Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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DELICADO FEITO PINO DE PATROLA


Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
NÃO HÁ DÚVIDAS DE QUE UMA OBRA DE ARTE pode muitas vezes conter certo ímpeto revolucionário, um determinado timbre de contestação que pode revitalizar o quatro geral duma civilização. Outra coisa bem diferente são os chiliques infantis que se tornaram tão corriqueiros em boa parte da arte contemporânea.

(ii)
NA ÂNSIA DE PARECER ORIGINAL, na veleidade de querer se apresentar como um furioso contestador de tudo e de todos, muitíssimos sujeitos - que se apresentam como artistas e intelectuais - acabam terminando por desedificar tudo e todos; acabam degradando-se através da apresentação da suma decomposição de sua humanidade, como se essa fosse digna de aplausos e que, no frigir dos ovos, não chega nem mesmo a ser digna de pena.

(iii)
CERTA FEITA, NIETZSCHE HAVIA DITO que a arte existe para que a verdade não nos destrua. O que, talvez, o cáustico bigodudo não imaginava que aconteceria é que, numa certa época, surgiriam certos artistas que dedicariam todas as forças de sua alma para destruir a verdade através da decomposição da arte.

(iv)
A FUNÇÃO PRIMEIRA DA ARTE é nos revelar as múltiplas faces do bem, do belo e do verdadeiro em sua unidade que transcende todas as contingências culturais. Hoje, porém, ao que tudo indica, essa função está sendo brutalmente revogada em nome da celebração de tudo aquilo que é mal, disforme, falso e que, por isso, corrobora para a desintegração da integridade da alma humana.


(*) Professor, caipira, cronista e bebedor de café.

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