Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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“ISMOS” SÃO PARA CANALHAS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Muitas pessoas não suportam a confrontação com a realidade. O susto é tamanho, tão grande é a aversão à dureza da vida, que essas pobres alminhas procuram fugir dela da forma que lhe pareça mais rápida e agradável, que melhor alente o seu ego podre de mimado, mesmo que isso seja uma baita furada.

Bem, uns procuram isso nas diversões fúteis que, atualmente, não faltam. E tem pra todos os [maus] gostos.

Alguns outros procuram uma rota de fuga no consumismo bocó que lhes come os pilas pelos pés em troca de ilusórias e efêmeras satisfações. O que, também, por sua deixa, tem de sobra no mundo atual.

Há também aqueles que se afundam até os gorgomilos nas drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, pesadas ou mais pesadas ainda, chegando ao ponto de tornarem-se um trapo humano ou, nos casos mais graves, terminam como os figurantes da série “the walking dead” e similares.

O número desses pobres diabos tem crescido significativamente em nosso país, para a alegria do diabedo que vende, no atacado e no varejo, essa forma de autodestruição psicotrópica fantasiada de felicidade.

Porém, existem os que se apegam a alguma ideologia totalitária. Esses também existem em número cavalar no nosso país e não se contentam apenas em arruinar as suas próprias vidas, como no primeiro e no segundo caso; e não se sentem satisfeitos em desgraçar a própria vida e a de seus familiares, como no caso dos terceiros.

Esses tipos querem bem mais que isso. Eles querem que todos fujam junto com eles para dentro de seus delírios ideológicos e, dessa forma, também desejem transformar o mundo num grande asilo de lunáticos onde um Estado totalitário controlaria a vida de todos em nome da felicidade geral e hipotética da tal humanidade.

E aí daqueles que tiverem a petulância de não aderir a sua causa! Se não o fizerem, os caiporas piram o cabeção, revelando sua face histérica e histriônica. O bicho fica feio. Feio feito uma facada nos fundilhos.

Num primeiro momento eles gritam, taxando todos os que não se encaixam em sua mente quadrada, de fascistas, golpistas, machistas, “qualquercoisaistas” que lhes der na ventana.

Já num segundo, bem, aí a violência física toma a frente e o pau come em nome, é claro, do multiculturalismo, da diversidade e da tolerância que, mutatis mutandis, não tolera a existência do divergente.

Resumindo a peleja: ao final disso tudo, esse tipo de gente chama esse disparate todo, que consome milhões do erário público e desperdiça uma quantidade descomunal de energias humanas, de “luta pela liberdade” ou “a construção de um mundo melhor possível”.

É mole ou quer mais? Não. Não é moleza e é assim mesmo. E por que? Porque essa trupe de radicais forever, revoltada até o tutano, é capaz de amar a humanidade, porque ela é uma abstração; porém, não consegue amar o seu vizinho, o tal do nosso próximo, com todos os seus defeitos e esquisitices, porque esse é parte da realidade. E o real, por definição, contraria, e sempre contrariará, os nossos desejos e vontades em maior ou menor proporção. 

Enfim, por essas e outras que essa gente não é capaz de encarar a vida de frente e agir como uma pessoa razoavelmente madura e minimamente generosa. 

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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