Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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TERMOS DUM CRISTÃO SEM TERMOS – IV

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

TEMOR E TREMOR – Numa passagem do Evangelho de São Lucas, Nosso Senhor lembra-nos do óbvio ululante como, aliás, Ele frequentemente o faz e nós, de nossa parte, repetidamente ignoramos. O obvio é que tudo aquilo que é agradável aos homens – ao mundo e a carne – não é agradável a Deus e, por isso mesmo, isso tudo acaba sendo agradabilíssimo aos principados e potestades das trevas.

Por essas e muitas outras que o temor de Deus é princípio de sabedoria, como nos ensina o livro dos Provérbios. Já o temor do mundo e a fraqueza da carne, por sua deixa, são o antônimo disso e, mesmo assim - sabe-se lá por que cargas d’água – acabamos por preferir o segundo em detrimento do primeiro.

Bem, seja como for, nunca é demasiado tarde para revermos nossas esquisitas escolhas.

OS DIAS – Saber aproveitar a vida não tem nada que ver com encontrar a melhor maneira de desfrutar os nossos dias de peregrinação por esse vale de lágrimas, ou de inventar a fórmula mágica do melhor "como estar aqui". Saber viver, saber solver o que a vida tem a nos ofertar, tem haver com encontrar um por que viver; encontrar um sentido para elevar-nos da monotonia nossa de cada dia para que a nossa caminhada seja mais que um vagar sorumbático que vá de uma aurora casual até um crepúsculo inoportuno.

CUSTA TANTO – O poder sempre cobra um elevado preço daqueles que o cobiçam. Um preço bem alto; que vai muito além da imaginação de todas as almas que apostam as fichas de sua vida na obtenção dele. Porém, é perfeitamente imaginável, e suficientemente temível, para todos aqueles que desejam ardentemente conquistar não o reino dos césares, mas sim, o de Deus.

ASSIM DESSE JEITO - Estudar a palavra de Deus não é e nem deve ser encarada como uma forma de interpretá-la à luz de nosso limitado entendimento. Estudá-la, deve sim, ser um esforço sincero e abnegado de interpretação da vida, da nossa vida, à luz da sabedoria divina manifesta por meio das palavras presentes nas páginas da Sagrada Escritura.

AO SOM DA GAITA - Quando o ritmo da música muda, a cidade estremece. Assim apontava Platão, com singular agudeza. Não só isso. Quando o ritmo da música, juntamente com sua melodia e harmonia, são transubstanciados, os alicerces da alma são abalados. Por isso a cidade treme e os olhares atentos temem pelo que está por vir.

DUAS DIREÇÕES - Uns esforçam-se em fazer do ato de orar o centro pulsante de suas vidas; outros, por sua deixa, fazem da sua excitação sensual - juntamente com as fantasias que dela advém - o centro irradiante de sua existência. Os primeiros labutam pelas coisas do alto; os segundos deleitam-se em ficar agrilhoados com o que há de mais baixo em nossa alma.

(*) professor, cronista e bebedor de café.
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