Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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RABISCOS POLITICAMENTE INCORRETOS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Os cidadãos mundanamente críticos aplaudiram histericamente a homilia do Papa Francisco sobre a hipocrisia, sobre a vida dupla, como se tal condenação fosse uma novidade – haja paciência com tão presunçosa e soberba ignorância.

E aplaudem e mandam beijinhos não porque amam Cristo. Também não o fizeram isso pelo conteúdo do sermão (porque essa gente o ignora isso também), mas sim, porque eles viram na referida homilia uma martelada sendo dada nos dedos de todos os católicos. Só por isso. O que, por si, demonstra que não há amor ao próximo no coração dessa gente politicamente corretíssima. Apenas fingimento e afetação.

E é claro que na cabeça desse tipinho de gente, essa atitude mesquinha da parte delas, não é hipocrisia não. É criticidade progressista.

Pois é. Porém, quando esse mesmo Papa vier na Quaresma a lembrar que todos nós devemos rezar, ser penitentes, nos converter e crer no Santo Evangelho, as mesmíssimas almas sebosas irão virar a fuça e se fazer de sonsas porque aí, meu caro, elas sentir-se-ão totalmente desnudas e expostas com seu cinismo mundano e daí não haverá beijinhos nem aplausos para o sucessor de São Pedro.

(ii)
José Orgeta y Gasset afirmava que a hipocrisia é um elogio feito pelo vício para a virtude. Isso mesmo. Um elogio.

Se o carniça é um hipócrita é porque ele sabe que vive no pecado e que, por isso mesmo, finge ser algo bom e, muitas vezes, de tanto fingir ser bom, o fulano acaba com o tempo tornando-se o simulacro de bondade e termina rasgando as vestes diante de seu fingimento afetado.

Porém, todavia e entretanto, quando fazemos dos nossos pecados um projeto de vida, quanto sentimos orgulho de nossas imundices e insistimos em exigir que os outros aplaudam-nos por isso, aí meu caro Barnabé, o bicho é feio. Bem feio mesmo.

(iii)
A sociedade brasileira contemporânea considera como normal e sadio tudo aquilo que, de alguma forma, colabore para que as almas se condenem ao abismo do inferno.

(iv)
Somos tímidos para procurar primeiro o reino dos céus, claudicamos quando o assunto é colocar a vontade, o projeto de Deus acima dos nossos projetos miúdos, porém, nem pestaneja-se por um instante que seja quando o assunto é ofender o Altíssimo com a idolatria do pecado dizendo, levianamente, que isso ou aquilo é coisa do passado, que os tempos são outros e blábláblá, ignorando que aquilo e isso são coisas da eternidade, não do tempo.

(v)
Não se pede para que Deus abençoe nossos pecados. Jamais. Devemos sim pedir humilde e insistentemente para que o Altíssimo perdoe nossa forma porca de viver; devemos pedir força e perseverança para mudarmos de vida, nos converter e crer no Santo Evangelho. É isso. Só isso.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

QUASE POESIA - n. 80

Com um só golpe certeiro
O marxismo cultural sem piedade
Destrói inteligência dos sujeitos
Pervertendo os usos da linguagem.

APENAS UMA FANTASIA TRISTE

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
O raciocínio leniente vigente das truncadas mentes iluminadas do STF não deixa muitas margens para dúvidas de que o crime no Brasil compensa, sim senhor, e procurar ser honesto não passaria dum preconceito ideológico pequeno burguês.

(ii)
O carnaval é uma festa tão triste e deprimente que necessita de baterias ensurdecedoras, abusos etílicos e fantasias espalhafatosas para tentar negar a patente e indisfarçável tristeza. Aliás, como tudo o mais em nosso malfadado país.

(iii)
Uma sociedade que não cultiva o hábito da leitura emporcalha-se e, ao final, acaba idolatrando o rebolado duma bunda desnuda afirmando, soberbamente, que isso deve ser respeitado porque faz parte da diversidade cultural dum povo.

(vi)
Para muitos cidadãos comuns, que insistem em ganhar o pão de cada dia com o suor do seu rosto, bandido bom seria bandido morto; já para outros, menos exaltados, bandido bom seria bandido preso.

Já para o STF e muitíssimos juristas isso tudo seria truculência pura e simples duma mentalidade retrograda e blábláblá porque, para esses doutos, ao que tudo indica, bandido bom mesmo é bandido indenizado e solto.

Pois é, se eles dizem isso da altura de seus diplomas tá tudo certo – certíssimo. E, enquanto isso, o dito cujo do cidadão comum agoniza silenciosamente em seu soturno cotidiano sem que uma única voz se levante para acudi-lo.

(vii)
Nosso Senhor disse que devemos ser como crianças para podermos ganhar o reino dos céus, não para sermos infantis. Não confundamos inocência com egocentrismo perene.

(viii)
O fato duma pessoa discordar do que você pensa e do que você faz não significa que ela te odeia. É mais ou menos assim: amar não é bajular, tolerar não é aprovar e divergir não é discurso de ódio. Simples assim. Tão simples e sutil que somente um idiota progressista e politicamente correto é incapaz de entender essa patente obviedade.

(ix)
Todas as nossas jornadas, principalmente as mais árduas, devem ser trilhadas por um caminho suave. Entendamos isso e, inevitavelmente, cresceremos em espírito e verdade.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

Trio Mandili - Erti nakhvit

A PEDRA PARTIDA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Um coração convertido à vontade de Deus pede ao Altíssimo que lhe dê uma vida de acordo com o coração Dele. A isso se dá o nome de sabedoria.

Já um coração desordenado, que ignora que Deus tenha um propósito para sua porca vida, quer apenas sentir-se bem de acordo com a desordenação que em seu peito habita. A isso se dá o nome de estupidez diabólica.

Nesse caso, o indivíduo se regozija em apontar para a hipocrisia alheia sem perceber o tamanho do cinismo que há nesse modo de falsear a consciência dos seus próprios pecados.

Algo que, diga-se de passagem, a galerinha progressista e politicamente correta ama fazer.

Enfim , resumindo o entrevero: esse tipinho de gente não se toca do quão leviano é acusar de hipócrita aqueles que ousam divergir de sua vaidade mundana. São capazes, inclusive, de quererem ser canonizados por sua insensatez.

É esse tipo de gente que aplaude o que a grande mídia afirmou que o Papa disse sem saber o que exatamente o Santo Padre falou.

(ii)
No Brasil, ignorância ideologizada é um sinal de grande mérito intelectual, um símbolo de distinção moral. Basta que o caipora diga que é contra isso ou aquilo, que repita meia dúzia de palavras de ordem que ele já está apto para ser considerado um cidadão criticamente impoluto.

(iii)
Estava matutando cá com os meus botões e, pensei (logo, fedeu): bem provavelmente a imagem mais surreal de toda a história recente, que melhor ilustram o estado demencial em que se encontra uma significativa parcela da sociedade contemporânea, foi a dos militantes LGBT e feministas protestando contra Donald Trump portando cartazes e faixas contra o que as mentes sonsas chamam de islamofobia. De fato: quase chega a dar dó dessas pobres almas. Quase. Sou ruim de mais pra sentir isso. Como sou.

(iv)
Poder não é ocupar um cargo de mando. Poder é influenciar e mesmo dirigir aqueles que ocupam cargos dessa natureza.

(v)
Os tontos falastrões se gabam de ter dinheiro em sua algibeira. Os que verdadeiramente são astutos têm pessoas em seus bolsos e, por isso, não precisam se vangloriar de nada. Os primeiros brincam de mandar; os segundos mandam sem nada falar.

(vi)
Os “pitista” não se cansam de dizer, histericamente, que o PMDB é um partido mequetrefe e blábláblá. Sim, concordo. Aliás, boa parte da população também, principalmente pelo fato de que, até a pouco, a dita legenda era uma querida aliada de longa data da companheirada vermelha, não é mesmo? De mais a mais, em que medida deixou de ser? Pois é, pois é, pois é.

(vii)
O partido tucano é mais perigoso que o partido lulista. Sempre foi e sempre será por uma razão bastante simples: ambos têm praticamente a mesma agenda socialista, porém, no segundo a loucura é clara e qualquer um com dois olhos é capaz de reconhecer; no primeiro ela é dissimulada e engambela todas as almas desavisadas que, no Brasil, abundam e todas as plagas.

(viii)
Cidadania, no Brasil, é um concurso de vitimismo. Quem conseguir posar de coitado com mais convicção será visto como o caipora mais crítico da paróquia e, se convencer a todos que a sociedade historicamente lhe deve alguma coisa aí sim ele ficará bicho velho. Será um cidatonto completo.

(ix)
Tão deprimente quanto orgulhar-se de seus pecados e deles fazer um projeto de vida é ufanar-se de suas fraquezas e torná-las o galardão de sua insignificante e crítica vida [depre]cívica.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

QUANDO TUDO CADUCA DE VEZ

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Definitivamente, no mundo modernoso não existe mais o tal do bom senso, do bom e velho meio termo.

Hoje, tudo, é mais ou menos assim: ou vive-se petrificado pela rigidez de normas paridas pelas filhas da Rainha de Copas ou vive-se entregue a total degradação advinda da absoluta desordem dos nossos instintos mais baixos.

Pior! Na maioria das vezes a insensatez chega a tal nível que o desregramento é estimulado e garantido por leis com pretensões pétreas. Eis aí a última grande modinha.

Enfim, seja como for, atualmente a tal da autodisciplina, da gentiliza e do dito cujo do bom gosto não mais fazem parte do cardápio do bem viver humano.

(ii)
Um dos maiores sintomas da estupidez moderna é encarar a multiplicidade de tradições religiosas como se essa fosse algo similar a um cardápio. Não se lida com as questões do espírito da mesma forma que tratamos as necessidades de nosso estômago.

(iii)
A imbecilidade é um “dom” universal multifacetado. Mudam-se os povos, passam-se os anos e lá está ela com outra cara, com um novo cheiro, mas com a mesma substância imbecilizante.

(iv)
É necessário desmimizar o país. É urgente que desmimizemo-nos para podermos robustecer nosso caráter e fortalecer a nossa personalidade para, desse modo, nos colocarmos à altura dos desafios que nos são apresentados pelo triste desenrolar de nossa história recente.

(v)
Lembremos sempre: é preferível ter um perfil xucro que ter uma latrina no lugar da cabeça; antes o xucrismo puro que sermos uma alma de geleia sebosa.

(vi)
Deus não é um carinha legal, nem um quebra galho imaginário utilizado pelos tontos desesperados. Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. Ele é isso, e sempre será, mesmo que sejamos persistentemente incapazes em compreendê-Lo.

(vii)
A razão, para uma pessoa desprovida de imaginação, é similar a um adorno refinado abandonado numa cova vulgar.

(viii)
O sábio, dum modo geral, está sempre insatisfeito com o que ele é e, por isso, almeja tornar-se alguém melhor. O medíocre, por sua deixa, sempre está insatisfeito com o que ele tem e, por isso, imagina que se tornará alguém melhor se ele possuir algo mais.

(ix)
Uma das grandes tragédias da Igreja em nosso triste país é que ela voluntariamente abdicou de ser Mater et Magistra - Mãe e Mestra - para tornar-se uma simplória animadora de programa de auditório.


(*) Professor, escrevinhador e bebedor de café.

[áudio] CONVERSA QUIXOTESCA - Sobre o Papa Francisco e sua homilia.


PRA TIRAR A SUJEIRA DO UMBIGO

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
É gozado, mas um fato facilmente constatável. No Brasil, quanto mais um sujeito ascende socialmente mais inculto ele se torna porque aqui, nessa terra de desterrados, os símbolos de status social bastam por si para que os indivíduos sentam-se o último gás da coca.

(ii)
O fato dum indivíduo consumir produtos finos, dele saber degustar bebidas e manjares mil, não significa que ele seja uma pessoa de alta cultura. Sinaliza apenas que ele é um sujeito enjoado que faz do seu entojo uma fantasia tão pífia quanto oca de superioridade. Na maioria das vezes, só isso e olhe lá.

(iii)
Uma certeza superior não é aquela opinião que, tolamente, queremos impor aos nossos pares. Certeza superior é aquela que, após uma longa e silente reflexão, revela-se para nós como um farol que nos guia por entre as brumas das artificiosas opiniões do momento.

(iv)
A grande ilusão infundida pelo culto aos diplomas é que muitíssimas pessoas imaginam que essa papel borrado atesta, de modo irrevogável, que elas tornaram-se conhecedoras plenas da verdade e, de alguma forma, possuidoras da mesma, ao invés de, humildemente, entenderem que elas apenas estão no ponto de partida da longa jornada que poderá levá-las ao encontro da sabedoria.

(v)
Idolatrar o respeito a diversidade de opiniões é enxovalhar o conhecimento da verdade em nome da soberba do erro que vaidosamente se recusa a curvar-se diante da realidade.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

NAS GARRAS DO WOLVERINE

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

DO JEITINHO QUE O DIACHO GOSTA
O grande problema do Brasil é que aqui é a terra do meio termo. Tudo é pela metade, morno. Somos uma nação Cristã amornada, somos um povo mais ou menos honesto e governados por políticos mais ou menos decentes, enfim, num país assim a única coisa que se apresenta de modo integral e pujante é a degradação geral devido a nossa insuperável mornidão que turva com grande êxito o discernimento cívico-nacional.

AINDA DAQUELE JEITO
A palavra de ordem em nosso triste país é a dita cuja da ética. Não são poucos os que clamam por mais ética na vida pública e, inclusive, nas esferas da vida privada. Mas não é esse, de fato, o grande problema a ser resolvido não.

Francamente, há ética sim, e de sobra, no viver nacional.

O “x” da questão é a ética adotada majoritariamente pela brasilidade dum modo geral. No fundo, bem no fundo, o que todos no Brasil querem ter é uma vida boa sem necessariamente que isso implique em procurar viver uma vida justa. Esse é o princípio subjacente a grande maioria dos discursos politicamente corretos e revoltadinhos. Todo ele bem disfarçadinho com inúmeras camadas de indignação fajuta e sentimentalismo de mesa de bar.

Por isso, bem por isso, enquanto continuarmos tendo esse turvo princípio orientando as nossos ações a ética nacional continuará sendo apenas o que atualmente é: um enfeite para adornar a nossa canalhice brasiliana fundamental. Só isso, ou algo pior.

FACETAS DA ESCRAVIDÃO PÓS-MODERNA
O que as potestades estatais ganham com o estímulo desenfreado e descarado de toda e qualquer forma de libertinagem sexual? O que os senhores sombrios que aparelham o Estado para realização de sua agenda ganham com a elevação dos prazeres – de todos eles - a categoria de fontes inalienáveis e inquestionáveis de direitos fundamentais? O que?

Bem, o enrosco é mais ou menos assim: indivíduos que não são capazes de se controlar, de sobrepujar os seus instintos primários e secundários, são mais facilmente escravizáveis por aqueles que, de algum modo, se disporão para garantir o seu "direito" de satisfazê-los, de modo similar à relação dum dependente químico com um traficante.

Resumindo: gente que é incapaz de se dominar é mais facilmente dominada. Entenda isso, pare com essa pieguice politicamente correta e torne-se senhor de seus desejos e vassalo de sua consciência. E ponto final.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

COM A ALGIBEIRA FURADA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
A fé ilumina a razão e essa fundamenta a fé. A fé que abandona a razão acaba desesperando e, quando a razão ignora a fé, ela também, da sua maneira, cai em aflição.

(ii)
Um diploma, pouco importando do que seja e de onde ele venha, é apenas um papel que atesta que nós passamos por um determinado lugar e que cumprimos certos ritos burocráticos. Porém, esse papel tão valorizado pela sociedade contemporânea, pouco ou nada diz a respeito do tipo de pessoa que nós somos. Pouco mesmo.

(iii)
Desconfio sempre daqueles que dizem representar os meus interesses sem jamais ter me consultado. Gente assim, de um modo geral, está apenas procurando defender os interesses de sua patotinha política ao mesmo tempo em que afirma cinicamente estar, como dizem, lutando pelos meus direitos. Infelizmente, biltres desse naipe abundam em nossa sociedade.

(iv)
Não espere realizar um bem repetindo um punhado de imbecilidades mal disfarçadas sob o mando roto do politicamente correto.

(v)
O politicamente correto com todo seu bom-mocismo enjoado e engajado nada mais é do que a expressão atualizada daquilo que a Sagrada Escritura chama de sepulcros caiados.

(vi)
É no silêncio da consciência individual que podemos exumar o cadáver putrefaz da bestialidade coletiva.

(vii)
Negar que o sistema educacional brasileiro é uma poderosa máquina de doutrinação marxista seria algo similar a afirmar que a grama é rosa e não verde. É negar o óbvio.

(viii)
Toda vez que o Estado começa a soberbamente decretar o que é bom e o que é mal em matéria moral é porque que ele está transubstanciando-se num Leviatã totalitário.

(ix)
Reconhecerei a seriedade das reformas e contenções de gastos propostas pelos bernes que parasitam a maquinaria estatal quando esses, primeiro, conterem a sua voracidade canina frente ao erário e começarem a cortar a própria carne dando assim um exemplo de responsabilidade. Infelizmente, até agora, tudo o que vem sendo apresentado para a sociedade que agoniza em meio à crise como solução, francamente, a mim parece apenas uma encenaçãozinha bufa de populismo histriônico do mais baixo nível. Só isso e olhe lá.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

LETRAS CARBONÁRIAS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
De um modo geral, os professores com duas ou mais mãos canhotas – cuja cartilha começa com greve e termina com invasão [ou ocupação, como preferem dizer] - não entendem que uma coisa é ser [ou imaginar-se] professor, outra bem diferente é ser visto e reconhecido como um.

Querer a primeira sem lavorar para edificar a segunda é um baita tiro no pé. Podemos até desgostar disso, mas, como dizem os tongos, essa é a mais pura verdade. Só não vê isso quem não quer.

As potestades estatais entenderam muito bem essa lição e a colocaram em prática com paciência e astúcia maquiavélica; já as facções sindicais não e, ao que tudo indica, não estão muito interessadas em aprender nada com essa amarga instrução que nos é oferecida pelas muvucas dos últimos anos para infelicidade geral daqueles que elas supostamente dizem representar.

(ii)
Se um grupo de pessoas que capitaneia uma associação ou sindicato tem por intento utilizar-se dessa organização para desgastar a imagem de um político e de seu partido, tudo bem, que o faça. Principalmente se esse for o braço sindical de um partido político adversário desse. Como dizem os tongos: isso faz parte do jogo.

Porém, todavia e, entretanto, seria bom que tais indivíduos se lembrassem de que ao fazer isso eles estão utilizando-se de outras pessoas como ferramenta política [como massa de manobra]. Pessoas essas que, muitíssimas vezes, ignoram total ou parcialmente os objetivos subjacentes à ação perpetrada em seu nome por aqueles que estão na direção do grupo.

E tem outra: seria bom que essas pessoas não se esquecessem de que, quando nos fiamos nesse tipo de peleja com o propósito de desgastar a imagem de alguém, nós também, inevitavelmente, acabamos nos desgastando, principalmente se ignoramos o quão resistente é o adversário ao mesmo tempo em que ignorasse a importância de construirmos e cultivarmos uma boa imagem perante a opinião pública. Não calcular adequadamente essa variável seria duma leviandade sem tamanho.

E tem mais uma: quando se ataca alguém é mais do que natural que esse alguém revide, cedo ou tarde, com mais intensidade, principalmente se esse outrem for mais forte e tiver uma dose maior de paciência para aguardar o momento mais apropriado para dar o bote.

Antecipar as ações e reações do adversário é algo imprescindível. Aliás, algo que qualquer um que jogue xadrez sabe muito bem.

Enfim, não é preciso nem dizer, mas direi: ignorar essas obviedades é morte na certa. Morte política e degola da imagem de todo um grupo de pessoas que foram utilizadas como instrumento numa operação política mal orquestrada e, não assumirem a devida cota de responsabilidade pelos ônus gerado pela ação malfadada é algo, no mínimo, temerário. No mínimo.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

ENTRE BARBARIDADES

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Não é de bom alvitre deitar as vistas nas páginas da história para simplesmente afirmar que tudo o que aconteceu, e que os protagonistas desses acontecimentos, seria apenas a expressão do que há de pior na espécie humana.

Fazer isso seria apenas, na melhor das hipóteses, uma forma soberba de celebrar vaidosamente a nossa mediocridade.

Por isso, no fundo, todo esse trelelê de história crítica não passa duma reminiscência duma ilação infantil, do tipo: sou bonzinho porque não sou como o fulaninho.

Enfim, devemos sim, penso eu, voltar nossos olhos para a história e com humildade e piedade procurar aprender com os erros de antanho e inspirar-nos nos acertos e, desse modo, crescermos em espírito e verdade e nos tornar, se possível, dignos, prestativos e bons.

(ii)
Os invejosos são elementos integrantes da glória; indivíduos que, contrariados, acabam sempre dando seu testemunho fecal sobre as conquistas dos outros.

(iii)
A nobreza de caráter consiste em não exagerar na descrição de nossos padecimentos. Ao contrário! Para os indivíduos altivos todo e qualquer sofrimento é visto como uma oportunidade para levantarmos a cabeça e olharmos para além da poeira do momento. E, por essas e outras que onde não há um povo com essa têmpera a democracia não passa de uma assembleia de medíocres - com almas de geleia - manipulados por escroques e canalhas da pior estirpe.

(iv)
Quando um intelectual, todo cheio de direitos dos manos e demais tranqueiras paridas pelo marxismo cultural enxovalhar os policiais militares sem dó ou clemência, lembre-o: esses homens e mulheres, bem ou mal, com e sem farda, arriscam suas vidas diariamente para, dentro do possível, fazer valer a segurança de ilustres desconhecidos como eu e você.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

[áudio] CONVERSA QUIXOTESCA (12/02/2017): the walking dead - parte III

[áudio] CONVERSA QUIXOTESCA (12/02/2017): the walking dead - parte II

REFLEXÕES GASTAS E PALAVRAS CORROÍDAS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Um país, como o Brasil, que vive mentido sobre si, através de números artificiosos e por meio farsas historicamente construídas, jamais terá algo verdadeiro, bom e belo como futuro.

(ii)
O silêncio é imprescindível para nos defendermos das balburdias ideológicas e midiáticas que vicejam a nossa alma para devorá-la. Desgostar e mesmo temer o silêncio já é, em si, um sinal de degenerescência do caráter e de decrepitude da personalidade.

(iii)
O espírito de sacrifício é a base de uma vida honrada. Quanto mais elevada é a posição que o indivíduo ocupa numa sociedade, maior deve ser essa inclinação em sua alma. Sem isso, não há nobreza. Sem esse espírito aristocrático a democracia reduz-se a uma reles oclocracia coroada pela vilania oportunista de qualquer tirania.

(iv)
Os traidores, pouco importa quem ou o que eles sejam, de um modo geral, não passam de tiranos vulgares. Déspotas derrotados pelas circunstâncias que, por não poderem fazer valer a sua vontade, contentam-se canalhamente com um papel menor, de figurante, para poder impor, mesmo que parcialmente, os seus interesses mesquinhos.

(v)
A moral tem a mesma raiz que o sagrado. Uma com o outro são os alicerces da vida em sociedade e sustentáculos da alma humana. Por isso, é praticamente inevitável que quando o segundo é achincalhado a primeira venha a entrar em franca deterioração. Consequentemente, a sociedade não tem como não acabar mergulhando gradativamente no caos e as pessoas acabarem ficando desamparadas, perdendo-se em meio aos entulhos, religiosos e morais, que jazem no âmago de suas atormentadas almas que, vagarosamente, terminam por abdicar do bom senso e da razão.

(vi)
O Brasil, definitivamente, é uma obra surreal de Salvador Dali. Em meio ao pandemônio que assola as terras capixabas ver um caminhão passando pelas ruas tocando “Imagine” de John Lennon é simplesmente o retrato perfeito da mentalidade demencial da nata pensante - radical chique - brasileira. Enfim, por hora, o melhor que podemos fazer, é rir, porque ainda é muito cedo pra chorar.

(vii)
No Brasil, a feiura moral e a deformidade estética não são acidentais não; são um megalomaníaco projeto político orquestrado por gerações e gerações de pessoas desfiguradas espiritualmente.

(viii)
Os caiporas radicalmente chiques, com suas confrarias críticas de doer, celebram a feiura e a deformidade como se essas tranqueiras fossem a expressão da mais refinada daquilo que eles chamam de vanguarda artística.

(ix)
O belo, o verdadeiro e o bom, no Brasil, encontram-se artificiosamente divorciados; e se essa tríade é apresentada dessa maneira fragmentária às tenras gerações, a apreciação da beleza, o contemplação da verdade e a realização da bondade tornam-se uma impossibilidade.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

[áudio] CONVERSA QUIXOTESCA (11/02/2017): The walking dead - parte I

[áudio] PROGRAMA AVE MARIA, 09 de fevereiro de 2017.

O PROGRAMA AVE MARIA é o programa radiofônico da Paróquia NOSSA SENHORA DE BELÉM que vai ao ar pelas ondas da rádio IGUAÇU FM de segunda a sábado às 18h00. Na quinta-feira o programa é apresentado por DARTAGNAN DA SILVA ZANELA.

BOLA DE MEIA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Viver é para os corajosos. Os covardes, por sua deixa, contentam-se apenas em gozar de uma subsistência material vulgar desprovida de qualquer freio moral.

(ii)
Os inocentes, infelizmente, sempre pagam pela consequência das ideias e dos atos dos canalhas cujas ações se multiplicam endemicamente e enredam tudo e todos confundindo os primeiros com os segundos.

(iii)
Se as estrelinhas do show business estão apontando para uma direção, pode ter certeza: é furada. Uma baita furada.

(iv)
Os sofrimentos, graúdos ou miúdos, nos ensinam a ser gente. Quem não compreende essa faceta da existência, não sabe o que significa viver humanamente.

(v)
O que será que os intelectuais, com duas mãos canhotas e cheios de boas intenções, teriam a dizer se, por ventura, todos os policiais do Brasil, duma hora pra outra, resolvessem cruzar os braços. O que será que eles diriam? Entendo...

(vi)
O politicamente correto, não apenas distorce a percepção da realidade com seu vocabulário artificioso; ele paralisa a inteligência humana ao ponto de impossibilitar a tomada de qualquer decisão razoável por introduzir na alma um medo constante de ferir sensibilidades ou de transgredir o artificioso vocabulário que se impõe como sendo algo sumamente correto colocado acima da verdade.

(vii)
Um chato sozinho é insuportável, porém, dentro do possível, até dá pra conversar com o mala. Agora, uma multidão de chatos é invencível e não há maior insensatez neste mundo que tentar convencê-la de qualquer coisa que contrarie seu ímpeto de amolador.

(viii)
Todo mundo tem seu momento de chatice e, verdade seja dita: o direito a esse momento é inalienável. Porém, todavia e, entretanto, o chato não tem um momento xarope; ele é chato em todo e qualquer momento.

(ix)
Não existe na face da terra nada mais chato que um militonto. Pouco importa a cor da sua militontice, todos são chatos na devida medida de sua idiotice.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

QUASE POESIA – n. 79 (09/II/2017)

Os bens, a vida e mesmo a dignidade
Podem de um homem ser usurpado
Tudo pode lhe ser de uma vez tirado
Menos a esperança e o amor à verdade.

FURANDO O TAL DO PONTO DE VISTA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Não leve as suas ideias muito a sério. Não mesmo. Todavia, procure, na medida do possível, fazer tudo que está sob sua responsabilidade com a devida seriedade sem ficar ideiando bobagens.

(ii)
Quando o caos se instaura, fica difícil de rastrear os responsáveis diretos e indiretos, de verificar como os atos desse, daquele e, obviamente, também os nossos, se entrelaçaram para gerar a cama de gato onde todos padecem. Uns mais, outros menos, mas todos sofrem tendo de carregar consigo a sua fatia de agonia. Na verdade, pra ser bem sincero, não é difícil fazer esse rastreamento não. O problema é que sempre é muito mais cômodo para nossa consciência afogada em auto piedade procurar um culpado para os males que nos assolam do que entender o que realmente está acontecendo e admitir a nossa dose de culpa.

(iii)
Depois da tragédia capixaba quantos serão os caras de pau que irão levantar a voz para falar qualquer coisa sobre o tal desarmamento e a respeito da dita cuja desmilitarização da polícia, quantos?

(iv)
Escarnecer do padecimento alheio é feio pra caramba. Como é. Agora, cinicamente fazer isso com aquele que sofre por causa da consequência direta de seus atos é cretinice no mais elevado grau, indigno até mesmo para mafiosos da pior espécie.

(v)
Não se leve tão a sério assim. Não vale a pena. Mas leve a sério a realidade e a forma como nos situamos nela para vê-la, amá-la e entende-la.

(vi)
Os idiotas levam muitíssimo a sério as suas ideias de fuinha. Muitíssimo. Os imbecis, por sua deixa, preferem cultivar um senso escroto de humor para valorizar as mesmíssimas tranqueiras. Enfim, o que diferencia um do outro é apenas uma questão de estilo. Só isso e olhe lá.

(vii)
Quando o sofrimento é grande, e a alma também, ele é suportando silenciosamente. Se a alma é miúda qualquer unha encravada torna-se um pé de briga com Deus e o mundo.

(viii)
Desprezar o poder e suas tentações é a única fonte autêntica de liberdade. Todo o resto é servidão.

(ix)
Quando a balburdia é a linguagem vigente o silêncio é o único companheiro que pode nos aconselhar verdadeiramente.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

COM POUCOS VOCÁBULOS E SEM MEIAS PALAVRAS

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Para aprender qualquer coisa é imprescindível que, antes de tudo, estejamos de fato dispostos a aprender algo sobre a dita cuja. Sim, sei que isso é óbvio, mas, obviamente que esquecemos frequentemente desse indispensável detalhe.

(ii)
Se não reconhecermos que a realidade é muito mais densa e complexa que nossa capacidade de compreensão e que ela é mais ampla do que nossa disposição para entende-la, jamais poderemos romper os limites da nossa mediocridade essencial.

(iii)
Nós somos aquilo que fazemos com nosso tempo ocioso. O nosso trabalho fala muito a nosso respeito, mas o que realizamos nas horas vadias revela tudo, tudinho, sobre nossa personalidade.

(iv)
Debate é quando duas ou mais pessoas razoavelmente informadas sobre algo confrontam várias perspectivas sobre um assunto para ampliar o entendimento delas a respeito do objeto que ocupa o centro de suas inquietações. Qualquer coisa diversa disso não passa de conversa fiada em torno duma fogueira de vaidades.

(v)
Tudo o que não poder ser dito em poucas palavras não deve ser exposto num longo texto porque, bem provavelmente, nossa compreensão sobre o assunto ainda está bastante deficitária.

(vi)
A inter-badalação mafiosa é a bebida preferida dos canalhas e dos medíocres. Eles não vivem sem um trago diário dessa porcaria.

(vii)
A letra da lei sem a força que a vivifica e a imprime sobre a sociedade não passa de uma reles letra morta desprovida de sentido. Vide a triste tragédia vivida pelos nossos desemparados e desarmados irmãos capixabas.

(viii)
É um verdadeiro espetáculo dantesco vermos um punhado de almas toscas que desprezam o real valor da cultura falando da importância dela. Cultura não é algo que se improvisa.

(ix)
Pior que a opinião repetida pela maioria é o parecer emitido pelos tais especialistas. A opinião dos primeiros é francamente estulta. Já o parecer dos segundos é tão dissimulado quanto idiota.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

ZOEIRA – A FRONTEIRA FINAL

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

O FIM DA ROSCA
São Paulo adverte-nos em uma de suas epístolas sobre o tempo das fábulas; tempo onde a verdade seria proclamada do alto dos telhados e, mesmo assim, não seria ouvida pelos homens.

Séculos mais tarde, o escritor inglês G. K. Chesterton, rediz o que fora apontado pelo Apóstolo dos gentios, porém, com o seu característico jeitão jocoso. Disse ele, mais ou menos assim: que, cedo ou tarde, viveríamos um tempo em que dizer que a grama é verde seria considerado um absurdo, um insulto à inteligência.

Pois é, hoje em dia há pouquíssima margem para dúvidas quanto ao fato de estarmos imersos nessa época, no tempo das fábulas, onde a insanidade politicamente correta considera o anuncio duma obviedade patente um insulto sem precedentes que deveria ser amoldado e reduzido ao nível da mais rasa demência diplomada para que a verdade não mais seja ouvida e compreendida.

UM TREM PRA LÁ DE SÉRIO
A regra é bem simples: um psicopata acaba sempre rodeado por uma multidão de histéricos que idolatram cegamente todas as estripulias exibidas pela personalidade deformada que tanto os fascina, pouco importando a situação ou o contexto em que a encenação psicopática seja apresentada. Sim, sei que o trem é triste, mas é desse jeito e, por isso mesmo, um trem pra lá de sério.

A LETRA QUE MATA
A moralidade, necessariamente, precede a legalidade. Nem tudo que torna-se legalizado, e praticado coletivamente, converte-se em algo moralmente bom. Sempre é bom lembrar que os maiores absurdos ocorridos no século XX foram perpetrados sob a proteção da lei que soberbamente se sobrepôs à moral. Resumidamente: a modernidade não mede esforços e não economiza os subterfúgios para sufocar no corações dos homens a lei natural para substituí-la pela volubilidade legislativa tangida pelas modas ideológicas do momento.

NÃO É DIALÉTICA
A confrontação do significado de duas ou mais palavras encobertas por várias camadas de sentimentalismo afetado não é dialética nem aqui, nem na casa do Saci. Por mais que nos convençamos do contrário, isso não é a dita cuja. Aliás, é bom lembrar que esse tipo de convencimento não passa de idiotice, na melhor das hipóteses.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.

MAIS UMAS PEDRADAS NA LAGOA

Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)
Esse negócio de se ofender por qualquer coisa, por qualquer palavra desajeitadamente dita, de certo modo, seria o equivalente a tal síndrome de toque.

(ii)
Esse negócio de cultivar uma sensibilidade extremada, pautada em lorotas politicamente corretas, apenas evidencia o quanto o sujeito quer ser adulado sem jamais ser corrigido.

(iii)
Em que medida somos sal da terra e luz do mundo? Na medida em que não tememos desagradar o mundo, não supervalorizamos a carne e lutamos de peito aberto o bom combate contra as tentações do inimigo.

(iv)
Diante da morte, o nosso comportamento perante ela, desnuda-nos; revelando aos olhos de todos a real proporção de luz e sombras que há no âmago de nosso ser.

(v)
Reduzir tudo aos limites da esfera do mundo político é uma deformação espiritual bestial que mutila profundamente o significado de tudo o que caracteriza a vida humana.

(vi)
O triste no Brasil, entre outras coisas, é que a honestidade é tida como um diferencial para alguém ser bem visto como político pela sociedade civil [des]organizada, quase uma bandeira, e não um pré-requisito inegociável para tal.

(vii)
Dedicação não é tudo; porém, já é um bom tanto do caminho andado. Talento, também, não é tudo; mas se estiver apartado da dedicação, ele não é nada. Pior! É apenas um baita desperdício.

(viii)
Todo caboclinho criticamente crítico sempre imagina, furiosamente, que o mundo sempre está errado e que suas ideias, invariavelmente, seriam sempre mais que perfeitas. Nunca ocorreu-lhes, nem por um instante, que o contrário disso seja mais que possível.

(ix)
Todos os regimes totalitários sempre foram promovidos por boas intenções. Todos. E nisso reside o diabólico cinismo da mentalidade dos revoltadinhos críticos que se recusam reconhecer as consequências desastrosas de suas malditas ideias bem intencionadas.


(*) Professor, cronista e bebedor de café.