Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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EMPURRANDO COM A BARRIGA

Por Dartagnan da Silva Zanela


RELATIVISMO É ISSO COMPANHEIRO - Existe uma distância abissal entre o que é o amor e que seria o reles tesão. Quem confunde uma coisa com outra ou gosta de ser usado como objeto, ou deseja apenas usar os outros para satisfação de suas egoísticas fantasias. E mais! Dar pito, com pose postiça de bom-mocinho politicamente-correto, dizendo que essa esbornia é igual, em valor e substância, ao que nos é ensinado na Cruz, é porque não sabe a diferença que há entre um pinico e uma baixela, com seus respectivos conteúdos.

QUASE PROFETA – Carneiro Leão, afirmava, com a melancolia duma voz engasgada, que pobre é a nação onde a mediocridade é a condição sine qua non para integrar, tomar parte, da elite dominante. Penso que ele, quando afirmou isso, estava tendo uma visão profética de nosso pobre e desavergonhado país.

PONTO - O Villa é rápido no gatilho e até engraçadão, mas não é tal, nana nina não. E não adiante espernear nem fazer insinuação porque, no fim das contas, é o Olavo quem tem razão.

A SOLIDÃO DA LIBERDADE - Tomar uma decisão, solitariamente, e arcar com o peso da escolha feita, é algo que pode ser feito apenas por aqueles que procuram a verdade para que Ela dê forma a nossa vida e guie os nossos passos. Pessoas de geléia são incapazes disso.

Dum modo geral, a maioria não procura a liberdade ofertada pela verdade. Na maioria dos casos, elas procuram apenas a segurança, seja ela oferecida por um poder constituído ou pelas massas. As instituições asseguram os nossos devaneios e a turba nos confirma em nossa loucura, dando-nos a sensação de que estamos agindo por conta própria ao mesmo tempo em que atiramos nossa liberdade na privada.

SOBRE O MEDO - Sentir medo é humano. Encará-lo de frente, senti-lo corroer nossas entranhas ao mesmo tempo em que faz estremecer os nossos ossos, é heroico. E isso é o mínimo que é exigido dum ser humano.

Sucumbir diante do medo é apenas uma fraqueza compreensível. Uma faceta tão humana quando o heroísmo. Faz parte de nossa tragicomédia aqui na terra.

Porém, viver com medo, não admitir que esteja sofrendo com suas ferroadas e procurar o consolo ofertado pelo pares, agindo feito rebanho, é covardia indisfarçada pura e simples. O prodígio da banalidade profunda fantasiada de heroísmo circense. A festejada cidadanite.

UM PONTO DE DISCÓRDIA (i) - O estúpido também tem honra. Ao menos ele crê que tem uma para zelar. É bem provável que ignore totalmente o que poderia torná-lo uma pessoa proba. É possível que nem mesmo cogite quais de seus atos sejam honoráveis. E de tão honrado que ele é, que se ofende com qualquer coisa que lhe digam, haja vista que ele imagina que em qualquer mesquinharia sua tal honra encontra garrida. E assim age, porque não tem nenhuma.

UM PONTO DE DISCÓRDIA (ii) - Muitas vezes, o homem honrado silencia frente à injúria, por saber que sua honra encontra-se acima das palavras ímpias que a ele são dirigidas. Já o biltre de carreira não. Para esse espécime qualquer mesquinharia é motivo para escândalo. Basta um olhar atravessado e meia dúzia de palavras deslocadas para ter-se um circo bufo armado.

UM PONTO DE DISCÓRDIA (iii) - Para bem compreender o jogo do poder, é de fundamental importância não interpretá-lo a partir de nossos interesses, sejam eles justos ou não.

Quando procedemos dessa forma, analisamos o cenário a partir de sua complexidade. Do contrário, nos submetemos ao arbítrio dos atores em cena pelo viés de nossa fraqueza e, por isso, ao invés de compreendermos o que está ocorrendo, acabamos por fazer e “entender” o que os senhores do cenário querem que façamos. Nesse casso, queira-se ou não, acabamos agindo como bons peões num tabuleiro de xadrez.

Resumindo: quem vê o jogo de forças apenas através de seus mesquinhos interesses grupais, achando que essa postura é o supra-sumo da criticidade, apenas confessa a sua total mendacidade.

UM PONTO DE DISCÓRDIA (iv) – O idiota paranoico típico é aquele que vê neoliberalismo subjacente a qualquer coisa que o contrarie. Frequentemente o sujeito não sabe o que o contraria, mas se alguém lhe sugerir que isso ou aquilo seja uma prática neoliberal, ele acreditará e sentir-se-á aliviado, pois imaginará que agora estará entendo tudo.


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