Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
Boa parte dos trabalhadores
brasileiros sonha em ter o seu próprio negócio, em ser dono do próprio nariz.
E, sonham isso, porque são pessoas que trabalham pra caramba e sabem muito bem
o valor do seu suor derramado diariamente.
Quanto àqueles que não sonham em
tornar-se patrão também almejam ser dono do seu nariz, porém, almejam isso por
outros meios; com o fruto de seu trabalho que também, por sua deixa, não é
pouco não.
Seja como for, todo trabalhador,
à sua maneira, procura viver de modo digno, prestativo e bom, altivamente
enfrentando as dificuldades que a vida apresenta de maneira honesta e audaz.
Bem, já para os comuninhas, de um
modo geral, trabalhador é quem eles dizem que é trabalhador. Infelizmente, sua
visão de mundo binária lhes dá uma compreensão atabalhoada do que é o trabalho.
De mais a mais, essa gente sonha,
ao contrário dos trabalhadores reais, com o que eles chamam de "um mundo
melhor possível" (que medo que isso dá), e, de quebra, imaginam que são os
legítimos representantes da classe trabalhadora de todo o mundo e de todos os
tempos.
E ai daqueles que não aceitarem
isso! Os infelizes que não os reconhecem como sendo a vanguarda proleta são
tidos pelos rubro-fofinhos na conta de traidor - mesmo que as pessoas rotuladas
como traíra nunca tenham sido consultadas sobre isso e, pior, mesmo que nunca,
nunquinha, os infelizes tenha feito alguma espécie de jura mafiosa de lealdade
aos vermelhinhos.
E tem outra: os comuninhas –
declarados, disfarçados e enrustidos – sonham, como sonham, em ter plenos
poderes sobre tudo e sobre todos para, totalitariamente, poder impor seus
delirantes sonhos utópicos dum tal mundo melhor possível, tornando assim, cedo ou
tarde, a vida de todos os trabalhadores um terrível pesadelo infernal como,
aliás, o é em todos os países que são governados por regimes inspirados nos
furúnculos cerebrais de Karl Marx e de sua pacutia revolucionária.
Todos veem essa obviedade ululante.
Todos. Menos eles porque a viseira ideológica vermelha, como todos sabem, não
permite isso não.
Quanto a nossa classe política
que, por sua deixa, também diz nos representar devido aquele vazio ato de fé
chamado voto, que lhes é sufragado de tempos em tempos, bem, não são dignos de
qualquer comentário que seja, nem mesmo dum insulto.
(*) Professor, cronista e bebedor de café.
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