Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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FORA DE FOCO

Por Dartagnan da Silva Zanela


NÃO MESMO - O que me incomoda? Ultimamente, nada. Nada mesmo. Nem gente intrometida, nem sujeitinho folgado, nem político depravado, nem mesmo a monotonia que paira sobre as pessoas e que se vê espelhada nos olhares apressados. Sinto-me indiferente em relação a tudo, mesmo querendo importar-me com todos que, como eu, são testemunhas dessa tragédia anunciada que hoje arrasta o Brasil para um mar de desesperança. Confesso: não queria estar sentindo-me assim. Mas não tenho como nem por que mentir.

CONTANDO HISTÓRIA – Tá cheio de gente, aqui e ali, regurgitando uma autoridade que, de modo algum, é personificada por elas. Gente que bate no peito pra falar que a opinião A ou o parecer B são alienados porque seus autores não estudaram história tanto quanto deviam. São umas graças. Mas, e quanto eles, criaturas criticamente ilustradas (e põem crítica nisso), quanto realmente dedicaram de seu precioso tempo para o estudo dessa desprezada disciplina? Provavelmente, tanto quando aqueles que são apontados pelos seus dedos sujos, senão menos.

Conhecer razoavelmente história não é sinônimo de saber de cor e salteado um amontoado de estereótipos marxistoides. Para se conhecer essa dama é necessário mergulhar nas agruras das relações humanas. É preciso ler alguns punhados de livros para tentar reconstituir em seu íntimo os acontecimentos pretéritos que se fazem presentes em nossas inquietações, da maneira mais fiel possível, para que eles nos revelem nuanças das realidades humanamente vividas e, desse modo, evitando que se projetem sobre elas as nossas inquietações que deformariam a imagem dos acontecimentos de acordo com sua confusão interior.

Enfim, se suas referências resumem-se a textinhos didáticos, filminhos e documentários que foram a muito apresentados a você (às vezes, nem isso), está mais do que na hora de cerrar os lábios e colocar-se sentado numa cadeira pra começar a estudar e, principalmente, parar com esse trelelê de ficar mandando os outros estudarem o que você até o momento não estudou. Ponto. E não se fala mais nisso.

TÃO SOMENTE ISSO - Leve a vida a sério. Sempre. Mas não se leve tão a sério. Você, como qualquer um, não é tão importante quanto imagina, nem insignificante como muitas vezes vaticina. Somos apenas indivíduos digladiando com nossas circunstâncias. Apenas isso. E isso, pode crer, é muita coisa. Muita coisa mesmo.

CABEÇAS CRITICAMENTE DEFORMADAS – Essa gente que acredita ser muito esclarecida chega ser engraçada com seus chiliques de criticidade, principalmente quando apontam seus dedinhos sujos para as contradições que se fazem presentes no âmago da sociedade.

Ora, ninguém nega que existem contradições gritantes em nosso país e bem como no mundo. Aliás, não há uma única sociedade que não esteja imersa num mar de contradições, haja vista que todas são formas por criaturas contraditórias demasiadamente humanas. 

Entretanto, para as pessoinhas criticazinhas que se colocam acima do bem e do mal (inclinando-se para a sinistra), há algumas sociedades que são perfeitinhas, mesmo sendo gritantemente contraditórias. Pior! Essas alminhas acreditam que são destituídas de contradições porque macaqueiam ordeiramente todos os clichês politicamente-corretos que lhes dão a sensação de serem boazinhas.

Essas alminhas críticas não são como nós, reles humanos. Elas são militontas e creem, tolamente, que são a manifestação viva dos “homens novos do amanhã”.

Não é à toa que as palavras que geralmente são regurgitadas por esses indivíduos não passam dum amontoado de flatus vocis parcial ou totalmente descoladas da realidade humanamente vivida, um amontoado de lugares vazios repetidos histérica e histrionicamente por almas vazias que preenchem sua nulidade apoquentado o restante das almas que não padecem de sua crítica enfermidade.

PATINANDO - Negar a existência da verdade, não implica somente a afirmação da impossibilidade do conhecimento objetivo dela. Negá-la, em sua majestade, significa afirmar a impossibilidade da educação. Por essas e outras que uma educação fundada na ditadura do relativismo cognitivo, cultural e moral sempre apresentará resultados extravagantes. É por essas e outras que a nossa está e continuará patinando.

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