Por Dartagnan da Silva
Zanela (*)
(1)
Uma mudança de perspectiva não é
progresso. É apenas uma mudança na forma de ver o mundo. Mudança essa que pode
ser um progresso em relação a algo, um retrocesso em comparação com certas
coisas e, em muitos casos, apenas uma estupidez dita de maneira rebuscada.
(2)
Homenagear assassino e terrorista
comunista pode. Enaltecer ideologias e regimes rubro-totalitários também pode.
Babar e entrar em êxtase diante da efígie de tiranos marxistas é lindo de
morrer. Agora, homenagear qualquer um que tenha lutado contra isso não pode; é
feio e indigno de ser feito. Carambolas! A imbecilização coletiva, em nosso
país, definitivamente não tem fronteiras.
(3)
Perguntar não ofende: se Dilma
for mesmo impedida, isso irá quebrar com o aparelhamento petista no Estado
Brasileiro?
(4)
Reinaldo Azevedo azedou com o
Olavo porque nenhum deputado citou-o na votação do Impeachment. Quatro citaram
o Olavo. Tadinho. Tio Rei ficou dodói.
(5)
O ECA não foi concebido pra zelar
da infância; ele serve sim, e muito bem, pra pervertê-la, para que os infantes
se tornem adultos mimados sem grandes dificuldades.
(6)
Literatura é um unguento pra
iluminar a alma, não para ser decomposta criticamente por nossos olhos
soberbos. Fazer isso seria o mesmo que dissolver uma pílula num copo d’água ao
invés de ingeri-la. Não é à toa que abundam por aí pessoas vaidosamente críticas
de uma e outra obra da grande literatura universal, mas que, ao mesmo tempo,
são profundamente incapazes de compreender um único drama humano presente nas
páginas desses grandes livros. Por essas e outras que criticidade não passa
duma reles azia mental.
(7)
O que é corrupção? É a degradação
dos meios advinda do desvio proposital de seus fins últimos para finalidades
estranha a ambos.
(8)
Inteligentinhos manifestam um
profundo desdém por Bolsonaro crentes de que o odiando estarão expressando uma
excelsa sapiência crítica.
(9)
Desprezo afetado não sinaliza
sabedoria, mas sim, aponta apenas para uma profunda anemia moral.
(10)
No fundo todo esse odiosinho ao
Bolsonaro é apenas uma forma fingida de repressão dum desejo afetuoso pelo
objeto odiado. Ai que ódio.
(11)
Dizer que sente vergonha alheia é
frescura e fingimento. Na verdade o que o caipora sente é um ódio inconfessável
quando diz isso.
(12)
Pra que ser chique quando é tão
fácil sermos simples? Não é a chiqueza que faz o bom parlamento. É o senso de
dever que faz bons parlamentares.
(*)
professor e cronista.
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