Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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REFLEXÕES SEM MUITA PONDERAÇÃO

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

PONDO DE HONRA
Há pessoas que juram fidelidades mil à grupelhos políticos que, no fundo, não passam de organizações mafiosas da pior estirpe. Em tal tipo de lealdade, não há dignidade alguma não. Não mesmo. O que há nesse tipo de fidelidade é apenas uma vil cumplicidade criminal que tenta ridiculamente se apresentar de maneira honrada. Enfim, no frigir dos ovos, tudo isso é tão somente uma sinistra piada.

PONTO DE HONRA - 2
A única lealdade válida, digna de respeito, é aquela firmada frente a verdade e em nome dela. Todo resto que contradiga essa obviedade não passa duma rasteira safadeza. Só isso e olhe lá.

A PINHA DE MAQUIAVEL - 1
A arte da política, para aqueles que almejam retomar o poder perdido, consiste em fazer vista grossa frente aos seus malfeitos e em passar um pente-fino em tudo aquilo que seus adversários, empoleirados no poder, cogitem realizar. É sempre assim. Apenas muda-se o tom, a intensidade das cores e, é claro, os papéis que são interpretados pelos atores dessa infindável opereta bufa.

A PINHA DE MAQUIAVEL - 2
Almejar a grandeza sem perder a decência, procurando sempre mais servir que ser servido. Essa é a regra de ouro dos grandes estadistas. Dos grandes homens dum modo geral.

Todos aqueles que dedicaram-se a leitura dum bom punhado de biografias de homens dessa envergadura sabem muitíssimo bem do que estou falando e o quão raros são esses tipos na atmosfera política brasileira. Hoje mais do que nunca.

Agora, cobiçar o engrandecimento pessoal e a usurpação de bens materiais para si e para os sequazes de sua matilha, perdendo toda a vergonha, que poderia ter um dia existido nas ventas, é a fórmula mais que perfeita do canalha politiqueiro, do oportunista populista que tanto infecta a vida pública nacional.

Pior! Essa raça de sicofantas crê que a defesa de seus interesses particulares e de seu covil seja a mesmíssima coisa que a defesa do interesse público. Creem mesmo? Acho que não. Não mesmo.

A PINHA DE MAQUIAVEL - 3
Uma coisa que, aparentemente, nem os indivíduos que mergulham de cabeça no lamaçal da política brasileira, nem os cidadãos incautos entendem é o tal Nicolau Maquiavel. Principalmente quando ficam citando o referido pensador florentino para justificar os atos dum caudilho ou para explicar as estripulias de canalhas desvairados que tem como esporte a avacalhação geral da coisa pública.

Ele, Maquiavel, afirmava em sua obra que os fins deveriam justificar os meios; sim, porém, os fins justificariam os meios para a realização da razão de Estado e do bem comum e não, como frequentemente vemos nessa terra de desterrados, para justificar toda e qualquer prática desavergonhada, toda e qualquer imoralidade que visa realizar tudo o que for possível para favorecer os mais vis interesses egoísticos e beneficiar os cínicos negócios de uma facção de parasitas que fazem troça da razão de Estado e carneiam o bem público de maneira bestial.

Enfim, seja como for, Nicolau Maquiavel não era santo, porém, não chegava a ser diabólico como muitos de nossos (des)governantes o são.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.
Blog: http://zanela.blogspot.com/

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