Por
Dartagnan da Silva Zanela
CATINGA MORAL - O cagão sempre fica valente junto com os seus.
Por isso, uma multidão de cagões reunida sempre dá merda. Jamais alguma coisa
que preste.
ASSIM DIRIA TIRADENTES - Contra a derrama
de impostos, adversário da ingerência Estatal, contrário a estatolatria
reinante, sou inconfidente. E inconfidente sigo caminhado em meu passo contra o
Paço transbordante de iniquidades.
SINISTRO - Um homem de um único livro é
temível, porém, indivíduos de livro nenhum, escorados em um e outro diploma,
são deformações abomináveis que sepultam a cultura e a humana dignidade.
A MAGNIFICÊNCIA DA BAIXEZA - Antoine
Albalat nos ensina que um talento nada mais seria que uma aspiração. Nesse
sentido, o grande problema de nosso país não seria, exatamente, uma carência de
talentos, mas sim, uma excessiva compulsão que almeja apenas ao que é baixo e
vulgar. Uma constante cobiça por tudo que seja anódino. Cobiça essa que exige,
obviamente, que essa mediocridade seja tratada com a honorabilidade devida
apenas à magnificência. Resumindo o entrevero: dificilmente algo que preste
pode nascer num ambiente como esse.
SEM RODEIOS (i) - Diga-me com o que
você se distrai nas horas vagas que eu lhe direi o que você leva a sério.
SEM RODEIOS (ii) - Não é em nosso trabalho
que nos dignificamos. São nas nossas horas de lazer que mostramos o quão digno
somos.
SEM RODEIOS (iii) – Não é o trabalho em
si que nos honra, mas a seriedade e a sobriedade com que realizamos nossas
tarefas diárias.
O BRASIL DE LÁ E O DE CÁ - Definitivamente,
há dois Brasis. Um que trabalha e está sentindo as agruras da crise que está se
instalando em nosso país. O outro é o Brasil dos que parasitam todos aqueles
que trabalham. E parasitam sob a égide de defender o primeiro Brasil dos
tentáculos do tal sistema ou de qualquer outro fantoche retórico.
Para
tanto, faz-se necessário que eles, os defensores dos frascos e comprimidos,
recebam uma fatia maior, bem maior, de recursos para poderem continuar esse
magnífico e pornográfico trabalho que é nos representar e nos defender de toda
e qualquer zelite.
Trabalho
esse que eles dizem fazer com tanto zelo e presteza, mas que, na real, todos
sabem claramente, não é preciso dizer, o que esses sujeitos representam e de
que material eles são feitos, não é mesmo?
SEM RODEIOS (iv) – A evolução técnica
que vislumbramos nos dias atuais é algo inegável. Pra falar a verdade, é
fascinante. Digo: aliciante.
ATÉ OS VERMES - O que torna a vida
humana significativa é o “por que” vivemos. Esse “por que” embeleza-a e dá
sentido a cada passo vivido por nós. Na ausência dum “por que”, e tendo a sua
substituição por um desejo irascível, por um “como” viver, acabamos,
irremediavelmente, portando-nos duma forma tal que até os vermes corariam de
vergonha se ficassem diante de nós.
DIRETO DAS FARPAS - Ensina-nos Ortigão
Ramalho que: "A categoria em que temos de classificar a importância dos
homens deduz-se do valor dos atos que eles praticam, das ideias que difundem e
dos sentimentos que comunicam aos seus semelhantes".
DO MAL (i) - O mal prospera, e segue de vento em popa, quando as almas
sebosas encontram um ideal mequetrefe para justificar os seus desmandos e
malfeitos.
DO MAL (ii) – O mal prospera, e segue
orgulhoso, satisfeito, enquanto as almas amornadas, que se imaginam boas,
cruzam seus braços na vã esperança de que as hostes sombrias dissipem
graciosamente sem que elas tenham que lavorar contra a escuridão que espreita
suas vidas.
DO MAL (iii) – As trevas marcham, num
passo acelerado, sem parar, especialmente quando imaginamos que suas garras
estão distantes de nosso coração, quando presumimos que estamos imunes aos seus
sortilégios. Quando nos portamos desse modo, perecemos sem a menor reação.
DO MAL (iv) - Uma coisa que deve ser
lembrada: as circunstâncias dum crime podem, até, atenuá-lo, porém, jamais
essas podem justificar o ato e, muito menos, vitimizar o criminoso ao mesmo
tempo em que se culpabiliza a vítima. Ponto.
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