Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

Pesquisar este blog

ZOEIRA – A FRONTEIRA FINAL

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

O FIM DA ROSCA
São Paulo adverte-nos em uma de suas epístolas sobre o tempo das fábulas; tempo onde a verdade seria proclamada do alto dos telhados e, mesmo assim, não seria ouvida pelos homens.

Séculos mais tarde, o escritor inglês G. K. Chesterton, rediz o que fora apontado pelo Apóstolo dos gentios, porém, com o seu característico jeitão jocoso. Disse ele, mais ou menos assim: que, cedo ou tarde, viveríamos um tempo em que dizer que a grama é verde seria considerado um absurdo, um insulto à inteligência.

Pois é, hoje em dia há pouquíssima margem para dúvidas quanto ao fato de estarmos imersos nessa época, no tempo das fábulas, onde a insanidade politicamente correta considera o anuncio duma obviedade patente um insulto sem precedentes que deveria ser amoldado e reduzido ao nível da mais rasa demência diplomada para que a verdade não mais seja ouvida e compreendida.

UM TREM PRA LÁ DE SÉRIO
A regra é bem simples: um psicopata acaba sempre rodeado por uma multidão de histéricos que idolatram cegamente todas as estripulias exibidas pela personalidade deformada que tanto os fascina, pouco importando a situação ou o contexto em que a encenação psicopática seja apresentada. Sim, sei que o trem é triste, mas é desse jeito e, por isso mesmo, um trem pra lá de sério.

A LETRA QUE MATA
A moralidade, necessariamente, precede a legalidade. Nem tudo que torna-se legalizado, e praticado coletivamente, converte-se em algo moralmente bom. Sempre é bom lembrar que os maiores absurdos ocorridos no século XX foram perpetrados sob a proteção da lei que soberbamente se sobrepôs à moral. Resumidamente: a modernidade não mede esforços e não economiza os subterfúgios para sufocar no corações dos homens a lei natural para substituí-la pela volubilidade legislativa tangida pelas modas ideológicas do momento.

NÃO É DIALÉTICA
A confrontação do significado de duas ou mais palavras encobertas por várias camadas de sentimentalismo afetado não é dialética nem aqui, nem na casa do Saci. Por mais que nos convençamos do contrário, isso não é a dita cuja. Aliás, é bom lembrar que esse tipo de convencimento não passa de idiotice, na melhor das hipóteses.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

Nenhum comentário:

Postar um comentário