Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

Pesquisar este blog

O SINISTRO DIREITO HUMANO

Escrevinhação n. 1030, redigida no dia 06 de agosto de 2013, dia de Santa Maria Francisca Rubatto e da Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Por Dartagnan da Silva Zanela


Há quem diga que a prática do aborto é uma forma de minimizar injustiças, evitando que uma criança venha a ter uma existência penosa ou retirando um obstáculo que atrapalharia a vida duma pessoa e, deste modo, evitar-se-ia sofrimentos desnecessários. Sei que muitos já ouviram argumentos similares a esse, porém, o que essas palavras dizem é duma demência praticamente imensurável.

Ora, sejamos pacientes e procedamos por partes. Primeiro: não se corrige uma injustiça cometendo uma monstruosidade contra um inocente que não tem direito a voz, a defesa e nem mesmo deseja-se assegurar-lhe o direito à existência. Outra coisa: quando fala-se em sofrimento, dá-se a impressão de que o normal na existência humana seria uma vida em mar de rosas, sem problemas, angústias e dissabores. Alguém assim, ou que deseje viver assim, não é um ser humano, mas sim, uma anomalia muito perigosa. 

Seguindo com o andor, penso que seria de grande relevância refletir de modo empático, nos colocando no lugar do outro. Se assim procedermos veremos com grande clareza que devido à covardia e sem-vergonhice de muitíssimos homens, a graça de conceber um filho e de assisti-lo crescer torna-se um pesado fardo para uma imensa multidão de mulheres que padecem com a irresponsabilidade masculina.

Um filho é uma dádiva dos céus e, como todo presente que tem essa origem, exige de nós, pais e mães, integral atenção. Todavia, o que temos em nossa sociedade é a transformação desse dom numa maldição. Antigamente o anúncio duma gravidez era motivo de júbilo, hoje, de lamento. Quem nunca ouviu uma declaração nesse tom? De mais a mais, cultiva-se em nossa sociedade o desejo, por parte das mulheres, de imitar a irresponsabilidade masculina para tornar mais aprazível suas vidas e não cobra-se mais uma postura de Homem por parte dos moleques crescidinhos que se recusam a assumir os deveres inerentes a condição masculina. Ou seja: mais e mais locupleta-se toda sociedade para que todos sintam-se “justiçados”.

Por fim, há outra situação que pode-se propor àqueles que chamam o assassinado dum inocente de direito humano. É simples: como você reagiria se sua mãe lhe disse-se que quando ela soube que estava grávida de você sua possível existência, na ocasião, era indesejada e que poderia ter sido abortado? Aliás, se seu filho lhe pergunta-se: “se eu fosse indesejado, você mandaria me matar antes de eu nascer?” Sei que você diria que ele foi muito desejado, sonhado e blábláblá. Mas se ele retruca-se, perguntando: “mas suponhamos que eu não fosse desejado, você mandaria me matar? Você me abortaria?” Abortaria?

É por isso, meu caro, que o aborto é uma monstruosidade fantasiada de direito.

Pax et bonum
Site: http://dartagnanzanela.k6.com.br
e-mail: dartagnanzanela@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário