Escrevinhação n. 816, discurso redigido em 17 de março de 2010, dia de São Patrício e Santa Gertrudes de Nivelles e proferido no dia 19 de março de 2010, dia de São José, na Formatura do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Campo Real.
Por Dartagnan da Silva Zanela
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Boa noite a todos. Confesso que gostaria de aqui, neste momento, dizer uma infinidade de palavras. Todavia, provavelmente além de cansar vossos ouvidos não conseguiria dizer tudo o que minha alma anseia em dizer. Por isso, para não permanecer agrilhoado em meu querer, procurarei cingir minha fala pelas vias ditadas pelo conselho que nos é dado pelo discípulo amado de Nosso Senhor (João VIII, 32): "Et cognoscetis veritatem, et veritas liberabit vos". E a verdade, meus queridos, está distante destas linhas mal escritas. A verdade que quero vos falar está esta inscrita nos átrios de meu coração desde o nosso último dia de aula, que jaz à algum tempo.
Olhem a sua volta. Todos, olhem bem. O que vemos? As únicas coisas que podemos apalpar com os nossos carnais olhares são formas imprecisas de pó e sombras. “Vanitas vanitatum omnia vanitas”, diz-nos o Livro do Ecresiastes. Vaidade das Vaidades! Tudo é vaidade. Mas, se as Santas Letras estão certas, e eu não ousaria discordar delas, o que escapa desta dura verdade?
Caríssimos, olhem agora, firmemente, para os meus olhos. Olhem, para os olhos de seus amigos, familiares e mestres que aqui estão aqui simplesmente para vê-los, para prestigiá-los. Tudo a nossa volta é vaidade, mas esses olhares embevecidos de alegria e marejados de contento são sinceras manifestações de amor. Isso mesmo! Amor. E, apenas isso, e nada mais que isso, é digno de habitar o coração humano para nos purificar de nossa vaidade.
Numa formatura, infinitamente mais importante que o diploma, que a cerimônia, que tudo mais, é este olhar que ilumina os seus rostos e irradia na face de todos nós uma gentil labareda de esperança que se faz vívida em todos nós como um doce sorriso que certa feita havíamos dado em nossa infância e que os dias agitados nos fizeram esquecer e que vocês, gentilmente, nos fizeram relembrar neste momento. Nesta solenidade.
Por isso, repito em não me caso e não temo que minha língua tropece neste verbo substancial em nosso Ser. Amem! Digam para os seus o quanto eles são importantes para vocês. Digam o quanto vocês os amam, porque a vida, por próspera e estampada de glória que seja, sem amor, não passará de vaidade. Sem o amor, não passaríamos de míseros sinos incapazes de tocar uma única badalada. Sem o amor que inunda esse Salão Nobre através de vocês, de nada valeria aqui estar. Se aqui estou, se aqui estamos, é pelo amor aquece o nosso peito e que, com o tempo, alentará a saudade em nossa memória.
E por isso digo e repito: muito obrigado. Obrigado por terem participado de minha vida, por permitirem que esse escriba participa-se, mesmo que modestamente, de suas vidas. Paz e bem à todos e que Aquele que É abençoe os seus sonhos e ilumine os seus passos em sua jornada que inicia a partir de hoje.
Pax et bonum
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