Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(i)
Em nossa caminhada pela noite escura da alma devemos sempre
nos lembrar que a luz que irá nos guiar para fora dela não está a nossa espera
no raiar de um utópico dia incerto, ou no fim de um túnel ideológico qualquer,
como insistem em crer as confusas almas politicamente corretas; ela, a luz,
sempre estará radiante em nosso coração se seus os átrios e ventrículos
estiverem inteiramente voltados para o grande farol da alma que é a Santa Cruz.
(ii)
Nada é mais esquisito, pra não dizer outra coisa, que um
sujeito imaginar, e acreditar, que tudo o que está acontecendo em nosso país e
em nossa circunvizinhança seja da responsabilidade de todos, de cada um, menos
da dele mesmo.
(iii)
No Brasil se você é um monstro, um crápula, se você não vale
um vintém furado, pode ter certeza de que terá todas as garantias, direitos e
regalias, inclusive aqueles que ninguém, em sã consciência, seria capaz de
imaginar. Agora, se você é um homem de bem, aqui nessa terra de Botocudos, sem
saber, nem compreender, você será visto como um réu condenado justamente por
aqueles que se apresentam como os porta-voz dos tais direitos humanos que tem a
bandidolatria como um dos seus dogmas pétreos para vilmente sustentar as suas
espúrias e farsescas convicções.
(iv)
Vida de policial, no Brasil, é mais ou menos assim: se ele
der um tiro, se ele usar a sua arma no exercício da sua profissão, poderá ir
pra cana porque a galera dos direitos dos manos vai histericamente se
descabelar por causa disso. Agora, se no cumprimento do seu dever ele não
atirar, vai pro cemitério e aí, a mesma galerinha histérica nada irá falar
porque, no cínico entendimento dessa gente, tudo estará certo. Certíssimo.
(v)
Todo aquele que vê num meliante apenas uma alma mal
compreendida, um desafortunado do sistema ou coisa do gênero, não compreende o
quão perigosa, o quão cínica pode ser a mente dum criminoso, tenha ele
colarinho branco ou não.
(vi)
Infelizmente, os bons-moços que acreditam lutar contra os
efeitos do mal, ignorando a sua presença no coração humano, acabam, sem querer
querendo, fomentando-o ao invés de combatê-lo.
(*) Professor, cronista e
bebedor de café.
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