Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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DOIS PARA FRENTE, UM PARA TRÁS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(1)
Devemos ser tolerantes sem esquecermos que não podemos consentir com o que é intolerável. Caso contrário, a tolerância torna-se insuportável.

(2)
Ficar gritando histrionicamente que é uma alma tolerante é um subterfúgio cínico pra melhor impor as suas convicções ideológicas canalhas. Resumindo: é uma sacanagem rasteira.

(3)
James Joyce dizia que os nossos atos são os melhores intérpretes de nossas ideias, de nossas crenças, revelando com clareza os valores que realmente cultivamos no âmago de nosso ser.

Durante a votação na comissão do impeachment, que ocorreu nessa segunda, muitos parlamentares deixaram claro o quão canalhas, o quão cínicos que eles são.

Quanto o assunto é a corrupção – literal ou suposta – de seus desafetos políticos e ideológicos, eles são implacáveis, duros e - como eles mesmos diriam - muitíssimo zelosos com os princípios da moralidade pública.

Todavia, agora que o assunto é o escândalo do desgoverno vigente que eles tanto amam (pouco importando as razões que os levem a esse amor louco), eles redirecionam a sua belicosidade. Isso mesmo! Não mais em favor da coisa pública, mas da Coisa que está a esculachar com o que é público.

Esse ato, o NÃO ao impeachment dado por alguns parlamentares, por mais rebuscada que tenha sido sua justificativa, revelou mais sobre a alma deles do que eles gostariam. Esse não nos permite interpretá-los duma forma como nunca se viu antes na história desse entristecido país.

Enfim, Joyce sabia o que escrevia e, esses parlamentares, não sabem o que fizeram.

(4)
Quem é demasiadamente escrupuloso com a honestidade alheia, dum modo geral, é um canalha dissimulado. Por isso, lembre-se dos discursos incendiários dos parlamentares do Partido da Ética e de seus asseclas clamando por impeachment na década de noventa e compare com a conversa mole que é apresentada atualmente pelas ditas siglas que amavam – e pasmem! Ainda amam – ficar falando em ética pra lá e pra cá. De fato, a ética insuperável da canalhada.

(5)
Essa é a REDE, cheia de melancias. Verdes por fora e vermelhinhas por dentro. A turma da nova política saiu do PT, mas o PT continua neles.

(*) professor e cronista.

Site: http://dartagnanzanela.webcindario.com/ 

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