Por Dartagnan da Silva Zanela (*)
Meditar, refletir diariamente sobre nossos atos e
palavras, pensamentos e sentimentos; considerar, no silêncio de nossa
consciência tudo o que nos ocorre; ponderar no íntimo de nossa alma, no início
e ao fim do dia, sobre tudo o que testemunhamos, a respeito de tudo o que está
ocorrendo e que nos é noticiado de maneira formal ou informal, esse é o mínimo
que uma pessoa suficientemente decente deve fazer para policiar-se, para
manter-se vigilante quanto aos seus caminhos e manter-se atento aos possíveis
descaminhos que se apresentam em nossa vida.
No caso dos caminhos, um exercício simples como esse
nos auxilia a continuarmos perseverando nele. Agora, quando a questão é sobre
os descaminhos, ou se em algum momento tivermos o desatino de toma-los, para
corrigirmos a nossa rota e, consequentemente, conhecermos melhor nossas
fraquezas, tal prática é indispensável.
Enfim, seja como for, chega a ser desconcertante
imaginarmos que muitíssimas pessoas hoje em dia não realizam esse ato mínimo e,
por que não, simples. Ato esse que é-nos recomendado por sábios de todos os
tempos e povos. Sábios da envergadura dum Platão e de um Confúcio e que, ao
menos, até pouco tempo atrás era-nos ensinado amorosamente por nossos pais.
Pois é, algo de muito errado está acontecendo com a
tal da humanidade modernosa. Muito errado mesmo.
De tão esquisita que as coisas andam que uma observação
tão simples, apresentada num pobre missiva como essa, nos confusos dias vividos
hoje por nós, acaba tomando um tom de inocência pueril, haja vista que, em
nossa época doentia, maturidade tornou-se sinônimo de vileza e vulgaridade.
Não é à toa que nossos país e suas municipalidades
encontram-se no estado em que estão.
(*) Professor, cronista e bebedor de café.
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