Por
Dartagnan da Silva Zanela (*)
Confesso que sinto-me
desconfortável, até mesmo um pouco apreensivo, toda vez que vejo uma pessoa
ignorando, ou mesmo fazendo pouco caso, das ameaças que são feitas pelos
demagogos esquerdopatas onde eles, os demagogos, lamentam não ter realizado o
que eles mesmo chamam de controle social da mídia que, em português bem claro,
seria uma forma de censura pura e simples.
Que eles, os demagogos do naipe
de Lula e sua trupe, queiram fazer isso, sou franco em dizer, não esperava algo
diferente da parte dessa gente, pois essa é a inclinação essencial da concepção
política advinda da visão totalitária que esses indivíduos tem da realidade e
da natureza humana.
Porém, todavia e, entretanto,
vermos pessoas que não se locupletam com as úberes estatais, vermos cidadãos
comuns que procuram ganhar a vida com o suor do seu rosto acharem que isso
seria algo de pouca monta e que lhes pareceria justificável mediante os
supostos fins propagados e defendidos por tais figuras canhestras é algo que
dificilmente entra na minha moringa.
Aliás, vale lembrar que toda
vez que alguém justifica os meios em nome de algum fim é porque tem uma baita
treta no meio. Até os meus cachorros sabem disso. Até eles. Já as alminhas bem
pensantes não veem nada de errado nisso.
Por fim, parafraseando Étienne de La Boétie, sou franco em dizer que eu consigo entender que um punhado de
demagogos cínicos queiram dominar toda uma nação por meio de mil e uma dissimulações
e vis artimanhas políticas; o que eu não consigo entender é o que leva uma
porção de pessoas histericamente ideologizadas a depositar sobre essas figuras
uma fé cega e tacanha ao ponto deles não se acabrunha nem um pouco em repetir
os slogans de campanha do demagogo mor como se esses bordões ocos fossem a
prova inconteste de seu beneplácito, ao mesmo tempo em que ignoram por completo
a multiplicidade de males perpetrados por ele.
Pois é. E depois o alienado sou
eu.
(*)
Professor, cronista e bebedor de café.
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