COSTUMO LER MAIS DE UM LIVRO por vez. Pelo menos uns quatro.
Pelo menos. E não faço isso porque me imagino sabidão, nem o faço pra me
"ametidar". Muito pelo contrário. O faça por uma questão de pura
praticidade. Só isso.
Muitas vezes, quando estamos lendo nos cansamos. Cansamo-nos
não de ler, mas sim, do que estamos lendo.
Quando isso ocorre temos duas opções: ou paramos de ler e
ficamos fazendo alguma outra coisa, ou começamos a ler outra obra que prenda
nossa atenção e, é claro, pra não cairmos no pecado de ficarmos de bobeira
perdendo tempo.
Bem, de minha parte, prefiro mil vezes ficar com a segunda
opção, pois, tempo é tanto dinheiro como conhecimento e, nem um nem o outro,
podem ser levianamente desperdiçados por nós.
(ii)
TENHO POR HÁBITO LER E MEDITAR, diariamente, os ensinamentos
da Sagrada Escritura. Leio um ou dois capítulos dum de seus livros, reflito
sobre acontecimentos de minha vida, do momento presente e do passado recente a
partir de suas palavras para que sua luz alumie a penumbra de meu entendimento
e dissipe as sombras do meu coração.
Não apenas isso. Por reconhecer-me como um ignorante,
recorro, com a mesma frequência, a leitura dos comentários à Sagrada Escritura
feitos pelos santos, pois, esses homens e mulheres eram, e são, infinitamente
mais sábios que todos nós juntos e misturados e, por isso, essas almas foram
capazes de compreendê-la em maior profundidade e amplitude.
Aliás, somente um tongo, que se imagina autossuficiente,
ignoraria esses tesouros espirituais. Somente uma pessoa soberba imagina que as
lamparinas de sua razão seriam suficientes para compreender plenamente a
Palavra de Deus.
Vejam só: muitas vezes pedimos orientação duma pessoa para
compreender um probleminha mundano como uma equação matemática, ou um caso
jurídico, porém, dispensamos soberbamente qualquer ajuda para lapidar nosso
entendimento sobre os ensinamentos celestes porque, nesse caso, imaginamos que
nossa razão é mais do que suficiente.
Enfim, cometi e cometo em minha porca vida inúmeras
tonguices, muitas, mas dessa, francamente, me nego.
(*) Apenas um caipira
bebedor de café.
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