Escrevinhação n. 1038, redigida no dia 27 de agosto de 2013, dia de Santa Mônica.
Por Dartagnan da Silva Zanela
Se há um professor com o qual tenho uma dívida de gratidão imensurável é o filósofo Olavo de Carvalho. Sim, sou devedor de muitas outras almas aquilatadas, muitas delas já se encontram entre os justos dos céus, outras tantas, como o professor, continuam a ofertar-me lições precisas com suas palavras e exemplos que muito tem contribuído para o meu crescimento intelectual e moral.
Tais palavras não são, de modo algum, uma rasgação de seda gratuita. É gratidão. Sempre que posso, esterno a todos que tenham, dum jeito ou de outro, estendido-me a mão em minha vacilante caminhada por esse vale de lágrimas. Aliás, é somente no Brasil contemporâneo que ser grato é um vexame. Reflexo duma sociedade que vem sendo carcomida pelo rancor e pela inveja indisfarçados que se fazem presentes nas incursões verticais da barbarização marxista (e outras estultices do gênero) que toma conta de nosso país.
E vejam só como são as coisas: conheci o autor de “O imbecil coletivo” por acaso. Lembro-me quando vi pela primeira vez o referido livro. Foi no ano de 1998 na estante duma livraria. Achei o título interessante, mas não dei muita pelota. No ano seguinte, num encontro de estudantes de história (imaginem só!), vi o volume dois do mesmo título, porém, não tinha sido aquele o momento que minhas vistas iriam singrar por aquelas laudas nunca dantes folheadas.
O momento capital foi março de 2000 quando li uma entrevista do referido concedida à extinta revista República que caiu em minhas mãos por acaso. As respostas apresentadas por Olavo de Carvalho eram bombásticas. Nem pestanejei! Fui diretamente à livraria mais próxima e comprei “O Imbecil Coletivo”. Na mesma semana encontrei o site dele e imprimi tudo que havia lá e passei a acompanhar atentamente o seu trabalho.
Detalhe: muitas das almas que me auxiliaram as conheci por intermédio dos trabalhos e de aulas do Olavo. Por exemplo: Mário Ferreira dos Santos, José Osvaldo de Meira Pena, Ludwig Von Mises, René Guenón, Frithjof Schuon, Eric Voegelin, René Girard e tutti quanti. Quem compreende o que significa educação sabe que isso não tem preço.
Sim, o homem é um gigante. O maior intelectual da atualidade e com toda certeza está entre os colossos de nossa cultura e, por isso mesmo, que os sicofantas escarnecedores o insultam na mesma medida que o desprezam, por pura cretinice, inveja e soberba. Infelizmente, vulgaridades assim, sobram no meio letrado brazuca.
Por fim, declaro tudo isso para dizer que a leitura do livro “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”, organizado pelo senhor Felipe Moura Brasil e publicado pela editora Record, é indispensável para todos aqueles que não agüentam mais toda essa patacoada marxistoide e que querem conhecer o que há para além da vã academia por estarem cansados de serem tratados como idiotas pelo establishment. Por essas e muitas outras razões que conhecer a obra deste homem é praticamente um dever cívico e a leitura deste livro, um bom começo.
Pax et bonum
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Parabéns pelo reconhecimento Dartagnan. Tenho uma dívida para com o Olavo bem semelhante a sua, porém, uma das primeiras coisas que passei a perceber após o contato com sua obra é que a ampliação do nosso senso de responsabilidade ou nossa conscientização como um todo é o primeiro dever para um educando. Educar-se é antes de tudo ter a amplitude de consciência que é algo bem contrário do que ampliar uma perspectiva de emprego no mercado. Estamos aqui a falar em educação no mais alto grau que é o antônimo do pó de arroz utilizados hoje em dia.
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