Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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DIRETO DO MUNDO DA LUA – PARTE III

Por Dartagnan da Silva Zanela

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I
Só para constar: consciência não tem cor.

II
Aqueles sujeitinhos que não tiram a palavra conscientização da boca são, dum modo geral, indivíduos alienados de si e, por isso mesmo, imaginam que o mundo deveria ser tal qual o seu umbigo. E isso é toda sua consciência crítica. Bem crítica (Obs.: eles adoram essa palavra também).

III
José Bonifácio adverte: "os que não têm medo comandam os que têm". É simples assim.

VI
Não acredito que as pessoas devam tomar consciência disso ou daquilo porque essa conversa de conscientização é pra lá de cafona. Coisa de militonto com duas mãos esquerdas. O que é necessário é simplesmente que as pessoas queiram informar-se, movidas por uma brutal e sincera vontade de conhecer a verdade. Aliás, os militontos que tanto gostam de fazer pose de gente consciente e esclarecida poderiam, uma vez ou outra, realmente procurar conhecer os fatos sem mutilá-los para melhor enquadrá-los em seu tateante mundinho ideológico. Poderiam, quem sabe um dia, permitir que os fatos se manifestem e se apresentem aos seus olhos como eles são, sem procurar subterfúgios para justificá-los e pervertê-los para o conforto de sua consciência crítica.

VII
O Brasil cai 20 posições no ranking de infraestrutura. Vejam só! Mais uma conquista petista para atravancar a nação rumo ao "pugresso"! Uma conquista inédita! Um feito técnico e administrativo como nunca se viu antes na história desse país. E você fica falando mal da presente(a) de nosso finado país. Como pode uma coisa dessa? Como pode? Isso é muito feio, muito feio, cidadão malvado...

VIII
Todo indivíduo que acredita que a militância política em prol duma ideologia totalitária seja uma espécie de missão salvífica sofre do que poderíamos chamar de complexo de Rousseau. Tal qual o filosofante de Genebra, essa gente julga-se ser a encarnação rediviva duma utopia totalitária, do homem novo.

E por agirem desse modo acabam por tornar-se um tipo peculiar de misantropo. Essas enfermas almas acreditam, candidamente, que são almas puras, que estão acima do bem e do mal simplesmente porque professam a crença na infalibilidade e na inevitabilidade do socialismo.

Ou seja: essa gente, crítica e consciente, como eles gostam de se autodenominar, se acha profundamente virtuosa por nutrir todas as suas esperanças nessa crença secular e, em vista disso, acaba transferindo o pecado, as falhas humanas, para os outros. Sejam esses outros um grupo de pessoas ou uma mera fantasmagoria abstrata (o sistema, o imperialismo, ou coisa do gênero). O importante é que a culpa seja sempre dos outros, nunca dos imaculados rubros.

Por fim, todo o sujeito que sofre do complexo de Rousseau, acaba afundando-se num inconfesso ressentimento em relação a tudo e a todos e afogando-se num ódio indisfarçável ao ser humano, mesmo que procure dissimular esse ódio com infindáveis declarações de amor pela humanidade.

IX
A galera muito crítica e consciente de tudo tem consigo uma regra áurea que seria mais ou menos assim: a verdade só é legítima se estiver de acordo com as suas convicções ideológicas e a sinceridade só é crível se massagear suavemente o seu ego ideologicamente deformado. Ponto. É simples assim.

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