Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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República Socialista do Brasil

Por Paulo Briguet

Goebbels disse: “Aqui eu decido quem é e quem não é judeu”.

Beria disse: “Aqui eu decido quem é e quem não é inimigo do povo”.

As frases de líderes socialistas históricos estão sendo aplicadas em larga escala no Brasil. Aqui o governo e os movimentos sociais de esquerda decidem quem é negro, quem é racista, quem é gay, quem é pobre, quem é honesto, quem pode ser criticado e quem está acima de qualquer crítica.

Após a prisão dos mensaleiros, foi aberta a temporada de vingança na República Socialista do Brasil. As ações do ministro da Justiça estão aí e não me deixam mentir. Mas isso é apenas o começo, meus sete amigos leitores. Em breve, os dossiês contra os supostos inimigos do povo tendem a se multiplicar. No passado tivemos a ditadura militar; agora temos a ditadura militante.

A maior vítima de ataques racistas hoje no Brasil atende pelo nome de Joaquim Barbosa. Onde estão os militantes que não saem em defesa do ministro chamado de “capitão do mato” e “negro traidor”? Ora, a resposta é muito simples: Joaquim não fez o que a esquerda esperava dele. Quer ser ministro do Supremo, tudo bem. Mas condenar petistas já é demais!

Muito se falou nos últimos dias sobre a escravidão no Brasil. As melhores reflexões sobre essa vergonha nacional foram feitas pelo grande líder abolicionista Joaquim Nabuco. Que tal se no próximo Dia da Consciência Negra discutíssemos a obra de Nabuco nas escolas, nos jornais, nas empresas, nas redes sociais? Se o fizessem, as pessoas descobririam que o movimento abolicionista nasceu na Inglaterra, primeira pátria do capitalismo. Existe uma conexão direta entre a liberdade pessoal e a liberdade de empreender. Comparar o comércio de produtos com o comércio de pessoas, como fazem os militantes contemporâneos, é uma falácia típica de diretório acadêmico.

Nos debates sobre o assunto, o que mais me espanta é o silêncio em torno daquele que foi o maior regime de escravidão em todos os tempos: o comunismo. Nabuco, que morreu em 1910, jamais poderia imaginar que a escravidão voltaria com toda a força nos regimes totalitários criados a partir de 1917. O melhor produto criado pelo socialismo foi o tenebroso automóvel Lada; o pior produto foram 100 milhões de cadáveres.

Para compreender a íntima conexão entre socialismo e escravismo, basta ler Animal Farm, de George Orwell (traduzido no Brasil como A Revolução dos Bichos). É espantosa a similaridade com o que está acontecendo em nosso país. Encerro com uma frase do livro que serve para definir a mentalidade governante: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros”.

Publicado no jornal Gazeta do Povo.

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