduzem o ser humano a um reles esquematismo obscuro que nega o mistério luminoso da imortalidade da alma e, deste modo, aprisiona o indivíduo na surreal soberba de sua subjetividade egolátrica e cientificista.

3. Sabe como funciona a pseudo-ciência daqueles que dizem apenas crer naquilo que a ciência “prova” e “comprova”? É bem simples: primeiro é de fundamental importância não saber o que é uma ciência, para não ter conflitos internos com sua crença cientificista. Segundo: excluir tudo aquilo que foge da sua (in)capacidade de compreensão, declarando que são “irrelevantes” em termos científicos (entendeu a importância do primeiro ponto?). Deste modo, o sujeito pode reduzir toda a complexidade, mistério e beleza da realidade ao seu primário esquematismo mental que lhe permite, no alto de sua douta estultice, elevar sua ignorância ao estatuto de ciência primeira (sem saber o que é isso também). Sim, sei que isso é demência pura, como também sei que o espécime em questão não é nem um pouquinho raro e, por isso, está bem longe de estar ameaçado de extinção.

4. Heróis! O Brasil muito carece deles. Tanto carece que caricaturas bocós tomam o seu posto e fazem um porco serviço em seu lugar. Heróis não procuram mídia, não aterrorizam inocentes em nome duma hipotética justiça social e muito menos em nome dum virtual mundo melhor possível. Heróis são silenciosos e fazem do auto-sacrifício o instrumento de sua peleja, o que é bem distinto deste espetáculo patético  encenado nas ruas e vielas brasileiras onde zumbis de mentalidade revolucionária e pensamento crítico (e põem crítico nisso) fazem um carnaval dantesco imaginando estar mudando a história rumo a queda dos donos do poder ao mesmo tempo em que estão fazendo tudinho o que as autoridades palacianas querem que eles façam para que possam manter e ampliar o projeto rubro reinante. Patético! Simplesmente patético nossos zumbis com seu [depre]cívico intrudo setembrino.

Pax et bonum
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