Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
Analfabeto não é apenas quem não
sabe ler, nem tão só aquele que sabe, mas não lê. É analfabeto principalmente
quem imagina ler melhor que todos sem necessariamente praticar devotamente a
leitura; analfabeto é quem quer fala da importância do ato de ler sem amar a literatura
suficientemente para lê-la com o mínimo de reverência que lhe é devida.
(2)
Quem diz que a literatura se
restringe tão somente à esfera do engajamento político é um pervertido que quer
reduzir a majestade das letras à pequenez de sua alma.
(3)
A elite não sabe ler? Sim, não
sabe. A elite rubra diplomada que tudo julga à sobre de sua ideologia
perturbada é pervertidamente analfabeta.
(4)
Quem não é leitor, quem não
cultiva religiosamente esse excelso hábito, deveria calar-se ao invés de querer
ficar dando pito nos outros sobre a importância da leitura.
(5)
Um esporte indispensável no
Brasil contemporâneo: suportar, com paciência estóica, babacas e suas
babaquices.
(6)
Como dar um recado? É simples:
você diz claramente o que deseja a pessoa e pronto. De preferência olho no
olho. Não tem mistério, não é mesmo?
Agora, quando um sujeito presume
que disse algo sem ter dito absolutamente nada e, ainda por cima, quer
responsabilizar o destinatário imaginário pela confusão parida por sua
egocêntrica infantilidade, das duas uma: ou o sujeito é um carniça com
inclinação psicopática, ou um babaca imaturo que imagina que todos no mundo
deve ficar girando em torno de seu umbigo putrefaz.
Na cabecinha de alfinete desse
tipo de gente, todos deveriam adivinhar as suas malfazejas intenções, mesmo que
jamais tenham sido comunicadas.
Infelizmente, o mundo está cheio
de gente desse naipe.
(7)
Quando o assunto é poder,
pergunte-se: quais são os meios para exercê-lo? Quem os possui? Quem manda e
porque o obedecem? Saber isso é fundamental para entender o jogo do poder.
E quanto ao resto? Tudo bobagem.
Bobagem e vaidade.
(*)
professor e cronista.
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