Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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MUITO BARULHO POR NÁDEGAS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(1)
Liberdade e solidão são palavras que frequentemente se confundem uma com a outra e, por essa e outras razões, nos confundem tanto a moringa.

(2)
A dolorosa solidão de Cristo na cruz revela-nos a face - humana e divina - da liberdade. A reação da multidão diante dessa visão libertadora mostra-nos as múltiplas faces - humanas e demoníacas - da escravidão.

(3)
Um castigo, seja ele doméstico, escolar ou social, é um ato de misericórdia para com aquele que fere o mínimo razoável que é esperado da conduta de uma carcaça humana. Se ele não sente nem compreende o erro que cometeu, se seu deslize não é exemplarmente punido para sinalizar aos demais que aquilo que foi feito por sua pessoa é inadmissível, com o tempo, seu ato desarrazoado ganha status duma atitude incompreendida e discriminada injustamente pela comunidade estabelecida. Resumindo o entrevero, é o óbvio ululante que vovó dizia: panela quente queima os beiços pra ensinar o moleque arteiro que ele não deve bolinar no tacho enquanto o angu não for servido. Ou seja: numa sociedade onde entende-se que repreender o delinquir e o transgredir seria algo inadmissível, todo e qualquer absurdo passa a ser visto e tratado como normal e progressista, como dizem por aí. Tudo passa a ser aceitável, menos esforçar-se em agir de acordo com a normalidade que certa feita nos fora ensinada por nossos avós.

(4)
Não é a sociedade que tem o dever de entender as “razões” dum criminoso, mas sim, o bandido que deve acatar as razões que levam a sociedade a reprimir as suas atitudes infames.

(5)
O coração de Cristo é o doloroso espelho que revela o amor Dele por nós e, ao mesmo tempo, mostra-nos a nossa cruel indiferença por Ele.

(6)
Aprender a rezar é como aprender a escrever. Todos nós, de algum modo, sabemos como proceder; todavia, por vermo-nos absorvidos pelas lides cotidianas de nossas vidas, acabamos não praticando a arte aprendida nos anos iniciais de nossa caminhada por esse vale de lágrimas. E, se a praticamos, o fazemos com pouco interesse e com muita desídia, não é mesmo?

(7)
Uma das artimanhas mais diabólicas dos dias atuais é a confusão que se faz entre misericórdia e coitadismo, entre piedade e bom-mocismo.

(8)
Filhos são pérolas preciosas em nossa vida, as joias que coroam o amor e que fazem a vida dum casal ser mais que um reles caminhar a dois.

(*) professor e cronista.

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