Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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REFLEXÕES DUM SAQUAREMA – parte III

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(DES)INFORMAR É A REGRA - O tom reinante na grande mídia brazuca é um só. Todos os (de)formadores de opinião estão fazendo aquele teatrinho de salão para tentar justificar a sua descarada atuação enquanto desinformantes, ao que se refere a "cobertura" feita por eles da eleição presidencial nos EUA.

Pois é, ninguém admite o fiasco; ninguém faz nem mesmo um mea-culpa daqueles bem jaguara sobre o ocorrido, nenhum abençoado desculpa-se por não estarem, de fato, informando os brasileiros de modo probo; nenhuma dessas almas bate no peito pra dizer que seu jornalismo era apenas um mal disfarçado esforço de propaganda para os Democratas (entenda-se agenda Globalista), ou ao menos reconhece que estavam fazendo uma indisfarçada torcida emocionada pela senhora Clinton (o que dá na mesma).

Resumindo o entrevero: o escândalo do ano não é a vitória do senhor Trump, mas sim, a maliciosa (in)cobertura jornalística feita pela grande mídia – tanto pela de lá quanto pela de cá - sobre o pleito eleitoral que findou. Se eles tivessem realmente preocupados em, zelosamente, informar os seus leitores e/ou telespectadores, não teriam que estar agora dando uma de João sem braço com a maior cara de tacho.

Fazer o que, não é mesmo? Faz parte da vida.

UM GRANDE PREJUÍZO - Quando perdemos a visão da imensa abrangência da dimensão simbólica da realidade, inevitavelmente mutilamos a nossa capacidade de entendimento dela e de nós mesmo e, por isso, nos tornamos inaptos para compreender as inúmeras facetas que se apresentam sobrepostas diante de nossos olhos todo o santo dia.

Quando isso acontece, gradualmente perdemos a percepção da finalidade da existência, do sentido da vida, que acaba sendo reduzido a reles princípios materialistas e quantitativos que tem apenas como significado a materialidade e possível utilidade de tudo e de todos.

Pois é, mas, por incrível que possa parecer para alguns, um indivíduo humano, e bem como todo o universo, não podem ser reduzidos à mera utilidade. Fazer isso é mutilar o sentido de ambos. E se o fazemos é por ignorarmos a razão última da existência do universo e o sentido de nossa jornada por esse pedacinho dele. E ignoramos por não mais sermos capazes de contemplar o aspecto simbólico de toda a criação.

UMA DOLOROSA FACADA - Se a nossa capacidade de admiração, se nossa percepção estética é mutilada, inevitavelmente, a nossa capacidade de entendimento e compreensão ficam seriamente avariados e, consequentemente, nos tornamos incapazes de diferenciar tudo aquilo que é belo daquilo que é disforme. Não apenas isso. Inevitavelmente, com o tempo, nos tornamos incapazes de diferenciar aquilo que é verdadeiro de tudo o que seja falso. Resumindo: a deformação das artes desfigura a inteligência humana.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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