Por
Dartagnan da Silva Zanela
E
POR QUE NÃO? - Da mesma forma que, certa feita, Ulisses Guimarães foi
anticandidato a presidência da República, por não reconhecer como legítimo o
processo eleitoral que levou o General Ernesto Geisel à presidência da
República, hoje, mais do que nunca, toda pessoa minimamente decente deveria
portar-se como um anti-cidadão para afrontar essa esbórnia geral que tanto
deforma nossa república e enxovalha a nossa dignidade. Seguir caninamente pelo
catecismo da cidadania vigente, respeitar essa a choldra ignóbil que se apossou
de nossa vida (depre)cívica, é dar-lhe a honorabilidade que apenas é devida a
majestade da democracia.
UM
VELHO E ATUAL CONSELHO – Se você estiver em dúvida quanto ao
que devemos obedecer, se a Lei de Deus ou as leis dos homens, pergunte-se
apenas: qual delas não passará? Qual delas existe para nos guiar para a eternidade? Feito
isso, faça a sua escolha. Escolha que refletirá o tesouro que seu coração ama
verdadeiramente com todas as forças do teu ser.
O
PROFESSOR IGNORADO - Às vezes fico conjuminando cá com meus botões o que o
Bruxo do Cosme Velho escreveria a respeito da sociedade brasileira de hoje, o
que diria sobre essa cloaca pustulenta que se tornou nosso país. Com toda certeza
seria tão cáustico quanto divertido e nos ajudaria, e muito, a vermos com mais
clareza e leveza os dramas hoje vividos por todos nós. E, na falta dum novo
Machado de Assis, deitemos nossas vistas nas obras do velho que tem muito a nos
ensinar, mesmo que os néscios franzam o narizinho para disfarçar sua patética
nulidade existencial.
UM
BOM COMEÇO - Para formar um indivíduo com autonomia fuja longe da
anti-educação e dos contra-ensinamentos da “pedagogia da
autonomia”. Para emancipar os oprimidos e torna-los independentes, livres
dos caudilhos que parasitam as potestades estatais e que querem apenas
cabresteá-los com favores e cartões esmolas, vare muito longe da “pedagogia do
oprimido” e de tudo mais que esses livretos representam.
DIRETO
DO TÚNEL DO TEMPO – Lembrar é viver! Assim
diziam os antigos. Pois é, então lembremos: a mais de trinta anos, o então
presidente Ernesto Geisel disse: "Se é a vontade do povo brasileiro eu
promoverei a Abertura Política no Brasil. Mas chegará um tempo que o povo sentirá
saudade do Regime Militar. Pois muitos desses que lideram o fim do Regime não
estão visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses." Ora,
podemos discordar em praticamente de tudo o que esse homem disse e fez, porém,
não temos como negar que essas palavras, a muito ditas, tem lá os seus ares
proféticos.
UMA
CONTRA-IDEOLOGIA - Ser conservador, em matéria política, não é sinônimo de
defesa do que é ultrapassado, muito menos de ser à favor de tudo o que
representa o atraso, como querem fazer crer os néscios com duas mãos esquerdas.
Ser conservador, nessa matéria, é
defender alguns princípios perenes e cultivar uma atitude prudente frente a
todas as novidades que a patuleia progressista tanto festeja de maneira tão
descuidada.
Por isso, uma atitude política
conservadora não é uma ideologia a mais que pode ser apresentada no cenário
nacional, mas sim, uma contra-ideologia, uma vacina para nos imunizar contra
todos os modismos mentais que nos imbecilizam sob o falso augúrio duma
hipotética emancipação humana. É isso. Ponto.
IDEOLOGIA,
POLÍTICA E MODISMOS - Para sabermos o quando os modismos intelectuais e
políticos são ridículos basta que, como nos ensina São Josemaria Escrivá,
olhemos algumas fotos antigas onde as pessoas trajavam a última moda de sua
época. Não é que os modismos, com o tempo, tornam-se ultrapassados. Não mesmo.
A verdade é que todo e qualquer modismo é, desde o princípio, algo
fundamentalmente bufo. Ridículo. Principalmente os modismos intelectuais e
políticos.
RECALQUE
PURO - Querer mudar o mundo, fazer a tal revolução disso e daquilo, é coisa
de moleque mimado que só perdia nas disputas de bola-de-gude na hora do
recreio. Aí o sujeito cresceu “traumatizado” e, sob o manto redentor duma
hipotética e farsesca justiça social, quer ir à desforra, ferrando com tudo e
com todos, como uma forma de compensação psicológica.
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