Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(i)
Não é de bom alvitre deitar as vistas nas páginas da
história para simplesmente afirmar que tudo o que aconteceu, e que os
protagonistas desses acontecimentos, seria apenas a expressão do que há de pior
na espécie humana.
Fazer isso seria apenas, na melhor das hipóteses, uma forma
soberba de celebrar vaidosamente a nossa mediocridade.
Por isso, no fundo, todo esse trelelê de história crítica
não passa duma reminiscência duma ilação infantil, do tipo: sou bonzinho porque
não sou como o fulaninho.
Enfim, devemos sim, penso eu, voltar nossos olhos para a
história e com humildade e piedade procurar aprender com os erros de antanho e
inspirar-nos nos acertos e, desse modo, crescermos em espírito e verdade e nos tornar,
se possível, dignos, prestativos e bons.
(ii)
Os invejosos são elementos integrantes da glória; indivíduos
que, contrariados, acabam sempre dando seu testemunho fecal sobre as conquistas
dos outros.
(iii)
A nobreza de caráter consiste em não exagerar na descrição
de nossos padecimentos. Ao contrário! Para os indivíduos altivos todo e
qualquer sofrimento é visto como uma oportunidade para levantarmos a cabeça e
olharmos para além da poeira do momento. E, por essas e outras que onde não há
um povo com essa têmpera a democracia não passa de uma assembleia de medíocres
- com almas de geleia - manipulados por escroques e canalhas da pior estirpe.
(iv)
Quando um intelectual, todo cheio de direitos dos manos e
demais tranqueiras paridas pelo marxismo cultural enxovalhar os policiais
militares sem dó ou clemência, lembre-o: esses homens e mulheres, bem ou mal,
com e sem farda, arriscam suas vidas diariamente para, dentro do possível,
fazer valer a segurança de ilustres desconhecidos como eu e você.
(*) Professor, cronista
e bebedor de café.
Nenhum comentário:
Postar um comentário