Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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E MINERVA DESCANSA EM MEIO A TURBULÊNCIA

Escrevinhações n. 924, redigido em 13 de dezembro de 2011, dia de Santa Luzia e de Santa Otília.

Por Dartagnan da Silva Zanela

Por que minhas palavras negam-se a tecer qualquer gentileza frente as almas que se empavonam com toda ordem de trocadilhos politicamente corretos e chavões críticos provenientes de uma consciência apatetada? Por que sou uma pessoa tão ruim de pena (e boca) tão suja? Talvez, penso eu, porque quando a hipocrisia é elevada a categoria de sumo bem o sujeito reduz-se a uma condição infra-humana, vendo a si mesmo como uma fotocópia apolínea da perfeição que não detém e nem mesmo deseja e que, na verdade, despreza. É difícil respeitar algo desta monta.

Cabe lembrar que não sou contra a promoção social de uma pessoa menos abastada como esses tipinhos pensam. Aliás, somente idiotas, como os cidadãos bons-moços, imaginam isso. Talvez, o que eles não percebam, e não querem perceber, é que há uma diferença muito grande entre promover alguém mediante os seus méritos e esforços e simular promover alguém dizendo que ele poderia ser promovido se a sociedade permitisse, desdenhando o necessário mérito e o indispensável esforço.

O desprezo que eles têm pela meritocracia, no fundo, não é um sinal de amor pelos tais excluídos, mas sim, um simulacro canalha utilizado vilmente para camuflar a sua total falta de mérito e bem como a sua inabarcável desídia moral e intelectual. No fundo, todo esse falatório crítico e socialmente (ir)responsável não sinaliza um sincero amor ao próximo, mas sim, uma dissimulada idolatria de si mesmo que se camufla em meio a um amontoado de palavras emotivamente lambidas.

Doravante, a imagem que estes passam, ao menos para os meus olhos deste carcamano desalmado, é a de um covarde moral, de um inepto intelectual que se esconde com sua mesquinharia e pequenez atrás dos fracos para, deste modo, sentir-se fortinho e bonzinho. Trocando por miúdos, esses sujeitos não passam de vampiros do infortúnio alheio.

Bem, se você é uma destas sebosas almas, não se enfeze. Reflita. Dizer ao mais fraco que ele é fraco não o fortalece. Tirar a parcela de responsabilidade pessoal e dizer que a sociedade é que deve ser responsabilizada pela existência de cada um não emancipa ninguém, mas sim, aprofunda a sua débil condição. De mais a mais, esconder-se com sua nulidade à sombra dos fracos com esse discursinho pedante é pura safadeza, mesmo que se diga o contrário.

Por fim, digo, e não me canso de repetir, que é dever do forte fortalecer o mais fraco do mesmo modo que é obrigação do fraco querer fortalecer-se para não mais depender dos favores dos covardes. Sim, uma empreitada desta monda é trabalhosa e desgastante, visto que, preocupar-se é agir, amar implica sacrifícios, o que é bem distinto de nosso cotidiano fingir.

Pax et bonum
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