Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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PARA OUVIR E SENTIR


Ouvir boa música não é apenas um deleite que podemos vez por outra entregar nossa alma. Acima disso, a audição de boa música é um ato de disciplina, de formação intelectual. Os gregos muito bem sabiam dessa prioridade. Idem os povos tradicionais.

Todavia, no ciclo modernoso em que encontramo-nos imersos, a “música” encontra-se em todos os ambientes, invadindo indiscriminadamente todos os cantos e recantos humanamente (ou não) habitáveis, na mesma proporção que o bom-gosto e a fineza de espírito fogem pela tangente, mediante as esquivas que tão bem nos são impingidas pela poluição que nos é imposta pelo desgosto propiciado pela indústria cultural.

Ou seja, cabe, a cada um de nós, reencontrarmos as pedras de toque que aqueles que nos antecederam recorriam para avaliar a qualidade da música que pode nos alimentar a alma.

Bem, o curioso neste quadro, é que o desdém pela eleição de critérios que separem o ruído da música chega ser absurdo. Tido como um reles luxo de gente esnobe.

Entretanto, é realmente curioso, para não usarmos outro termo, o quanto que as pessoas atualmente se preocupam com o que elas podem ou não comer, o que irá ou não fazer mal a seu corpo.

É, meu caro Watson, o corpinho que fique em forma e a alma que se lasque. Para o corpo, uma seleção refinada e equilibrada, para alma, qualquer coisa vai.

Dartagnan da Silva Zanela,
em 22 de fevereiro de 2011,
dia de Santa Margarida
e da Cátedra de São Pedro.

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