Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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SIM SINHÔ! NÃO SINHÔ!

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

ABRA AS ASAS – Em todo lugar onde a palavra liberdade é idolatrada, transmutada numa ideologia, ou infectada por tranqueiras dessa estirpe, ela acaba sendo transubstanciada na mais vil manifestação da decadência humana. Manifestação essa vivida como se fosse o mais cristalino exemplo de liberdade ao mesmo tempo a que sepulta. Tal atitude idolátrica, ao invés de abrir as portas da percepção, apenas agrilhoa o indivíduo numa fria e soturna alcova existencial que tolhe a sua capacidade de compreender a realidade e impossibilita o sujeito de torne-se apto para captar a verdade que se manifesta através da vivência das consequências dos turvos atos de nossa lavra, guiados por nosso livre-arbítrio.

TRISTEZA DO BRASILEIRO – Para muitos, deixar tudo pra última hora é a regra. Essa é uma coisa bem brasileira e ninguém tasca. A grande maioria dos brasileiros - uns mais, outros menos - acaba sempre deixando alguma coisa pra hora do pega pra capar. Gostemos ou não, essa traço mal traçado faz parte da alma nacional.

Porém, todavia e, entretanto, o que é de causar dilatação escrotal crônica em qualquer um, é termos de ver um punhado de caiporas fazerem isso e, ainda por cima, insistirem em fazer aquela pose de indivíduos preocupados e responsáveis. Coisa digna da Framboesa de Ouro.

E pior! Eles querem te convencer por “A” mais “B” que a irresponsabilidade manifesta por eles não é deles não.
É dos outros. De alguém. De qualquer um, menos deles.

Seria isso sinal dos tempos? Não sinhô. É apenas mais um triste traço bem característico da brasilidade que insistimos em dizer que não nos pertence, apesar de estar com o nosso nome estampado em sua fronte com letras garrafais.

PALAVRAS ODIADAS - A disciplina deve, urgentemente, ser imposta para restaurar um mínimo de razoabilidade no ambiente escolar. Opa! Certas alminhas ao lerem isso dirão, escandalizadas, que disciplina não se impõem, que é um absurdo, retrógrado e blábláblá.

Carambolas! É incrível como muitíssimas pessoas tem pavor da palavra imposição. Ou seria da palavra disciplina? Não sei. O que sei é que não são poucas as almas sebosas que ao ouvir o anúncio de ambas - disciplina e imposição - são bem capazes de ter sonhos bem ruins. Mãezinha do sarampo! Tadinha delas.

Então mudemos os termos da prosa: a ordem externa à alma humana e, em particular, a ordem no ambiente escolar deve ser cultivada para que ela, a ordem, seja interiorizada pelos mancebos convertendo-se em hábitos virtuosos que se integrarão a personalidade do indivíduo e o auxiliarão na ordenação interior de suas inclinações, capacitando-o a tornar-se, no mínimo, senhor de si.

Sem o cultivo disso, da dita cuja da disciplina, que nos infunde a vivência da autodisciplina, todo e qualquer causo sobre educação não será nada mais que um punhado de colóquios flácidos pra boi dormir. E zefini.

LAVA-JATO NELES - Tem muito abestado gastando o seu juridiquês chinfrim, recheado com aquele surrado democratismo de botequim, pra tentar desmerecer o trabalho hercúleo que vem sendo feito pela equipe da Operação Lava-jato, equipe essa capitaneada pelo Juiz Moro.

Um trem fuçado desses é, como se diz, tão ridículo quanto [nada] original.

Bem, mas no mercado do abestamento ideológico brazuca, há sandices para todas as idades e todos os gostos mesmos. Ninguém pode se queixar.

Para os moleques adestrados ideologicamente, temos a tal invasão fantasiada de ocupação; a mais nova modinha dos desocupados revoltados podres de mimados.

Para os mais adultinhos, contamos com a sandice totalitária desvairada disfarçada de justa indignação em defesa da democracia dos compadres contra a operação Lava-jato e, principalmente, contra aquele que, como eles mesmos dizem:  "não pode ser nomeado”.

Enfim, no fundo, tudo isso, nesse mercadinho de fanfarronices críticas, não passa de uma palhaçada sem graça vinda do mesmo circo que transformou o Brasil num picadeiro; palhaços sinistros e sem graça e que insistem sem cessar em arruinar o nosso país transformando-o numa choldra ignóbil.

A MORTE DE FIDEL - Menos um ditador, filho de meretriz, canalha, covarde e genocida no mundo. Fidel se foi, mas ficaram nesse vale de lágrimas, aliviadas com a sua partida definitiva dessa vida, os familiares das milhares e milhares de vítimas do carniceiro do Caribe.

Além disso, permanece nesse mundo, infelizmente, a todo vapor, a sucursal do inferno construída em Cuba pelo barbudo falecido, juntamente com os tentáculos e ramificações que se espalham por toda a América Latina.

E, se isso já não fosse o suficiente, temos ainda que aguentar a chusma de idiotas, militontos ou não, chorando a morte del comandante biltre, elogiando-o como se ele tivesse sido o portador de virtudes que, de fato, nunca cultivou e que eles, seus cínicos e devotos admiradores, provavelmente nunca cultivarão.

Enfim, que Deus tenha misericórdia de sua alma; misericórdia que ele nunca teve para com seus adversários, piedade que ele nunca manifestou pelo sofrido povo cubano que ele flagelou totalitariamente por cinquenta e sete anos.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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