Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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PROCURANDO CHIFRE NA CABEÇA DUM CAVALO


Não sei o que deve ser feito para arrumar o mundo, nem como tornar o Brasil um país respeitável. Pra falar a verdade, não sei nem mesmo o que fazer para que minha cidade seja melhor. Porém, sou capaz de pensar algo que pode nos tornar uma pessoa melhor. Mas só um pouquinho melhor.

(ii)
Verdade seja dita: cachorro que ladra não morde, mas intimida. Intimida até certa altura. Depois disso, bem, depois disso cada um sabe o que fazer para que o ladrar vire um vagido acuado.

(iii)
As imagens midiáticas, não são o retrato da sociedade atual. Nem os espetáculos, supostamente, da vida. A sociedade é formada por pessoas que se relacionam através da mediação de imagens que são construídas a partir das mídias que espetacularizam a vida em pequena e grande escala.

(iii)
Na sociedade atual, tudo passa pelo crivo da espetacularização e a vida é reduzida a um conjunto efêmero de imagens. O aparente e o superficial tomam o lugar antes reservado ao substancial. Hoje, o essencial tornou-se viver o momento projetado para esvaziar-nos de nossa humanidade.

(iv)
A espetacularização da vida é a negação da mesma.

(v)
Quando consideramos algo bom simplesmente pela sua aparência agradável, e midiaticamente apresentável, é porque as imagens espetacularizadas já envenenaram nossa alma de tal forma que substituímos os critérios de beleza, bondade e verdade pelos de aparência, afeição e sedução.

(vi)
A realidade já foi, praticamente toda ela, fotografada, filmada, digitalizada. O que resta agora é que a mídia devolva a realidade para ela mesma. E ela está fazendo isso de maneira sumamente deturpada e depravada, piorando significativamente aquilo que, em si, já era bem ruim.

(vii)
No fundo, na sociedade contemporânea, não existem mais cidadãos. Nem eleitores. Os que temos são espectadores ciosos por alguma forma de interatividade com as estrelas do reality show da vida política. Fãs, de todos os tons e matizes, que pairam em torno do brilho de seu senhor.

(viii)
Mais dia, menos dia, esse tal de suposto será preso.

(ix)
Empoderamento é não ser autorizado pela militância, e pelo Estado, a livremente dizer não (a discordar) pra não ferir o comportamento de rebanho ideologicamente constituído na base do não questionamento do ideólogo alfa que diz quem se deve odiar pra se sentir uma alma boazinha.
(x)
Tem muita gente usando fortemente a tal da força de expressão. Estão forçando tanto que está dando pra sentir o cheiro da força no ar.

(xi)
MST invade inúmeras fazendas em atos de apoio ao Molusco mor. Perfeito. Então esse é o Brasil que, com Lula, essa gente quer construir? Entendo.

(xii)
Fernando Haddad sugeriu que o Viagra deveria ser vermelho pra homenagear Lula. Está certo. Após o ato pro-Lula em São Paulo isso até faz algum sentido. Depois daquilo que foi exibido, provavelmente, haverá muita gente que precisará, pra se motivar, dum azulzinho. Ou vermelhinho.


(*) Apenas um caipira bebedor de café.

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