A TARDE CAIU. CAIU A TARDE EM NOSSO RINCÃO. Caiu mansa e
vagarosa no ritmo com cansaço dos festejos da virada do ano novo.
Em meio a esse marasmo, num dado momento dessa tarde vadia,
esta eu na cozinha de meu rancho para pegar mais uma xícara de café antes de
voltar para meu escritório, pra minha toca de livros e papéis velhos e, então,
eis que ouço o toque da campainha. Pilililim! Pilililim!
Vou na direção da porta. Meu filho também vai. Vai dizendo
que ele iria atende-la. Mesmo assim, fui junto. Afastei a cortina e espiei pela
janela para ver quem era.
Era a vizinha. A vizinha de frente que nos trazia a capelinha
de Nossa Senhora Aparecida.
Estalei meus olhos. Nossa! No primeiro dia do ano, dia de
Santa Maria mãe de Deus, somos honrados com tamanha graça.
Confesso, sem medo algum de parecer esquisito, ou algo
parecido, que fui tomado por uma alegria indescritível e, por isso, findo por
aqui mesmo esse colóquio sem mais nada dizer a não ser que agradeço a Deus por
essa bênção que, eu e minha família, hoje recebemos.
(*) Professor, caipira,
escrevinhador e bebedor inveterado de café.
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