Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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DAS CHAGAS DA ALMA EMBEVECIDA DE SI

Escrevinhação n. 893, redigido em 13 de junho de 2011, dia de Santo Antônio de Pádua.

Por Dartagnan da Silva Zanela

Reconhecemos com uma relativa facilidade os sintomas de uma enfermidade que aflige nossa carne como a anemia, por exemplo. Saltam as nossas vistas os sinais que denunciam essa carência em nosso organismo. Todavia, nossas vistas não são assim tão atentas para as carências que afetam a alma.

A analogia com a anemia faz-se muitíssimo apropriada. Sim, o ferro é de basilar importância para que possamos empreender nossas atividades diuturnas, do mesmo modo que a virtude da sinceridade o é para a sanidade da alma nas tarefas que empreendemos, principalmente as que se fiam pelas veredas do conhecer.

No que tange especificamente na seara do educar, com clareza visualizamos os problemas de ordem material, entretanto, além disso, o que vemos? Isso mesmo, a anemia material do sistema educacional salta à vista, mas pouca atenção volta-se para o mortiço estado que se encontra a alma do educar.

Ora, sejamos sinceros, o que realmente faz-se hoje nas Instituições de Ensino? Realmente educa-se? Não estamos aqui lançando essa indagação simplesmente por lançar, mas sim, convidando o amigo leitor a meditar seriamente sobre o que há para além desta plúmbea névoa que se coloca diante de nossas vistas e entorpece nossa visão sobre os fatos mais elementares desta vereda.

Professores, pais, alunos, não importa, todos estamos imersos neste vicioso circuito e temos que realmente nos perguntar que negócio é esse que hoje chamamos pela alcunha de escola e, sinceramente, dizer se isso realmente vem apresentando os resultados que são esperados.

Isso não é uma questão de reflexão, de acusação, de especulação e muito menos de divagações vazias, mas sim, de depuração de nossa percepção da realidade, de purificação de nossas vistas das ilusões ideológicas, políticas, pseudo-teóricas e emotivas que se sobrepõe as verdades mais patentes sobre a educação e seu atual estado. Devido a essas crostas verbais acabamos por nos distanciar cada vez mais da senda do educar.

A educação encontra-se anêmica de realismo, de clareza de propósito, de sinceridade no coração, tal qual toda a nossa sociedade hodierna e ponto. Se não gostou adoce, mas antes, considere a possibilidade da depuração.

Pax et bonum
http://dartagnanzanela.tk

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