Bem vindo ao blog de Dartagnan da Silva Zanela, Cristão católico por confissão, caipira por convicção, professor por ofício, poeta por teimosia, radialista por insistência, palestrante por zoeira, bebedor de café irredutível e escrevinhador por não ter mais o que fazer.

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ENTRE GOLPES, CONTRAGOLPES E REVOLUÇÕES

Escrevinhação n. 941, redigido em 10 de abril de 2012, dia de Santa Madalena de Canossa e de São Macário da Antioquia.

Por Dartagnan da Silva Zanela


Para não dizerem que eu não falei da ditabranda, digo, dos “anos de chumbo”, cá estou. Não sou entusiasta da República Militar (1964 – 1985) do mesmo modo que não os condeno. Porém, creio que já estou bem crescidinho para avaliar a história recente sem ser contagiado por torpores ideológicos.

Dito isso, vamos direto ao ponto. Durante os anos 60 da centúria passada, em especial nos idos de 1963, no Brasil, todos conspiravam. Pequenos e grandes grupos; militares e civis; udenistas, petebistas e comunistas; operários e camponeses. Trocando por dorso, até no sítio do pica-pau amarelo havia conspiração. Assim nos atestam o historiador marxista Leoncio Basbaum e o Gen. Ernesto Geisel.

Havia uma grande instabilidade política imperando em nosso país. Isso é inegável. Outro fato visível a qualquer um que utilize os olhos da face para enxergar é a atuação do movimento marxista, constante e ininterrupta, nestas terras cabralinas desde os idos em questão até a atualidade. Aliás, como bem nos lembra o Marechal Odylio Denys, os comunistas cuidam de seus interesses 24 horas por dia. Tanto ontem como hoje é assim, seja de modo velado, descarado ou como um idiota útil.

Doravante, em meio a esse furdunço interno, temos ainda o contexto internacional. Estávamos no auge da guerra Fria. Em 62 tivemos a crise dos mísseis em Cuba e tutti quanti. Sim, os militares tiveram apoio logístico em suas ações, agora desdenhar o fato ululante de que o movimento comunista atuava em nosso país é estultice, visto que todos os partidos comunistas do mundo eram, na época, coordenados diretamente pelo PCUS.

Outro ponto enfadonho é o fato de que na década de 60 estava-se desenhando no Brasil de modo muito avançado a estratégia marxista da frente ampla, conforme lemos na biografia consentida de Fidel Castro escrita por Claudia Furiati e, como se sabe, o êxito desta foi frustrada pela ação do exército brasileiro e, por isso, não se realizou em nosso país a tal “democracia popular” similar a que havia no Leste Europeu.

Pois é, por ironia do destino os militares implantaram um regime de exceção (ditadura) no Brasil para tentar salvar a sociedade brasileira de uma “democracia popular” (ditadura comunista) enquanto os guerrilheiros (rurais e urbanos) e os comunistas (de matiz vermelha e rosa) queriam acabar com a ditadura (regime de exceção) para implantar a sonhada “democracia popular” (ditadura comunista permanente).

Por fim, pergunto: no lugar de nossos oficiais, o que faríamos? Sim, o que faríamos se tivéssemos diante de um quadro similar a esse? Pense nisso, porém, como homenzinho, não como um garotinho de cara pintada, cabeça vazia e caráter mimado e, quem sabe, compreenderá que o regime militar foi, dos males, o menor.

Pax et bonum
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