Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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ENCURTANDO O CAUSO

Por Dartagnan da Silva Zanela


SEM ESCAPATÓRIA – Manter-se silencioso é um pré-requisito para o salutar cultivo da procura pela sabedoria. Literalmente, indispensável para o desenvolvimento de nossa caminhada pela estrada do conhecimento. Todavia, nas relações humanas não é bem assim que a banda toca. Nos ensina Camilo Castelo Branco que, em determinadas circunstâncias, o silêncio tem o peso duma confissão. Ele fala mais do que mil palavras. Isso mesmo! Após o grande silêncio dum estadista (ou pseudo-estadista), qualquer explicação proferida por ele, por mais sofisticada que seja, apenas confirma o que fora delatado pelo seu indecoroso silêncio.

UM PINGO DE AMOR PRÓPRIO – A egolatria nada mais é do que uma infantilização irascível da alma duma pessoa em idade adulta. O culto de si, por si e para si mesmo. E não precisamos duma dose cavalar de narcisismo para nos afogarmos nos mares de si. Para tanto, já é mais do que suficiente, uma pequena gota de amor próprio que, em resumidas contas, não passa dum velho conhecido nosso: o orgulho. Esse, ao mesmo em que nos faz ver em nós algo que, de fato, não o somos, também nos arma com um poderoso dedo acusador para os outros, acusando-os, muitas vezes, do mal que habita nosso coração. E, é claro, que nesse acusar, nos fazemos de vítimas por imaginarmos que o mundo é injusto por não atender nossas clamorosas, ou silenciosas, súplicas. E assim o é porque, como nos ensina Santo Agostinho, quando assim procedemos estamos confundido, trocando, se preferirem, o amor a Deus pelo amor a nós mesmos. Por isso o ideal seria se não tivéssemos nem um pingo de amor próprio, mas sim, pudéssemos nos perder num oceano de amor a Deus.

MANIFESTAÇÕES – No dia 13 de março de 1964, o então presidente Jango, juntamente com seus pares, realizou um comício para aglutinar as forças que o apoiavam em seu intento golpista. Nessa data, uma grande multidão tomou as ruas e, uma muito maior, recusou-se.

Essa segunda repudiava o governo em questão. Uma silenciosa multidão que, nessa noite, ao invés de partir para o quebra-quebra, ficou em casa. Essas pessoas apagaram as luzes de seus lares, acenderam uma única vela e lá ficaram, rezando, clamando por misericórdia. Velas que iluminaram essa triste noite escura de março.

Dias depois, ocorrem as marchas das famílias com Deus pela liberdade. Uma manifestação imensamente maior que o comício janguista. Os anos passaram e a memória foi obscurecida pelo ressentimento canhoto. Ressentimento que hoje impera em nosso país. Obscurecimento que almeja perpetuar-se ad infinitum em nossa pátria.

Atualmente muitos estão indo às ruas para protestar contra os desatinos governistas, outros tantos para apoiá-los, porém, quantos estão pedindo misericórdia ao Rei dos reis? Quantos? Infelizmente, hoje, ao contrário de ontem, sobra confiança nas multidões e nas ideologias totalitárias e falta, como falta, fé em Deus. Não só isso! Carece-se, e muito, de virtudes para vivê-la de maneira varonil.

Enfim, nesse dia 13, apaguemos as luzes de nossas casas, acendamos uma vela e rezemos devotamente a Deus clamando por misericórdia e, no dia 15, mostremos nossa cara iluminada pela nossa fé para expressarmos a nossa esperança de um Brasil melhor.

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