Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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APENAS PALAVRAS, PALAVRAS PEQUENAS

Por Dartagnan da Silva Zanela

O AMOR - O amor é uma luz que não deixa escurecer a vida. A luta de classes, por sua deixa, é uma revolta sombria e soberba contra essa luz. Uma sedição metafísica que perverte tudo e todos.

ESTAR À ALTURA – Na atualidade, é gritante, dum modo geral, a indignação das pessoas. Indignação essa, em grande medida, justa. Não há quem não faça um reboleio com seu pala frente aos escândalos atuais que causam toda ordem de calafrios morais de norte a sul do Brasil. Todavia, é necessário indagar: estamos à altura da justiça que tão clamorosamente reivindicamos? Estamos acima de nossos reclames? É bem provável que não. Então, que nos elevemos em dignidade em meio a toda essa turbulência, para que estejamos à altura dos desafios presentes. Para que nossa indignação seja transubstanciado em justiça e retidão.

PROGRESSO ATRAVANCADO – Uma questão me ocorre, digo, me inquieta, já faz algum tempinho, e que, agora, partilho através dessas míseras linhas. Não há dúvida alguma de que poucas foram as excelências que habitaram as esferas maiores da vida pública brasileira. Na verdade, as medianidades sempre abundaram nesses antros. Porém, atualmente, salta a nossas vistas o fato de que as excelências escafederam-se, as medianidades aumentaram significativamente e surgiu, no meio desse furdunço, uma grande quantidade do que poderíamos chamar de inframedianidades.

Contra essa chusma de insignificâncias investidas de autoridade levanta-se uma multidão que, por sua deixa, não são melhores do que aqueles que são identificados como sendo os piores. Bem provavelmente, dentre esses, que se encontram abaixo da linha dos piores, cedo ou tarde, alguns deixarão de ser indignados e tornar-se-ão ocupantes de postos de autoridades.

Diante disso, inquieto-me e pergunto aos meus alfarrábios: quanto tempo o Brasil ainda sobreviverá a isso? Sobreviverá a indignidade da nossa geração? Suportará ele a baixeza da galera que irá suceder a nossa? Pois é, as possíveis respostas que me ocorrem não me deixam nem um pouco esperançoso.

MENTIRA POUCA É BOBAGEM - Pior que ter de ouvir a mandatária maior dessa república dizer que o mundo está passando pela maior crise econômica da história desde a famigerada crise de 29 é saber que as hostes de militontos, juntamente com a raia miúda de idólatras simpatizantes, acreditam nessa patacoada todinha. Ouvem todas aquelas sandices, ditas de maneira inoportuna em rede nacional, e dizem, criticamente, para si mesmos: “é isso mesmo companheira comandata. 'Taca-le pau' na zelite”.

SÚMULA DE DESILUSÕES – Todo sujeito que vive gritando para os quatro ventos que devemos impreterivelmente mudar o mundo é um canalha. Todo indivíduo que diz que não está nem aí para o estado de penúria em que muitas vidas se encontram é um cretino. Não há escapatória.

E o são não pelo que cada um afirma, mas sim, pelo que ambos negam. Ambos, cada qual ao seu modo, negam a responsabilidade individual frente as pessoas que poderiam receber deles um gesto de misericórdia, por mínimo que fosse.

Cada um à sua maneira vê a si mesmo como sendo uma criatura impoluta que tem de conviver compulsoriamente em meio a uma sociedade que supostamente está abaixo de seu nível, sem perceber a miséria humana que habita seu coração e que é indiscretamente é revelada a todos através de sua indecorosa impostura.

Enquanto um afirma querer mudar tudo sem ser capaz de um gesto de generosidade sincera; o outro despreza tudo e todos sem reconhecer em sua indiferença uma das principais causas dos muitos males que rondam muitíssimas almas que peregrinam por esse vale de lágrimas.

Enfim, enquanto um diz amar a humanidade sem ser capaz dum gesto de amor, o outro afirma desprezá-la fingindo uma superioridade que não possui e ambos, cada qual ao seu modo, afogam-se, garbosamente, na mais tosca egolatria.

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