Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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APENAS UM PUNHADO DE MATUTADAS


Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

NÃO SE ESQUEÇA – Ensina-nos a Sagrada Escritura, juntamente com a sabedoria popular, que as companhias nos corrompem. Dependendo da qualidade delas, nos pervertem pra cacete. Sim, essa é uma verdade tão simples quanto óbvia e, por isso, em certa medida, ela não é totalmente fiel ao que afirma e, assim o é, porque na maioria dos casos, não são os colegas que corrompem o caipora não; os elementos apenas tornam evidente o tipo de pessoa que realmente somos. Trocando por miúdos: não são as companhias que nos acanalham não, elas apenas fazem o canalha que há em nós se sentir bem à vontade para colocar as suas manguinhas de fora e revelar-se sob os indultos de todas as luzes da cidade toda a sua desdita face.

APENAS UMA OBSERVAÇÃO - A celebração da memória de Zumbi como símbolo da luta contra a escravidão no Brasil não passa duma cabal demonstração duma profunda alienação histórica advinda dum orgulho tão soberbo quanto vazio que preocupa-se muito mais em, anacronicamente, inventar um herói nacional, para legitimar uma ideologia atual e atuante, ao invés de reconhecer os méritos e festejar a memória daqueles que, de fato, lutaram para pôr fim a essa prática ignóbil que é a escravidão.

O CINISMO DOS DEFENSORES DOS MANOS - Sabe aquela galerinha, que mora em condomínio fechado de classe média, com toda a segurança que o dinheiro pode pagar e que vive falando, dando chilique em defesa dos tais direitos dos manos, dessa depravação feita com os direitos fundamentais para indevidamente beneficiar os tais dos manos, sabe? Pois é, o que será que essa gente boazinha e cheia de não me toque teria a dizer, de relevante, quando traficantes; digo, manos, abatem um helicóptero da PM, matam quatro policiais e, de quebra, comemoram mui loucamente a atrocidade que fizeram? O que será que seria dito? O quê? Era bem isso que eu imaginei: nada que mereça ser ouvido com um mínimo de deferência. Nada.

PRA ORGANIZAR AS IDEIAS - Qualquer um que encare como sendo algo normal, numa sociedade minimamente civilizada, o fato de termos hordas criminosas abatendo um helicóptero da PM, atacando viaturas e delegacias de polícia, que aceite como algo normalíssimo para um país apresentar mais de sessenta mil homicídios por ano (aproximadamente), deveria, antes de qualquer coisa, enfiar a cabeça na privada e puxar a descarga pra fazer uma urgente lavagem cerebral e limpar a cuca de todo esse entulho ideológico, desse juridiquês politicamente correto infernal que apenas alenta e resguarda quem não presta, tornando todos os demais cidadãos reféns da insanidade que toma conta do nosso entristecido país.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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