Por
Dartagnan da Silva Zanela
PESOS E MEDIDAS BALEADOS - É natural
que recorramos a analogias para procurar compreender uma determinada realidade,
ou para expressar o nosso entendimento sobre ela. Entretanto, é patológico
quando confundimos a analogia criada por nós com própria realidade; quando
trocamos a realidade por uma imagem aproximativa que fazemos dela.
Por essas e
outras que não se discute com uma pessoa assim. De jeito nenhum. O que ela
precisa é de “atenção terapêutica”, não da distinção que é auferida a um
interlocutor num debate.
Aliás,
discutindo com uma pessoa assim corremos o risco de entrarmos em sua loucura e
não mais sair. Arriscamos nos tornar um militonto sem nos tocar disso.
REGRA DE OURO - O que um grupo de
pessoas faz por algo que elas consideram seu por direito apresenta-nos uma
pista segura do que essa gente pensa.
Tanto seus
gestos como suas palavras nos contam mais do que elas gostariam que
soubéssemos. Sorrateiramente os gestos escancaram suas reais intenções e suas
palavras indiscretamente revelam suas verdadeiras motivações.
Apenas
preste atenção, um pouquinho de atenção, que as máscaras, sem muito esforço, caem.
CIDADANITE NA PRÁTICA - Tentar explicar
o propósito de uma ação desprezando o necessário esclarecimento dos efeitos da
mesma é reconhecer que não sabemos o que, de fato, estamos fazendo. Ou então,
tal atitude simplesmente revela que não nos importamos nem um pouco com os
efeitos colaterais de nossos atos desde que os nossos interesses sejam
conquistados.
TINTA VELHA - O caráter duma pessoa é
um elemento constante, fixo, que se faz presente em nossos mais variados atos.
Esses são tão diversos quanto contraditórios; aquele é único e determina o tom
de nossa vida em meio à diversidade e confusão dos primeiros.
VENERÁVEL PORQUE SIMPLES - Fulton Sheen
nos ensina uma lição simples, curta e direta. Diz-nos ele que o correto é
correto, mesmo que ninguém esteja correto. Mesmo que ninguém o reconheça.
Também nos diz outra obviedade: que o errado ainda continuará sendo errado,
mesmo que todos estejam errados. Deu pra entender a simplicidade da lição?
DÚVIDA CRUEL - Quando certas almas
dizem pra mim que gostam de ler e que leem muito, confesso que fico na dúvida
quando ao que elas quiseram dizer com a palavra “gostar”, quanto ao que as
mesmas entendem como sendo “muito” e, é claro, se elas compreendem o ato de ler
da mesma forma que Mário Quintana compreendia.
BATATA - Quando alguém enche a boca pra
dizer que faz algo, pode ter certeza que ela nunca o fez, não quer fazer, não o
fará e tem raiva de qualquer um que faça o que ela diz fazer muito, mas não o
faz.
BASTA - A consciência apenas dói quando
o que estamos fazendo tem uma retidão duvidosa. Se ela pesa, ouça-a, porque o
que ela tem a dizer é importante. Muito mais importante que o canto de sereia
das multidões que não dá trégua aos nossos ouvidos e, principalmente, ao nosso
juízo.
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