Escrevinhação n. 1050, redigida entre os dias 26 de setembro de 2013, dia de São Cosme e São Damião, e 29 de setembro de 2013, dia dos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.
Por Dartagnan da Silva Zanela
1. Leia essas palavras com grave atenção e medite-as com a devida serenidade meu caro. Elas são da lavra do filósofo Olavo de Carvalho, o qual nos diz: “Preparem-se. Nos próximos anos a desordem do mundo atingirá o patamar da alucinação permanente e por toda parte a mentira e a insanidade reinarão sem freios. Não digo isso em função de nenhuma profecia, mas porque estudei os planos dos três impérios globais e sei que nenhum deles tem o mais mínimo respeito pela estrutura da realidade. Cada um está possuído pelo que Eric Voegelin chamava 'fé metastática', a crença louca numa súbita transformação salvadora que libertará a humanidade de tudo o que constitui a lógica mesma da condição terrestre. Na guerra ou na paz, disputando até à morte ou conciliando-se num acordo macabro, cada um prometerá o impossível e estreitará cada vez mais a margem do possível. A Igreja Católica é a única força que poderia, no meio disso, restaurar o mínimo de equilíbrio e sanidade, mas, conduzida por prelados insanos, vendidos e traidores, parece mais empenhada em render-se ao espírito do caos e fazer boa figura ante os timoneiros do desastre. No entanto, no fundo da confusão muitas almas serão miraculosamente despertadas para a visão da ordem profunda e abrangente que continua reinando, ignorada do mundo. Muitas consciências despertarão para o fato de que o cenário histórico não tem em si seu próprio princípio ordenador e só faz sentido quando visto na escala da infinitude, do céu e do inferno. Essas criaturas sentirão nascer dentro de si a força ignorada de uma fé sobre-humana e nada as atemorizará”.
2. Quando declaro que sou terminantemente contra o marxismo, sempre aparece um espertinho perguntando, maliciosamente: “então quer dizer que você não enxerga a miséria do mundo? Você é contra o fim das injustiças?” Ora, carambolas! É óbvio que vejo tudo isso, como também vejo que onde mais o marxismo teve suas propostas implantadas mais a miséria cresceu, como nunca se viu na história deste ou daquele país. Aliás, não apenas isso. Além dela, da miséria, nasceu o terror de Estado, multiplicou-se as injustiças nas mais variadas formas e o cinismo diabólico floresceu, cegando os sequazes desta ideologia para a realidade da dignidade da pessoa humana em favor dum coletivismo que reduz o indivíduo a um mero instrumento na realização dum projeto político megalomaníaco. Por fim, não apenas vejo o sofrimento das pessoas. Vejo também que o marxismo não é o remédio para sanar esses males, mas sim, um veneno maldito que apenas termina, lentamente, de matar o paciente, ao mesmo tempo em que o ilude prometendo uma cura que ele jamais poderá oferecer.
3. Penso que dois sentimentos são dignos de cultivo no âmago de nosso coração quando volvemos nossas vistas para o passado: a reverência e a vergonha. Reverência por aqueles que foram capazes de realizar aquilo que somos incapazes de fazer e vergonha daqueles que se tornaram pessoas similares a nós, tanto na mesquinhez dos sonhos como na pequenez das realizações.
Pax et bonum
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