Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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ABRA O OLHO NAVEGANTE

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(1)
Pessimismo e otimismo diante de situações graves são duas formas diversas de disfarçar aquele acovardamento inconfessável. No primeiro caso se diz que não adianta fazer nada porque está tudo perdido. No segundo afirma-se que não é preciso fazer coisa alguma porque o que está acontecendo não há de ser nada. E, desse jeitão, ambos, cada qual ao seu modo, recusam-se, fazendo pose, a ver o que está acontecendo diante de seus olhos para não ter que fazer o que é necessário simplesmente por medo de ter de encarar a realidade tal qual ela se manifesta diante de nós.

(2)
Pessimismo é covardia fantasiada de orgulho. Otimismo é acovardamento disfarçado com plumas de vaidade. Realismo é fazer o que é necessário.

(3)
William Blake dizia que quem nunca, nunquinha muda de opinião seria tal qual uma grande poça de água parada: com o tempo sua alma fede feito a um pântano e começa a criar répteis e toda ordem de criaturas peçonhentas. Essa é a clara impressão que eu tenho quando um comuna - ou um cripto-comuna - descerra seus lábios para repetir os velhos e surrados cacoetes mentais que ele chama de “sua opinião crítica” sobre tudo e sobre todos.

(4)
O principal problema do Brasil, até pouco tempo atrás, não era a falta de inteligência não. Era a falta de caráter. E, essa falta de caráter corrompeu e degradou a minguada inteligência nacional e hoje, infelizmente - mas consequentemente - acabamos tendo a estultice presunçosa, congênita e diplomada, como um dos mais graves problemas da pátria que foi um dia amada e que hoje apenas é vilmente usada, escorraçada, salve, salve, pelos tipos mais desprezíveis que já foram paridos por essa mãe gentil de filhos ingratos mil.

(5)
Se há um trem fuçado que não quer dizer nada, patavina alguma, que literalmente é um embuste do princípio ao fim, é o tal do empoderamento.

(6)
Empoderamento disso ou daquilo, desse e daquele outro, no frigir dos ovos, não passa de um jogo de linguagem para distorcer a inteligência.

(7)
Exemplo clássico de inversão da categoria da substância pela da paixão são os usos e abusos dos jogos de linguagem. Pura sacanagem cognitiva.

(8)
Perdemos borbotões de tempo por considerarmos de nosso interesse aquilo que nunca o foi. Por isso é urgente renunciar a vã curiosidade. Como é!

(9)
A grande artimanha dos jogos de linguagem é que, gradativamente, eles substituem a percepção da realidade por uma reação pré-fabricada a ela.

(10)
Nem tudo é aquilo que parece; principalmente aquilo que necessita de malabarismos linguísticos e retóricos para aparentar alguma realidade.

(11)
Um indivíduo armado é um homem que pode lutar pra defender a liberdade; o indivíduo desarmado, apenas um escravo reconhecido por outro nome.

(12)
Com razão muitos desconfiam do Estado e de seu precário funcionamento, mas, creem piamente que apenas ele (e a bandidagem) deva portar armas.

(*) professor e cronista.

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